terça-feira, 9 de outubro de 2012

Espadas cruzadas


Há muito tempo, os habitantes de um reino distante viam-se à mercê de invasores que avançavam pela sua frágil muralha e saqueavam seus mantimentos.
Sir Anthony, ministro da guarda real, embora confiasse nos lordes Anderson, Alex e Alisson, nem sempre poderia contar com estes vez que ouvia-se pelas ruas, antiga maldição que dizia não se poder contar com defensores que empunhassem espadas com mesma mão, vez que dessa forma, não se cruzariam, comprometendo a defesa.
Supersticiosos, quando Lord Anderson era ferido em combate, os Lordes Alex e Alisson não poderiam ocupar posições de defesa.
Pela lenda, na última vez que defensores empunharam espadas com a mesma mão, bárbaros invadiram as muralhas e por pouco não aniquilaram o reino. Assim, como nem sempre os melhores defensores ficavam à frente dos portões, não era raro encontrar o Cavaleiro Thiago, último guardião, ferido, vez que pouco era protegido pelas linhas de defesa.
A crise tomava conta conta do reino e esperavam seus habitantes pelo pior. Numa dessas batalhas, Sir Anthony e muitos dos defensores vieram a falecer, tendo os bárbaros se reagrupado em maior número frente ao portão do reino. Era questão de tempo para o pior.
Sem ter quem defendesse a cidade, os lordes Thiago, Alex e Alisson lutaram sozinhos contra hordas de bárbaros, superstições e lendas. Juntos, venceram os inimigos e protegeram os habitantes do reino das três cores.
Não há espaço para lendas ou superstições no futebol moderno. Os melhores devem sempre atuar.

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Raio X - Boa Esporte x Paraná Clube

Próximas na tabela, as equipes iriam a campo esperando igualdade. Os mandantes esperavam um resultado positivo e assim superar o Tricolor diante de uma inexistente torcida enquanto os visitantes tinham a tarefa de voltar a Curitiba ao menos com um empate, o que lhes garantiria seguir adiante do oponente.

Alguns fatos são recorrentes no futebol, dentre eles as idiossincrasias sistemáticas dos “professores”. Ao verificar a escalação inicial de Cecílio, já vi que coisa “boa” não viria, ao menos para o Paraná. Antes de iniciar a transmissão pela Rádio Paraná Clube, ouvi de outros colegas em “abre-jogo” que a explicação dada por Cecílio para a escalação de Amarildo era a de que dois zagueiros canhotos não poderiam jogar juntos. Besteira, lenda sem fundamento científico, fato incabível no futebol profissional.

Ângelo até pode ter futuro mas, no momento, até pela inexperiência, vem se afobando e errando muito seja na frente como atrás. Se erra na frente, falta um matador, uma referência para corrigir; atrás, depende de seus pares para ter segurança e, na jornada, os mais próximos eram Amarildo e Vandinho, talvez as duas maiores insistências do atual treinador paranista. Não entendo como Paulo Henrique não é titular nem como Lisa não está sempre no banco mas, como parte da torcida não gosta desses atletas, melhor para alguns até correr riscos e quem sabe, queimar o garoto. Tenho que Paulo Henrique ajuda muito na cobertura, sempre salvando o Zagueiro Central. Nem todos concordam.

Nesse momento fiquei preocupado e indaguei Aírton Assunção (nosso comentarista da Radio Paraná Clube) se não era perigoso ter um treinador que acreditasse em lendas urbanas aplicadas ao futebol. O temor inicial acabou por se confirmar mais cedo do que esperávamos mas, como sempre, vem ocorrendo; o que é indício de que algo está errado e devem ser tomadas providências.

O árbitro trilou o apito, a partida começou e, a exemplo do que disse no último raio-X, o Paraná demonstrou ser uma equipe que segue roteiros à risca.

Enquanto os times ainda se estudavam, os mandantes levantaram a bola dentro da área paranista e os três mosqueteiros do lado direito se complicaram como prevíamos. Assim, Toninho Marvadeza (é, aquele mesmo...) cabeceou e abriu o placar aos 4 minutos.

O gol, como sempre, parece ter fervido o sangue da equipe paranista e, após melhorar, em lance onde Fernandinho pela direita, cansou de cruzar para ver se alguém faria algo, o inacreditável Amarildo empatou aos 9 minutos.

Nesse momento (como sempre, aliás) o Paraná passou a ter mais posse e deu a impressão de que resolveria a partida até na primeira etapa mas então, novamente, quando melhor em campo, o sistema defensivo Tricolor falhou e sofreu novo gol de “Marvadeza” aos 15.

Embora com mais posse e escanteios que o adversário, o Paraná seguia sem agredir, falhando ora no último passe, ora refugando as poucas oportunidades de finalizações. Com a vantagem no placar, o Boa limitava-se a explorar os contra-ataques.

No primeiro tempo, cabe ressaltar ainda que não fora marcada uma penalidade cometida por Radamés quando, dentro da área, colocou a mão na bola.

Na primeira etapa (onde ninguém ficou impedido) o Tricolor cometeu menos faltas (5) que o Boa (8); teve aparentemente mais posse de bola, superando o adversário em escanteios (9 a 4) mas perdeu em finalizações (5 a 3), o que demonstra que a equipe paranista sabe ficar com a bola mas não consegue criar oportunidades claras e finalizar com perigo.

Veio o intervalo e o Paraná parecia melhor que o oponente. Tal sentimento perdurou por quase toda a segunda etapa mas, como sempre, a areia da ampulheta paranista se esvaía e nada da equipe conseguir converter as oportunidades em gols apesar de sua frágil e aparente supremacia.

Inexplicavelmente Toninho sacou Fernandinho do time. Não que Wellington não devesse estar na equipe, aliás, acredito que o meia canhoto deve ser titular no lugar de um dos avantes que nada produzem.

Nílson (que entrou no lugar de Cambará) até que apresentou alguma vontade mas nem Arthur como seu substituto Marquinho, conseguiram algo produzir. A se destacar, a morosidade em Cecílio em promover alterações, tentar mudar o panorama da partida.

Novamente a torcida teve a impressão de que a equipe poderia reverter o placar quando bem entendesse mas, como sempre, nada ocorreu e o segundo tempo acabou como começou, mesmo tendo o Tricolor feito menos faltas (6 a 7) e finalizado mais (6 a 4). As equipes acabaram essa etapa com seis escanteios e um impedimento cada.

