sábado, 6 de setembro de 2008

Caminho das pedras

Os jogos de “manager” ou “comandante” de time de futebol se tornaram febre não somente entre adolescentes, mas também entre os apaixonados por futebol. Nesses, encontrados em lojas ou mesmo “on-line”, o competidor programa e planeja toda sua temporada, seja administrativamente (fazendo a contabilidade da agremiação) como no tangente ao futebol.


Se o jogador gastar mais do que ganhar, poderá ser despedido ou mesmo receber um “game over”, encerrando sua participação; o que também ocorrerá caso a equipe não consiga bons resultados.


Em tese, ocorre a mesma coisa do que na vida real. No jogo, quando após um descenso e seguidos maus resultados, o “manager” ou dirigente, perde o emprego. No mundo real não são raros os casos onde grupos ou determinados “senhores” se perpetuam na gestão de agremiações esportivas, ficando sua comandada refém dos próprios interesses. Cada um pode citar alguns exemplos de times nessas condições.


Nem vou aqui entrar na questão de que em certos países, os times que não comprovarem o orçamento prévio em até certo tempo antes do início da temporada, não garantem o direito de disputar sua divisão, tendo como pena o rebaixamento.


O que pretendo dizer é que até crianças sabem qual o caminho para se gerir SERIAMENTE um time de futebol. Claro que no computador os empresários não se atravessam, aliciando atletas. Na brincadeira, os jogadores não se reúnem até altas horas da noite prejudicando seu desempenho e grupos de aventureiros não usurpam entidades desportivas.


Na teoria tudo é mais fácil. Na prática, até pela série de variáveis pessoais, tudo é muito difícil e envolve além de tudo, egos, vaidades, comprometimento e o discernimento pessoal sobre a carreira e sobre o que se pretende com a mesma.


O que se torna lamentável é o fato de que algumas dessas “variáveis” não deveriam estar ocorrendo. As entidades desportivas deveriam ser geridas para dar lucro às mesmas e não aos seus gestores que se consideram donos ou mesmo se confundem com essas.


Se cada um tivesse a humildade em fazer o que deveria, o maior problema seria vencer os adversários em campo. Se fora desse, o dia-a-dia já lembra um campo de batalha é porque a situação já começou errada.


Heves disse algo correto, algo que qualquer um sabe mas, por ter dito a verdade, foi afastado. Enquanto isso, outros, que há tempos não dizem a verdade...


O caminho das pedras já é conhecido, só falta a determinação em segui-lo.


FORÇA TRICOLOR!


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quarta-feira, 3 de setembro de 2008

Bragantino 3 x 0 Paraná Clube

O tricolor paranaense foi para Bragança Paulista, embalado com duas vitórias em casa (após sete derrotas seguidas), na esperança de seguir na luta pela manutenção na segundona. Lá encontrou uma equipe sem muito brilho mas estruturada, a ponto de estar na briga por uma das vagas na primeira divisão em 2009. O "leão" (apelido do time local, tinha vencido quatro das últimas cinco partidas e não pretendia decepcionar a torcida.

A partida foi daquelas em que somente uma equipe jogou. O Paraná não conseguiu encontrar seu melhor futebol (ou algo que a isso remetesse) e, permissivamente, aceitou o limitado jogo da equipe local que, explorando o nervosismo do visitante e a má jornada técnica de alguns atletas, facilmente impôs o placar de 3 a 0 no Estádio Marcelo Stefani,.

Com o resultado o tricolor coleciona sua quinta derrota seguida fora de casa, voltando à zona de rebaixamento, agora em 18º lugar, com 23 pontos. O "Braga" com o feito passou a ser o sexto colocado, com 36 pontos.

A próxima rodada ocorrerá nesta terça-feira (09.09.08); nela, o tricolor de Curitiba jogará fora de casa, diante do Ceará e o Bragantino viajará para Maceió onde enfrentará o CRB.



A Partida

O Bragantino começou com mais volume de jogo mas o Paraná foi mais efetivo no início da partida, tanto que, quando atacava, levava perigo ao gol dos mandantes.

O Paraná desperdiçou algumas chances claras mas, aos 19 minutos da etapa inicial, em cobrança de uma falta batida por Danilo sem muita força, o defensor Daniel Marques não cumpriu seu papel na barreira matando o goleiro Mauro (em outra noite infeliz), tendo a bola entrado devagarinho no seu canto inferior esquerdo.

O gol abalou os paranistas que não mais conseguiram dar sequência, organizadamente, a algum ataque, ficando o Bragantino com as ações da partida, tanto que, por pouco, aos 21 minutos, Viola não ampliou após ter chutado uma "sobra de bola".

O segundo gol, pelo abatimento dos visitantes, era uma questão de tempo e ocorrei ainda aos 36 minutos quando Nunes recebeu sozinho, driblou Daniel Marques e arrematou, tendo a bola desviado no defensor, tirando de Mauro qualquer possibilidade de defesa.

Comelli, que não tinha muito que fazer, alterão a formação tática de equipe e partiu para um 3-5-2, liberando mais os alas. A iniciativa surtiu certo efeito mas Giuliano e Gláucio não conseguiam muito render.

Mesmo assim, os visitantes tomaram a ação da partida e a impressão era de que descontariam a qualquer momento. Nesse ímpeto, o tricolor aos 8 minutos, teve uma bela chance quando Fabinho, após avançar pelo flanco esquerdo, arrematou, tendo a bola ficado na trave. Aos 10 minutos, Leonardo, apagado, após entrar em velocidade, chutou cruzado, para boa defesa do arqueiro Gilvan.

Os locais, aproveitando a volúpia paranista (e os espaços deixados), mantiveram a calma e ampliaram aos 26 minutos, onde Nunes, após ter sido lançado, dividiu com Mauro (em infeliz saída do arqueiro, o que demonstra sua má fase técnica, não tendo "saído" com fundamento), tendo a bola, antes de entrar, batido na mão do jogador do time local. Como a arbitragem não invalidou o gol, 3 a 0 para os mandantes.

Essa sim foi a "pá de cal" para as pretensões tricolores na partida. Os nervos dos atletas tricolores estavam tão abalados que Mauro, na primeira investida bragantina após o gol, tentou encaixar uma bola, e por pouco não leva um frangasso histórico, passando a mesma por debaixo de seu corpo..

Com 3 a 0 no placar o Bragantino se encolheu e ficou esperando o tempo passar.

Para Comelli e sua equipe algumas lições têm que ficar. Além da aparente apatia coletiva sem atenção à disposição tática, jogadores como Ricardinho, Éder, Pituca, Daniel Marques, Gláucio, Giuliano e Mauro deverão repensar sobre seu comprometimento com a "causa".



FICHA TÉCNICA DA PARTIDA: BRAGANTINO 3 X 0 PARANÁ

Bragantino: Gilvan; César Gaúcho (Fernando), Gustavo e Marcelo Godri; Viola, Danilo, Adriano, Malaquias (Marcinho) e Pará; Davi (Celinho) e Nunes. Técnico: Marcelo Veiga.

Paraná: Mauro, Murilo, Daniel Marques, Leandro e Fabinho; Agenor, Pituca, Gláucio e Giuliano (Fabrício); Leonardo (Éder) e Ricardinho (Cristiano). Técnico: Paulo Comelli.

Data: 02/09/2008, terça-feira.
Horário: 20h30.
Local: Estádio Marcelo Stefani, em Bragança Paulista-SP.
Árbitro: Francisco de Assis Almeida Filho (CE).
Auxiliares: Flamarion Sócrates da Silva (MG) e Cristhian Passos Sorence (GO).
Gols: Danilo, aos 19 min; Nunes aos 36 min do primeiro tempo; Nunes, aos 27 min do segundo tempo.
Cartões amarelos: Agenor, Leonardo, Leandro, Daniel Marques (Paraná); César Gaúcho, Marcelo Godri, Celinho (Bragantino).
Público: 2.016 pagantes.
Renda: R$ 17.797,00.

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terça-feira, 2 de setembro de 2008

Abre-jogo: Bragantino x Paraná Cllube

Nesta terça-feira, dois de setembro de 2008, às 20hs30, no Marcelo Stéfani, em Bragança paulista, teremos o confronto entre uma equipe que briga para tentar ficar na parte de cima da tabela e outra que busca sair da parte de baixo da mesma.