Novamente cabe ressaltarmos que o trio de arbitragem furtou-se a marcar penalidade cometida sobre Alex Alves. Aliás, da arbitragem, apenas pode-se destacar o par de pernas de Lilian da Silva Fernandes Bruno, afinal, a partida era fácil mas ficou difícil exatamente porque o trio, e principalmente o comandante Marielson Alves Silva, não se impôs.

Em resumo, foi um embate como muitos outros do Tricolor no ano. Uma escalação com pontos a ser questionados onde falhas ocorreram nos setores onde pairavam interrogações. Falhas defensivas precoces fizeram a equipe correr atrás do resultado e, quando consegue a igualdade, perde força, relaxa, falha e sofre outro gol, do qual não conseguiu se recuperar porque o treinador alterou errado, tardando em fazê-lo, sendo a arbitragem tão sofrível quanto o desempenho da equipe.
 

Atuações individuais:

Toninho Cecílio (4,0): Não sei se é pior ter um treinador que acredite em lendas urbanas ou alguém quem, em dois anos de carreira recente, tenha ficado nove meses sem atuar. A falta de critérios para a escalação, a insistência com peças que não vêm rendendo e a morosidade para tentar alterar o resultado de uma partida “fácil” fazem do “professor” o menos feliz da jornada. O futebol moderno pressupõe estudo, atualização, olhar coerente e o desapego com superstições ou opções equivocadas anteriores. Cecílio é mais um Fonseca, um Cavalo, um Macuglia e a meu ver, o comando de futebol paranista deveria limitar seu campo de ação, opção. Não é hora de trocar uma escolha mal feita mas sim de evitar que o dano aumente, intervindo.

Thiago Rodrigues (6,0): O melhor goleiro do elenco está entregue ao azar e às opções defensivas. Não teve culpa nos gols.
 
Ângelo (5,0): O garoto ainda não está pronto. Tem futuro mas por ora transmite insegurança, sofrendo com nervosismo e afobação, sendo ainda prejudicado pelas falhas dos colegas de defesa.

Amarildo (5,0): Mesmo com o gol que fez não pode ser escalado como titular. Falha recorrentemente e por vezes demonstra descompromisso.

Alex Alves (6,5): É o melhor nome da defesa Tricolor mas, pela pouca experiência, sente as falhas dos seus colegas de setor.

Fernandinho (6,5): Mesmo não na sua melhor jornada, roubou bolas, fez assistências e tentou empurrar o time à frente.

Vandinho (5,0): Nem parece o volante que bem atuou na França. Lento, não marca, furta-se a dar o bote, pouco ocupando espaços defensivos e atrasando praticamente toda transição que passa por si.

Ricardo Conceição (6,0): Atuou de forma tímida, nem perto de outras atuações.

Cambará (5,5): Pouco apareceu para o jogo.
Lúcio Flávio (6,0): Voltou a cadenciar demais a partida. Quando não está na sua melhor jornada a equipe sente.

Luisinho (5,0): Já é hora de deixar a titularidade. Há tempos não rende. Gosta de perder a cabeça e fazer faltas.

Arthur (5,5): Tenta, pelas poucas opções, atuar como referência mas não o faz. É mais um brigador que tenta ajudar o time fazendo o pivô mas não tem porte e força para tal.

Nílson (5,5): Atuou pouco, deu a impressão de algo poderia fazer mas não teve tempo.

Marquinhos (5,0): Prejudicado pelo pouco tempo em campo, nada fez.

Wellington (6,0): Entrou tarde, numa roubada e, quando entrou no jogo a partida acabou.
 

O que fazer?
 
Tenho a opinião de que para esta reta final a equipe precisa de segurança. Para isso, que se coloquem os melhores em campo, independentemente da opinião (ou má-vontade) de alguns.

Vejo a melhor formação paranista, hoje, como sendo: Thiago Rodrigues; Paulo Henrique, Anderson, Alex Alves e Fernandinho; Ricardo Conceição, Packer, Cambará, Wellington, Lúcio Flávio e Arthur.

Com mais gente povoando a meia cancha, pode-se jogar sem um cabeça de área propriamente dito. Assim, com mais toque, tende-se a melhor criar. Não há necessidade de dois atacantes, visto que não há um sequer que nessa posição esteja convencendo.

Caso um dos zagueiros citados não puder jogar, que entre o competente Alisson, ficando Rogério no banco para pegar ritmo aos poucos, sem ser jogado em nenhuma fogueira.

No ataque, talvez Nílson possa ter mais tempo de jogo. Lisa, pela experiência pode ser aproveitado como opção, até para preservar Ângelo, que demonstra ter futuro.

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domingo, 1 de julho de 2012

No hay que perder la ternura, ni tampoco el senso crítico


Descaracterizo a célebre frase do “Che” no intuito de, sem nenhuma pretensão doutrinária, compartilhar impressões.
Creio que não há, ao menos neste mundo, paranista que não simpatize com Ricardo Luís Pozzi Rodrigues.
Particularmente sou suspeito para tratar do tema. Fã do atleta, quando presidente da Paranautas fiz questão em entregar pessoalmente uma singela lembrança em nome de meus pares como reconhecimento pelas atuações e por elevar o nome do Tricolor onde quer que fosse.
A efetivação do então atleta como treinador, reconheço, frustrou-me em parte até por imaginar que o mesmo encerraria a carreira atuando na Vila. Tirando isso, é inegável a correta aposta da atual gestão Tricolor com o encaminhamento do ídolo ao cargo hoje exercido. Nenhum dos treinadores, desde a queda em 2007, apresentou tamanha identidade com o clube e torcida e muito menos ganhou sua confiança.
Esclarecido, Ricardinho demonstra nas coletivas o mesmo que quando em campo. O “saber futebol” está presente na análise posterior das partidas, algo até surpreendente para seu primeiro trabalho fora do gramado.
É normal que a torcida, inteligentemente, até pelo que representa o atual treinador, faça “vistas grossas” a algumas insistências deste com situações que o mesmo dominará num futuro próximo. Apesar do elenco limitado e do pouco tempo de atividade, o “capo” paranista vem obtendo resultados surpreendentes: passou adiante em fases da Copa do Brasil; na Série Prata, caminha a passos largos para o título invicto de ambos turnos e, no nacional, já se aproxima dos líderes, com alguns jogos de invencibilidade.
Não entendo que deva o torcedor tricolor abrandar o senso crítico, porém, acredito que deva ser usado com alguma “ternura”, daí o título acima.
Alguns não concordarão com a titularidade de Luís Carlos em detrimento da de Thiago Rodrigues. E daí? Não é melhor considerar que o Paraná tem dois jovens e promissores goleiros.
Sobre a zaga, após insistir com a escalação de Alex Alves como volante, foi o mesmo deslocado para sua posição originária e hoje, o jovem atleta melhora a olhos vistos, sendo titular absoluto juntamente com Paulo Henrique, Anderson e Fernandinho, os melhores do setor no atual elenco.
Na meia cancha existem dois volantes (Zé Luís e Conceição) para uma vaga e um jovem (Lucas) pedindo passagem. As outras três ou quatro vagas podem ser ocupadas tanto por Lúcio Flávio como Wellington, Packer, Luisinho ou Cambará, dependendo da disponibilidade.
No ataque, apenas Arthur parece ser titular absoluto, muito, pela falta de qualidade das opções na função, podendo, até por isso, considerar o comandante a escalação de quatro dos cinco meias citados com apenas um à frente.
Caso Ricardinho opte por quatro no meio, o companheiro de Arthur pode ser qualquer um que não faz diferença, até pelo risível rendimento dos demais avantes.
Com opções limitadas e mesmo sem um atacante convincente, voltou o Paraná ser competitivo e, diante das apresentações dos rivais de divisão, sinto-me à vontade (sem o lado torcedor) para dizer que o Tricolor deverá lutar pelo título, principalmente caso contrate ao menos um zagueiro e dois avantes confiáveis, não o apenas rápido e voluntarioso Geraldo. De esforçado já basta o Silva, que ao menos luta.
Deixem o homem trabalhar e curtam o momento! Em pouco tempo Ricardo já devolveu a competitividade à agremiação. Certamente, em pouco mais, tratará as alterações durante a partida com mais lógica, coerência e a análise anterior aos embates terá a mesma qualidade que as posteriores.

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segunda-feira, 25 de junho de 2012

Quem não ajuda, atrapalha!


Na grande maioria das rodas, quando a conversa descamba para o futebol, após as brincadeiras e provocações, normalmente passa-se a conversar sobre os elencos, quem vai bem e quem não corresponde.
Nessas simples e rotineiras conversas, pode-se facilmente perceber quem efetivamente conta com a confiança dos seus torcedores e quem não tem lugar nas respectivas equipes.
Trazendo esse contexto para o Tricolor. Se estivéssemos conversando sobre o elenco, haveria um consenso?
Creio que sim. A cada partida fica mais claro, ao menos para mim, que os envolvidos na Série Prata estão num “reality show” onde os candidatos à eliminação, certamente deverão desonerar os cofres do clube após o encerramento dessa competição. Mas quem ficará na casa paranista para ir atrás da volta à primeira?
Thiago Rodrigues e Luís Carlos tem potencial mas são novos. Para mim estes ajudam e Jociel pode ser mantido no elenco para uma eventualidade.
Alex Alves demonstra potencial. Ele e Anderson parecem dar conta do recado mas Alisson e Amarildo não parecem estar no mesmo nível, aliás, este último, vem recorrentemente perdendo bolas, tropeçando, complicando o sistema defensivo. Talvez neste setor, novos competidores possam agradar aos espectadores.
Paulo Henrique, segundo as estatísticas, é um dos que mais é acionado. Irá ele ao Vasco? Lisa, bom no regional, tem capacidade de ser titular no nacional? Os números dizem que Fernandinho é quem mais toca na bola, e o faz com qualidade. Igor, improvisado, não demonstra regularidade, errando muitos cruzamentos. Não seria a hora de dar um ultimato e oportunidade ao potencial do Henrique? O garoto vem desperdiçando oportunidades, assim como Dieguinho. Mas, sendo estes pratas da casa e eventualmente, dinheiro futuro em caixa para o Tricolor, não deveriam ter mais uma chance? Particularmente, aposto no Henrique, mas não no Dieguinho, que parece ter a cabeça em outras coisas.
Na cabeça de área, Cambará vem surpreendendo. O mesmo vem ocorrendo com Zé Luís, Conceição e Lucas Souza. O jovem Henrique Alemão tende a crescer participando do grupo. Entendo estarmos bem servidos e com opções interessantes.
O mesmo, ao meu ver, ocorre com a meia-cancha. Wellington, Packer, Lúcio Flávio, Luisinho estão agradando. Maicon vem num crescendo. Marquinhos parece afobado mas, com direcionamento, pode vingar.
O ataque para mim parece ser o ponto fraco. O jovem Wendell, por falta de opções que rendam no setor, foi deslocado mas, assim como no meio, não vingou. Hugo, a eterna promessa, segue com o mesmo descrédito que teve nas equipes anteriores. Este, pra mim, é o primeiro a ser eliminado. Douglas Tanque é novo mas está aquém das expectativas e do potencial, está perdendo grande oportunidade. Nilson parece ser o mais pronto, mas mesmo assim não vem tendo chances para pegar ritmo. Thiago Bispo esbarra na pressa. Surpresa mesmo é o Wellington Silva. Jovem ainda, sem agradar, foi emprestado por dois anos e voltou. Longe de ser virtuoso, teve humildade para disputar lugar no time do regional e, sob críticas, levantou a cabeça para brigar de igual com os nomes acima, deixando sua marca. Entendo que, como na zaga, dois novos competidores com vontade de brilhar possam ajudar.
Quem não ajuda, atrapalha. E o pior desses é aquele que sequer tem a intenção de ajudar. Vontade diz muito. Dentro das limitações financeiras da entidade, entendo que o elenco já é competitivo mas, afastando quem não está disposto a contribuir e com os quatro “reforços”, pode sim atingir seu objetivo.
E para seguir nessa toada, quem ajudar deve ser mantido na próxima temporada.

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segunda-feira, 18 de junho de 2012