A partida terá o cearense Francisco de Assis Almeida Filho no comando, o qual será auxiliado pelo mineiro Flamarion Sócrates da Silva e pelo goiano Christian Passos Sorence. O Quarto árbitro será Rodrigo Braghetto e o “observador” será Dionísio Roberto Domingos, ambos da federação paulista.

Paulo Comelli vem de dois resultados positivos, porém não convincentes e construídos diante de equipes com desvantagem numérica. A equipe comandada por Marcelo Veiga também coleciona dois triunfos nas últimas duas rodadas e buscará, diante da sua torcida, manter a toada para tentar subir de divisão.

Pelo primeiro turno as equipes empataram em 2 x 2 em Curitiba. As equipes já se enfrentaram sete vezes e o equilíbrio é a marca do confronto. Cada equipe venceu por duas oportunidades tendo o empate ocorrido em três ocasiões. No que tange ao saldo de gols a vantagem é tricolor. O time de Curitiba fez onze gols e sofreu quatro.



Conheça um pouco do próximo oponente do Paraná Clube


O Clube Atlético Bragantino foi fundado em 8 de janeiro de 1928, tem como mascote o leão e suas maiores conquistas se resumem um nacional da “Série B” em 1989, um da “Série C” no ano passado e um paulista em 1990.

A empresa Champs fornece material esportivo para a equipe, patrocinada pela Embratel.



O momento dos times no Brasileirão


Os mandantes, nos últimos cinco jogos, venceram por quatro oportunidades. A equipe alvi-negra vem de duas derrotas seguidas e está a sete pontos do “G-4”.

Com 33 pontos em vinte e duas partidas, o “leão” mantém um percentual de aproveitamento de pontos da ordem de 50%.

Em relação aos rivais de divisão, o Bragantino marcou e sofreu vinte e seis gols, o que lhe confere o sexto pior ataque mas, a quarta melhor defesa.

O site “chance de gol” lhe confere menos de 0,01% de chance de título, 5,5% de chance de subir ainda em 2008, tendo a equipe 0,04% de chances de ser rebaixado.


O Paraná Clube venceu as duas últimas partidas mas não convenceu. A realidade paranista demonstra fielmente o quão baixo é o nível das equipes que visam apenas a manutenção na atual divisão. O Paraná, nas últimas nove partidas venceu apenas as últimas duas. Esses seis pontos foram suficientes para sacá-lo da zona de rebaixamento.

O tricolor apenas conseguiu fazer o placar positivo quando em casa, passou a atuar em vantagem numérica mesmo tendo atuado razoavelmente melhor que seus dois últimos adversários, Fortaleza e Marília, ambos que disputam, assim como o Paraná, o direito de seguir disputando a segundona em 2009.

O tricolor, em vinte e duas rodadas soma parcos vinte e tres pontos, tendo portanto, pífios 34% de aproveitamento dos pontos disputados. É importante ressaltar que Fortaleza, América, Paraná, Criciúma e Marília somam o mesmo número de pontos, ou seja, que do décimo-quarto lugar ao décimo-oitavo, o “desempate” na colocação se faz em virtude do número de vitórias e de “gols-pró”.

Com vinte e três gols marcados o Paraná tem o terceiro pior ataque. O sistema defensivo tricolor também não dá muito alento à torcida e, com trinta e três gols sofridos, o time detém a sétima pior defesa.
O site “chance de gol” indica que o Paraná tem menos de 0,01% de chances de subir à primeira divisão, sendo ainda grande (44,5%) a posibilidade de queda para a terceirona.


Para a partida de logo mais, o mesmo sítio indica que os mandantes têm grande favoritismo com 63,4% de chances de vencer, ficando o empate com 22,9% de chances de ocorrer e o tricolor com 13,7% de possibilidade de vitória.



A semana das equipes


Paraná Clube


O meia Christian (um dos raros lúcidos na meia-cancha paranista) ficou de fora da última partida “em cima da hora” em face de um alegado problema estomacal que, surpreendentemente (mas não muito) parece persistir até hoje. Nas primeiras prévias dos “titulares”para o jogo, o atleta não foi relacionado.