A bola ensina


Uma frase de efeito (muito deturpada ultimamente) passou a, recentemente, aparecer recorrentemente nas coletivas dos treinadores, que andam cada vez mais eloquentes: “a bola pune”.
No meu entender a bola não pune, ensina, punindo apenas os teimosos ou quem prefira não assimilar ensinamentos básicos.
Recentemente o Chelsea venceu a Copa dos Campeões européia, eliminando Barcelona e Bayern de Munique, dois dos times com futebol mais vistoso do momento, usando apenas de expedientes defensivos, um elenco forte e aplicado. O Chelsea é ruim? Não, de forma alguma, ao contrário, é um time forte quando faz (e bem) aquilo a que se dispõe.
Na Eurocopa a Grécia, usando inteligentemente apenas das armas que dispunha, avançou de fase mesmo sendo tida como a equipe mais fraca das dezesseis finalistas. A forte Holanda, achou que apenas jogando pra frente faria valer a maior qualidade dos seus atletas e foi eliminada sem uma vitória sequer.
Não sou favorável à retranca para garantir resultados, até por entender que quanto mais longe a bola do próprio gol, melhor. Gosto de ver o futebol ofensivo, no entanto, prefiro o futebol inteligente, aquele jogado aproveitando o que de melhor tem o elenco.
No caso do Paraná Clube, qual seria a melhor forma de jogo?
Entendo que na odiosa Série Prata, em face da melhor qualidade técnica e individual, pode o tricolor atuar de uma forma mais solta. Não que Wellington Silva ou Hugo sejam brilhantes, mas diante de adversários sem torcida, qualidade e tradição, com um pouco de zelo o resultado positivo acaba ocorrendo, como, por exemplo, aconteceu diante do Junior Team.
Mas e no nacional, é inteligente que o Paraná assuma uma postura mais “franca”, como vem ocorrendo?
Entendo que as peças do elenco tricolor são suficientes (apesar da falta de qualidade individual defensiva) para que se tenha uma equipe competitiva. A força paranista deve residir na luta e isso importa no conhecimento real do que cada um pode fazer.
O Paraná perdeu pontos atuando melhor que seus oponentes (Guarani, América de Minas, por exemplo), muito, por assumir o embate de forma franca, acreditando que esse futebol sem chutão, com passes, elaborado, fosse a solução.
Maldito Barcelona, fez acreditarmos que futebol bonito é fácil de se fazer! Poucos esquecem que o time catalão tem um projeto de base há trinta anos e as peças de fora são escolhidas a dedo. Alguém em sã consciência poderia pedir a André Vinícius ou Amarildo que saiam sem bicudas à frente?
Ricardinho, para seguir competitivo tem que entender as limitações de sua equipe e fortalecer os pontos ainda não resolvidos. De bola, ele sabe muito e para ser competitivo, antes de brilhante, é só seguir ouvindo o que a mesma tem a ensinar.

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segunda-feira, 4 de junho de 2012

O copo cheio e o copo vazio


Um ditado popular reza que o otimista se refere a um copo com água pela metade como sendo “meio cheio” enquanto o pessimista diz estar o mesmo “meio vazio”. A diferença poética e de ânimo entre estes faz com que discordem pela sua postura, embora ambos concordem que o copo tem água pela metade.
O futebol não é uma ciência exata. Mesmo assim, muitos o tratam como se fosse. Destes, talvez os piores sejam os estatísticos fanáticos, que, com números de jogos passados, cravam verdades, ignorando que cada partida tem sua história.
O futebol é apaixonante exatamente por sua imprevisibilidade. Embora os números nos permitam tecer certas considerações, não podemos nos basear cegamente nos mesmos, até por serem obtidos diante de equipes diferentes do futuro adversário. Assim, não seria leviano cravar o resultado de uma história que ainda não ocorreu?
No entanto, podemos utilizar os números para demonstrar pontos a serem exaltados ou trabalhados. Ao analisarmos o critério “gols”, temos que na temporada 2012 o Paraná fez 31 e sofreu 21; logo, a tendência, portanto, é imaginar que trata-se de uma equipe que mais vence do que perde. Ao filtrarmos esses dados, retirando a Copa do Brasil e a segundona regional, temos que o tricolor marcou quatro gols em três jogos e sofreu cinco. O Paraná em 2012 marcou 2,06 e sofreu 1,4 gols por partida enquanto somente no nacional esse número se altera para 1,33 e 1,66 respectivamente.
O comentarista estatístico dirá que, no campeonato brasileiro, o Paraná tende a marcar mais que um gol por partida e a sofrer mais gols do que marca. Isso, no entanto, não serve para cravar que na próxima partida o tricolor irá perder, mas serve como uma forma de demonstrar que o ataque tem funcionado e a defesa não.
Para o estatístico, o Paraná nem precisaria entrar em campo. Já o analista dirá que, em razão das falhas defensivas o tricolor vem se complicando. Ainda assim essa seria uma análise que não abrangeria todas as razões, visto que não se falou aqui quantos gols o Paraná perde por partida.
O fato é que já temos número de jogos no ano, suficientes para entendermos a equipe do Paraná, seus pontos fortes e os fracos.
Embora os números não confirmem, entendo que o futebol do Paraná vem melhorando, faltando apenas alguns ajustes. Entendo que existe a necessidade de, ao menos, um zagueiro que não falhe tanto. Creio que Wellington é peça importantíssima, mas talvez, pelo seu estado físico, deva ser utilizado no segundo tempo, com o adversário cansado. Por isso, quem sabe um esquema mantendo os dois volantes, com Packer à frente, ladeado por Arthur e Luisinho, com um matador adiante, possa ser testado. No segundo tempo, que entre Wellington no lugar de quem não estiver num dia feliz, até porque, nem todos os atletas conseguem render bem em toda jornada.
Enquanto o pessimista se irritar por “nada funcionar” e o otimista o fizer por “críticas ao trabalho”, prefiro a prudência em dizer que Ricardinho seja talvez quem mais conheça de futebol dos treinadores da segundona. Talvez ele não seja o mais experiente como treinador e por isso, tarde a perceber alguns pontos.
Vejo no Paraná de 2012 a possibilidade de se tornar uma equipe competitiva no decorrer da competição e creio que, apesar dos números dizerem o oposto (o site chance de gol diz que o Goiás tem 62,8% de chances de vitória, ficando 19,7% ao empate), o tricolor (caso não saia tanto pro jogo e escolha melhor as oportunidades de se arriscar) pode trazer uma vitória do Serra Dourada.
Não sou daqueles que olham o copo meio cheio, mas certamente, pelo que imagino, não tenho motivos para pedir mais água.

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segunda-feira, 21 de maio de 2012

Mantra


Antes mesmo da queda do tricolor em 2007, escrevo que o campeonato por pontos corridos é, na verdade, o campeonato de pontos não-perdidos. Quem ao final perder menos pontos, vence. Para isso, a equipe tem que fazer valer o mando de jogo e pontuar fora em toda oportunidade que tiver.
O Paraná na presente temporada tem três frentes, cada qual com regulamento distinto. Na Copa do Brasil (de onde já foi eliminado) o sistema é de mata-mata; no Brasileirão, valem os pontos corridos e no estadual, um sistema híbrido, onde, se uma equipe não vencer ambos turnos, parte-se para um quadrangular.
A equipe tricolor já disputou onze partidas em 2012 e segue anunciando atletas para compor seu elenco, visto que a maratona de jogos, ao menos nos próximos dois meses, será exaustiva.
Ricardinho vem fazendo o que pode para armar seus vários “Paranás”, mesmo assim, não teve como seguir adiante na Copa do Brasil, muito pela fragilidade e inexperiência do elenco.
A ciência da realidade da entidade e do elenco devem permear a montagem da equipe dentro de campo. Ricardinho vem ousando, colocando sua equipe à frente, com apenas um volante. Isso seria ótimo caso o tricolor não estivesse em duas competições de níveis tão distintos e seria melhor ainda se os avantes já estivessem “prontos”. Hoje, têm apenas potencial e vontade.
O ataque paranista é composto por jovens jogadores, alguns deles com histórico de instabilidade de rendimento. Talvez por isso o número de gols perdidos seja surpreendente. Outra prova de que a forma de ver o momento do time deva ser diferente é a verificação de que a equipe sofre mais de um gol por jogo. No ano foram quinze sofridos em onze jogos, média de 1,36.
Na segundona estadual, de nível risível, o único resultado inequívoco foi a estréia diante do Junior team por 6 a 1. Nos 4 a 1 diante do Metropolitano, a equipe teve um primeiro tempo sofrível e apenas conquistou a vantagem ao final. Além disso, empatou com o Nacional em um tento e só não sofreu gol na vitória magra diante do Grêmio Metropolitano.
É um mantra, o Paraná precisa arrumar a proteção à defesa e entender a força do seu elenco para atacar sem correr riscos. Diante do Guarani, a equipe deixou de somar dois pontos em casa graças à falha individual do limitado André Vinícius. Pontos perdidos na primeira rodada não podem ser recuperados. A torcida é para que o tricolor vença o bugre no jogo do returno.
Claro que alguns vão reclamar, afinal o Paraná jogou melhor que o vice-paulista, tendo desperdiçado algumas boas oportunidades.
Alguns dirão que trata-se do início de um trabalho, que existe desentrosamento, que o dinheiro é curto. No entanto, essas ponderações há anos são manifestadas em todo início de trabalho paranista, principalmente após a queda em 2007. Agora, seriam esses motivos suficientes para, junto à Ricardinho, em seu primeiro trabalho, não sugerir uma forma diferente e mais segura de jogo?
O treinador paranista vem demonstrando conhecer futebol. Suas análises nas coletivas são precisas e tem buscado proteger o grupo. A intenção de botar o time à frente, sem chutão é louvável mas vimos que nem o Barcelona com o “futebol total” vence todas.
Acho que falta muito pouco para que o Tricolor seja uma equipe mais confiável: Com um zagueiro experiente ao lado do Alex Alves no seu lugar de origem (defesa), com um primeiro volante, Packer à direita, Cambará à esquerda e Wellington na ligação, Luizinho com liberdade para chegar a Nilson, Ricardinho conseguiria, por ora, resolver seus problemas no que tange à proteção à marcação. Aos demais elementos (experiência, entrosamento e nervosismo), apenas o tempo poderá ajudar.

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segunda-feira, 23 de abril de 2012

Uma surpresinha ao final / Paraná e Palmeiras

Uma surpresinha ao final

Quarta-feira passada antes da partida diante do Ceará, cheguei cedo na Vila Capanema e,como de costume cumprimentei amigos, colegas da imprensa e adentrei ao campo para sentir o clima da partida. Paro para conversar com Heros Saldanha, nosso repórter de campo, e nesse momento passa ao lado o João Kitéria da Fúria. Cumprimento o mesmo e, após uma breve conversa, pergunto o que a Fúria tinha preparado para aquela partida. “Luzes, bateria de fogos e uma surpresinha ao final”, modestamente respondeu.
Subi às cabines de rádio e iniciamos a transmissão pela rádio mais tricolor que existe. Jogo tenso e nervoso com o Paraná no campo do adversário desde o início. O Ceará, até pelos desfalques, limitou-se a atuar de forma viril, muitas vezes anti-esportiva. O primeiro tempo acabou sem gols mas mesmo assim a Vila inteira apoiava o tricolor. Começou a segunda etapa e vimos mais do mesmo (inclusive o péssimo desempenho do trio de arbitragem) até que, após uma bola na trave de Fernando Henrique, a equipe nordestina contra-golpeou e abriu o placar.
Inacreditável! Após dois belos duelos, o tricolor, em casa seria desclassificado.
Eis que, de repente, mesmo em desvantagem, surgem luzes num belo espetáculo da torcida e após, uma fumaça que tomou conta do Durival de Britto e Silva.
O Paraná corria contra o tempo e esperava que a fumaça fosse dissipada para que a partida tivesse reinício. Então, ainda com alguma fumaça em campo, Douglas, o “Tanque”, recebeu dentro da área e, sem medo de ser feliz, fez seu primeiro gol como profissional com uma bicuda furiosa, empatando a partida, dando a classificação ao Tricolor.
Ao final da jornada, o mesmo Heros, eufórico como todo paranista, entrevistou o Paulão que arrematou: “Até a fumaça ajudou”.
A classificação daquela forma lavou a alma dos paranistas que não sentiam emoções tão fortes há tempos. Meu pai (um senhor de sessenta e cinco anos), segundo meu irmão, chorou no momento do empate.
Fatos, emoções e sentimentos como esses tornam o Paraná e sua torcida algo muito especial. Que ao final deste ano, a exemplo da última partida, tenhamos também uma surpresinha.



Paraná e Palmeiras

Felipão, sinônimo de títulos e conquistas, é sempre vinculado à Copa do Brasil. O treinador gaúcho apareceu no mundo do futebol levando o Criciúma à conquista desse torneio.
A equipe paulista liderou seu regional mas perdeu força ao final da fase classificatória a ponto de cair para o quinto lugar tendo que disputar a vaga em Campinas diante do Guarani.
Eliminado pelo bugre, o Palmeiras aposta suas fichas diante do Tricolor para não perder o primeiro semestre.
O que a princípio poderia criar maiores dificuldades para o Paraná pode ser um ponto fundamental para sua classificação. Desesperado por resultados, o Palmeiras buscará o jogo e certamente deixará espaços.
Ricardinho, no entanto, tem que melhorar seu sistema defensivo e pode fazê-lo simplesmente colocando um volante a mais, pedindo que seus atletas não façam faltas bobas, afinal, um terço dos gols palmeirenses saem dos pés de Marcos Assunção em bolas paradas.
Caso Ricardinho insista numa formação com três meias e sem proteção à frágil zaga (onde seus laterais são, na verdade, alas), poderá se complicar.
O Tricolor, caso não sofra gols em casa, conquistará grande trunfo para a segunda partida, obrigando o Palmeiras a sair pro jogo, diante de uma torcida que reconhecidamente joga contra o time em adversidades.