Enquanto isso o nome de Schwenck (afastado pelo Goiás) volta a ser ventilado como possível reforço no time de Comelli. O atleta é pretendido também pelo Juventude.

Comelli treinou com Giuliano e Gláucio na meia cancha, buscando ter maior poder de criação, algo que inexistiu na última partida, até pela desastrosa opção tática escolhida pelo treinador paranista onde utilizou três avantes e três volantes, distantes uns dos outros.

O volante recém-chegado do Flamengo, Rômulo, particularmente, não fez uma estréia muito boa. Abusou de desperdiçar passes e não deu muita segurança à zaga, exatamente por isso, deixa de ser opção. O atacante Éder foi muito criticado, a meu ver sem razão, vez que a opção acima citada fez com que a bola não chegasse no estreante, prejudicando sua atuação.

Dessa forma, Comelli tende a apenas alterar essas duas posições para a partida de logo mais.

Clube Atlético Bragantino


Marcelo Veiga não terá à disposição o lateral-direito Nego e o volante Moradei, ambos suspensos por terem levado o terceiro cartão amarelo. Viola e César Gaúcho poderão começar pelo setor direito e Sérgio Manoel, já recuperado, tende a começar na meia-cancha.

O atleta Cris também fica de fora vez que foi suspenso por duas partidas, nesta segunda-feira, pelo Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD).



As prováveis escalações


O Paraná Clube de Comelli deverá formar com: Mauro, Murilo, Daniel Marques, Leandro e Fabinho; Agenor, Pituca, Giuliano e Gláucio; Ricardinho e Leonardo.


O “Braga” de Marcelo Veiga deverá entrar com: Gilvan; Cris, Gustavo e Marcelo Godri; Viola (César Gaucho), Adriano, Sérgio Manoel, Malaquias e Pará; Davi e Nunes.


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domingo, 31 de agosto de 2008

Por quê não fazer o básico?

O Paraná Clube obteve no sábado à tarde sua segunda vitória consecutiva. Tal feito ocorreu após uma lamentável série de sete derrotas. Os times classificados entre os dez últimos da segunda divisão nacional apresentam nível tão sofrível que mesmo tendo ficado sete partidas sem marcar, as duas vitórias permitiram que o tricolor saísse da zona de rebaixamento.

Cabe ao Paraná (uma vez que jogou fora o primeiro turno) ficar à frente de quatro agremiações para então fazer um planejamento visando a temporada de 2009 onde participará do estadual, da Copa do Brasil e da segundona.

Tais constatações comprovam que mesmo fazendo tudo de errado, uma agremiação precisa ser muito mal gerida para conseguir a proeza de cair para a terceira divisão.

A última partida serve como base para algumas considerações: Não é porque um jogador vem do Flamengo que ele tem que começar uma partida sem uma prévia avaliação nos treinamentos. Rômulo não foi feliz na sua estréia.

Na coletiva, Comelli disse que não se poderia crucificar Éder porque a bola nele não tinha chegado. Comelli esqueceu que por orientação sua o time não tinha armador e sim três volantes.

Comelli aliás vem abusando de errar na escolha do time titular e tarda em promover as alterações necessárias.

Ricardinho provou para todos que não é o rei do drible, do chute ou de qualquer coisa relativa a futebol e a cada apresentação sua demonstra ser um jogador sem comprometimento, vontade e ambições na carreira.

Por quê os profissionais do futebol que têm oportunidade de fazer carreiras sólidas não aproveitam as chances, teimando em não fazer o melhor que podem e insistindo em deixar o tempo passar?

Por quê não fazer o básico, o “feijão-com-arroz”?

Para a partida diante do Bragantino deixo a sugestão de se encarar a partida como algo sério. Que se entre com Leonardo à frente, Giuliano mais atrás, Christian armando ao lado de Pimpão com Agenor e Naves na proteção à zaga, sem alterar a formação defensiva. Dessa forma, acredito que o time fique equilibrado, com força defensiva e apto para contra-atacar.

O Bragantino é que deveria estar se preocupando com o Paraná e não o contrário! É hora de pensar grande e não de ficar refém aos atos de dirigentes que não refletem a grandeza da entidade.


FORÇA TRICOLOR!

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