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segunda-feira, 16 de abril de 2012

Ceará que dá Paraná?


O Paraná Clube, dentro de campo, iniciou o ano com duas preocupações e objetivos na temporada: voltar à primeira divisão estadual e nacional. Os compromissos tricolores, no entanto, não se resumem a essas duas competições. Após superar o Luverdense na primeira fase da Copa do Brasil, o time da Vila Capanema entrará em campo na mesma, nesta quarta-feira, para enfrentar o Ceará, com quem empatou em dois gols na semana passada.
O “Vôzão” recentemente teve alguns bons momentos e apesar de ter caído à segundona nacional em 2011 e perdido peças importantes, lidera o seu estadual, tendo bem atuado contra o Gama, eliminando o jogo de volta na primeira etapa. Contra o tricolor, foi uma equipe que pressionou mas, como não teve eficácia ofensiva, por pouco não perdeu em seus domínios.
O time de Ricardinho, além da equipe nordestina, deverá enfrentar a falta de ritmo de jogo. Na última partida, após os vinte e cinco minutos da etapa complementar, alguns atletas tricolores tiveram cãibras, o que comprometeu o desempenho da equipe nos minutos finais, permitindo, inclusive, o empate cearense.
A quarta partida do tricolor no ano deverá ter casa cheia e certamente a torcida será um fator determinante para o sucesso paranista.
O placar conseguido em Fortaleza dá ao Paraná alguma tranqüilidade. O Ceará não pode pensar em empatar sem gols ou mesmo em um tento. Assim sendo, deverá partir para o campo do tricolor, buscando a vitória. Tal estratégia, no entanto, deixará a equipe nordestina vulnerável a contra-ataques o que, com seu frágil sistema defensivo, é promessa de jogo franco.
Caso Ricardinho reveja a escalação de apenas um volante (quando ficaram dois nesse setor, povoando a meia-cancha, a equipe nordestina encontrou mais dificuldades para entrar no setor defensivo tricolor), sem deixar, no entanto, a equipe atrás, atuando com dois meias e dois homens de frente, o Paraná pode conquistar um resultado positivo, passando de fase nessa competição e aí, com mais tempo, poderá enfrentar o Palmeiras, que vem caindo de produção, em melhor situação física. O problema, caso isso se confirme, ficará à Federação paranaense, que será forçada a alterar sua tabela para atender às competições nacionais do tricolor.
A partida terá transmissão pela www.radioparanaclube.com.br via internet e, na Vila Capanema pela FM 87.5.


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segunda-feira, 9 de abril de 2012

Calendário


Calendário vem a ser o sistema de contagem e agrupamento de dias para alguma finalidade. Dessa definição temos, por lógica, que existe a premissa de um sistema para organizar o que se pretende.
Ao transportarmos o tema para o futebol brasileiro vemos que os responsáveis (CBF e federações) não se utilizam de sistema algum, prejudicando, portanto, a contagem, o agrupamento, a organização de qualquer coisa.
Tenho para mim que o maior motivo da não utilização de um sistema criterioso para organização é o de se atender a interesses políticos.
A adoção de um padrão único de competição poderia ser um caminho para os estaduais desde que todas as unidades federadas tivessem organização parecida, o que não ocorre, até porque o número de agremiações afiliadas varia. Em Roraima, por exemplo, são oito equipes e um estádio. Como criar um sistema único para atender ao futebol brasileiro?
Os estaduais, embora sejam uma idiossincrasia nacional, não podem ser desconsiderados, por serem, para muitos, a única forma de aplacar a torcida. No entanto, para melhor adequar o futebol brasileiro ao mundial, talvez campeonatos enxutos em sua principal divisão regional, sejam mais adequados para essa pré-temporada, que se tornou a principal serventia desses torneios, ficando as demais equipes com mais datas ao decorrer do ano.
Com copas regionais enxutas, talvez nos moldes do campeonato carioca, com doze equipes e então os campeonatos nacionais, com dezesseis equipes (o que permitiria duas divisões fortes), os atletas não ficariam tão sobrecarregados (o que diminuiria a incidência de lesões) e logo, o futebol com maior qualidade física, seria melhor de ser apreciado.
Acho interessante o sistema de enfrentamentos existentes na Europa e na Argentina, para definir quem cai e quem sobe. Em alguns lugares as duas últimas equipes caem direto e as duas acima, disputam um ida-e-volta com o terceiro e quarto da divisão aspirante.
O futebol brasileiro, patrimônio nacional, não pode ficar à mercê das redes de televisão e dos horários que estas permitem, nem mesmo dos acertos políticos. A mudança a meu ver deve começar pelo torcedor, cobrando de dirigentes melhorias nas federações que, por sua vez, buscariam sanear tais situações junto à CBF. Quem sabe algum dia poderemos ser merecedores do futebol que tanto queremos.

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segunda-feira, 2 de abril de 2012

Depois da Bonança, a tempestade


A queda do tricolor à segunda estadual o relegou a um período fora dos noticiários e periódicos. Já adentramos a abril e o Paraná, neste ano, apenas disputou duas partidas, a última delas, um espetáculo da torcida e em campo, na Vila Capanema, pela Copa do Brasil.
Há um ditado antigo que diz vir a bonança depois da tempestade. Nesta temporada (no caso paranista) pode-se muito bem afirmar que depois da bonança virá a tempestade.
Será uma verdadeira tempestade de jogos, praticamente uma overdose de Paraná Clube aos apaixonados torcedores, mais do que merecido àqueles que dão suporte à sua equipe.
Aqui mesmo na Paranautas.com foi apresentada em coluna do Skol, Luís Hansen, a tabela dos jogos do Paraná Clube para o mês de maio. Na mesma, visando conciliar partidas das segundonas (nacional e estadual) bem como a exigência de quarenta e quatro horas entre uma partida e outra (embora exista referência legal à sessenta e seis horas de diferença), verifica-se que o Paraná irá disputar a maratona de doze partidas em trinta e um dias.
Felizmente o trinador paranista é Ricardinho, um atleta, que poderá se desdobrar em ambas competições visto que seria prudente apenas escalar jogadores em intervalo de sessenta e seis horas. No entanto técnico, comissão e jogadores estarão presentes a cada instante.
Lembro apenas um detalhe. As tabelas foram elaboradas não considerando o avanço paranista na Copa do Brasil. Caso o tricolor avance, como ficará o rearranjo dos seus compromissos?
Seria essa hipótese tão absurda? Não creio. O Ceará, embora tenha apresentado bom futebol quando eliminou o Gama pode muito bem sucumbir ao tricolor e o Palmeiras, provável adversário, não anda convencendo seus torcedores.
É, após a calmaria de começo de ano o paranista vai ter uma tempestade de partidas e quem sabe, ao final do ano, após a tempestade, venha a bonança com o tricolor de volta às primeiras divisões e com uma campanha memorável na copa nacional.



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terça-feira, 27 de março de 2012

Como devemos ver as coisas?

Quando comecei a escrever adotei uma postura incisiva, crítica, que provocasse no leitor o interesse em se aprofundar sobre os temas, discussões propostas. Com o tempo percebi que a grande maioria dos leitores esportivos prefere discussões menos abrangentes ou filosóficas, mais focadas no esporte em si, fugindo de questionamentos sociais.
Em 2014 sediaremos uma Copa do Mundo e, pelos exemplos referentes à organização e contas do Panamericano do Rio de Janeiro, a perspectiva não é das melhores.
Em 2007 fiz coluna sobre a “farra do Pan”. A previsão orçamentária inicial para esse evento era de US$ 180 milhões. Após tudo “pronto” sob a alegação de um legado olímpico, a conta final ultrapassou o valor de US$ 3,8 bilhões, muitos dos quais, de origem pública e sem a devida previsão exigida, amparada por decretos e atos administrativos. 
Atos decorrentes desse nosso conhecido “jeitinho”, embora legais, podem ser considerados morais?
Lembremos que o parque aquático Maria Lenke, por exemplo, o maior do país, não está dentro das regras do COI para ser palco de evento olímpico e não poderá ser reformado, devendo outro ser construído. Nessa senda, o Engenhão (que ficou para o Botafogo), está apenas sediando partidas de futebol e todos os caríssimos equipamentos de ginástica estão há anos sem manutenção, enferrujando, enquanto poderiam estar sendo utilizados por escolas locais.
O Tribunal de Contas carioca apurou os desvios endossados pelo governo dos “sanguessugas” em CPI e nada ocorreu. Lá chegou-se ao valor final de US$ 3,8 bilhões.
Em Brasília, o presidente do COI, Nuzman, chegou a adentrar à audiência da CPI e, ao tomar assento, informou que nada responderia por estar ocupado e ter outros afazeres. Nada foi feito. Pergunto: como alguém vai do Rio à Brasília apenas para justificar seu não-depoimento?
Sobre a Copa no Brasil temos estádios sendo construídos em locais onde os times não levam tanta torcida a campo. Estádios aliás que receberam regalias, isenções de impostos, doações de terrenos, sendo a conta final, raramente inferior à bagatela de um milhão de dólares. Só por uma questão comparativa, o novo estádio da Juventus (que será palco de final européia de clubes em 2012) custou menos que US$ 300 milhões.
Mas é claro, a economia precisa ser movimentada, mesmo que impulsionada por calote branco, como sugeriu em vídeo aos seus pares o Secretário do Paraná para a Copa.
Infelizmente temos ufanistas irresponsáveis que não se preocupam com a herança maldita das farras da Copa e do Pan, mas cada um que paga impostos e nada vê em retorno, sabe bem como devem ser vistas as coisas.
Ainda dá tempo para que a sociedade brasileira se organize, mobilize e conscientemente, negue-se a sediar a Copa neste país!


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segunda-feira, 12 de março de 2012

Volta à Vila

O tricolor na sua história recente saiu e voltou algumas vezes da Vila Capanema, passando pela Vila Olímpica e pelo Pinheirão. Na volta mais marcante, a última, até a Gralha, mascote da equipe, desceu voando ao gramado, em evento que apresentou a “Nova Vila”, com a inauguração de novos camarotes e da Curva Norte.
A volta que se fará nesta quarta-feira, dia 14.03.12, é uma volta mais pela ausência do que por outro motivo e talvez seja a do recomeço. O templo tricolor não é palco de uma atuação paranista desde a última rodada da segundona de 2011, diante do Bragantino.
Assim, a torcida tricolor anseia por ver o esquadrão de Ricardinho em campo e também, para ver de perto e conhecer seus atletas para a temporada.
Muito se falou sobre o resultado de estréia diante do Luverdense (2 a 2) mas, na verdade, pouco pode-se realmente analisar sobre a equipe, principalmente por não ter sido tal partida televisionada, ou seja, à exceção dos presentes em campo, não há como alguém elaborar uma análise adequada da real atuação tricolor. Mesmo assim, teve membro da imprensa que palpitou sem ter visto a partida.
Analisando apenas o resultado e os fatores da partida, alguns pontos podem ser levantados: tratou-se de jogo na casa do adversário; o Paraná atuou oficialmente pela primeira vez na temporada, com elenco ainda em formação e buscando entrosamento; marcou mas sofreu dois gols e, por isso, joga por uma vitória simples e pelo empate mínimo ou sem gols, o que dá certa tranqüilidade, vez que o oponente, caso pretenda seguir de fase, precisará lançar-se ao ataque.
O Paraná apenas não segue adiante na Copa do Brasil com uma catástrofe, lembrando que a repetição do placar da primeira partida leva às penalidades.
O Paraná tem tudo para, mesmo em formação, mostrar sua força e conquistar um lugar na fase seguinte. A presença do torcedor é fundamental para dar a esse novo grupo e comando, carinho e respaldo necessários.
A partida terá ainda a estréia, neste ano, da Rádio Paraná Clube, que transmitirá a partida via internet em seu site (www.radioparanaclube.com.br) e pela FM 87.5, direto da Vila Capanema.

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segunda-feira, 5 de março de 2012

Paranistas...

E nessa espera...

Finalmente o ano tricolor vai começar. O Paraná debutará em 2012 nesta quarta-feira, diante do Luverdense, na casa do rival. Será a primeira oportunidade do torcedor ver as reais possibilidades do time de Ricardinho e, eventualmente, se precisará a equipe investir para o restante da temporada.
A expectativa é de vitória por mais de dois gols de diferença, o que eliminará o “jogo de volta”. Certamente o paranista não se incomodará em adiar a “volta à Vila” deste ano em nome de uma classificação antecipada à próxima fase da Copa do Brasil que, lembremos, dá ao vencedor uma vaga na Libertadores, feito já alcançado por equipes como Santo André e Paulista.


Produtos tricolores

Esta semana atuei como guia turístico para primos que vieram de fora do país passar uns dias em Curitiba. Além dos pontos tradicionais, fomos a shoppings e, principalmente, a lojas especializadas em esportes (nos Shoppings Barigui, Curitiba e Decathlon). À caça de camisas e materiais esportivos, encontraram praticamente de tudo, menos qualquer coisa do Paraná Clube.
Claro que eu poderia muito bem tê-los levado a uma das lojas do tricolor (o que farei até seu retorno) mas o ponto é: por quê não existe nas mais tradicionais e movimentadas lojas de esporte, opções ao público paranista, restringindo as mesmas às lojas oficiais?
Fui testemunha ocular do ocorrido e, sinceramente, não soube bem explicar como havia tanta opção de materiais dos rivais e nada do tricolor.
Imagino que, assim como meus primos, muitos turistas freqüentam esses lugares e não têm a possibilidade de adquirir nada do tricolor pela pura e simples inexistência de algo à venda nesses locais, freqüentados também por Curitibanos, paranistas e potenciais torcedores.
Mais do que o mercado de produtos, creio que a visibilidade da marca “Paraná Clube” fica prejudicada sem a devida atenção ou atuação.
Fica a dica.

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segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012

Falta muito ainda? - Rádio Paraná Clube

Falta muito ainda?
Final de fevereiro, o carnaval já passou e a perspectiva é de que, enfim, o país comece a funcionar até porque estamos em ano político e o pessoal que busca se perpetuar no poder precisa demonstrar algum serviço.
Futebolisticamente falando, as coisas vão indo. No Rio, os quatro grandes preencheram as vagas de semi-finalistas e a Taça Guanabara, após dezenove anos, é vencida pela equipe que mais gasta dinheiro no país, muito graças ao mais caro plano de saúde no mercado.
Em São Paulo, sempre há, na fase classificatória, um “intruso”. Neste ano o cargo é, por ora, do surpreendente Guarani, com menção honrosa ao Mogi Mirim. Vale destacar que os dois principais artilheiros dessa competição atuaram pelo Paraná Clube no brasileiro passado: Hernane lidera com nove gols, seguido por (acreditem?!) Giancarlo, com um tento a menos.
No Rio Grande do Sul, surpresa. O Inter (preocupado com a Libertadores) ficou de fora da disputa da Taça Piratini assim como o arqui-rival Grêmio, derrotado na estréia de Luxemburgo (que assumiu no lugar do já demitido Caio Júnior) pelo Caxias do Caxias, que fará a final com o Novo Hamburgo.
No Pará, outro ineditismo. O Cametá em seu terceiro ano, mesmo perdendo, sagrou-se campeão do primeiro turno diante do Águia de Marabá. Remo, Tuna Luso e Paysandu passaram longe da final.
Em Pernambuco o Salgueiro (rebaixado para a terceira em 2011) lidera e, no Paranaense, por pouco o Cianorte (que dependia só dele, diante do Arapongas) não vence o primeiro turno.
Bons mesmos foram os jogos pelo mundo, com destaque para a virada do Arsenal diante do Tottenham, por 5 a 2, e para a final da Copa da Inglaterra onde o aguerrido Cardiff City apenas foi superado pelo forte Liverpool nas penalidades.
Para o paranista, falta pouco para poder falar de seu time. Dia 07.03.12, no meio da semana que vem, o tricolor enfrentará o Luverdense pela Copa do Brasil e em abril já começa a nefasta Série Prata e a segundona. Dentro de pouco tempo, portanto, o apaixonado tricolor voltará a focar-se em seu time e nas suas pretensões. Os amistosos realizados encheram o paranista de esperança e dentro de pouco tempo terá o apaixonado tricolor a possibilidade de verificar quais podem ser as pretensões para a atual temporada.

Rádio Paraná Clube
A rádio mais tricolor do mundo voltará à sua programação normal nesta segunda-feira, dia 05.03.12, a partir das 20hs, com o programa ao vivo “Tricolor na Área”. Acompanhe a prévia do Tricolor e o “esquenta” para a partida do Luverdense que também terá transmissão ao vivo.


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segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012

Nova cara paranista

Com os goleiros Luis Carlos, Thiago Rodrigues e Jociel Henrique; os laterais Lisa, Paulo Henrique (pela direita) e Henrique (pela esquerda); os zagueiros André Vinícius, Alisson, Fransuar e Alex Alves; os volantes Igor, Henrique Alemão e Luizinho; os meias Douglas Packer, Bruninho e Maicon e os atacantes Aymen, Davis, Néverton e Welington Silva, o tricolor de Ricardinho começa a mostrar sua cara para a temporada 2012.
No gol, os três arqueiros servirão bem a equipe até por terem a experiência de já ter atuado como titular. Luís Carlos apresentou bom desempenho nas bolas aéreas e Thiago Rodrigues segue em franca evolução, podendo se afirmar como o “número 1” paranista por algumas temporadas.
Se na lateral direita o experiente Lisa vai concorrer pela titularidade com Paulo Henrique que retorna do Palmeiras, na esquerda, o bom Henrique deve ser titular absoluto e pode atingir a maturidade caso passe a auxiliar a marcação, sem prejudicar suas interessantes investidas no ataque. O elenco necessita de um suplente para Henrique que dependendo, pode até ser utilizado como ponta-esquerda.
Na zaga os nomes não convencem num primeiro momento. A pouca idade e o desconhecimento pela torcida, geram dúvidas sobre o rendimento na segundona. Talvez um zagueiro mais experiente possa auxiliar no desenvolvimento dos atletas e “empreste” aos mesmos alguma segurança.
Na meia, Packer deve dar a cadência à equipe e Bruninho tem, enfim, a chance de jogar o que todos os paranistas esperam dele. Lembremos que ao elenco devem juntar-se os competentes Wellington e Cambará. Talvez um volante rodado e experiente possa auxiliar o elenco para a temporada.
O ataque parece ser o ponto mais carente do elenco. O francês Aymen é uma incógnita e, assim como Davis e Néverton, têm na falta de experiência seu maior demérito. Podem surpreender, mas aqui também, a presença de um avante mais experiente, pode auxiliar não apenas no desenvolvimento destes, como no equilíbrio desse setor, hoje comandado pelo rodado Wellington Silva que tem a oportunidade de se firmar caso siga atuando como fez no último jogo-treino do tricolor, onde anotou por duas oportunidades.
Essa é, por ora, a cara do futebol do Paraná. Tem a equipe a oportunidade de ter um ano “enxuto” e com isso, minorar as conseqüências de estresse e fadiga de atletas. Ricardinho terá, com poucas peças a mais, a oportunidade de entrar também para a história do tricolor, agora como técnico.

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