sábado, 11 de abril de 2009

Abre-jogo: Coritiba x Paraná Clube

A quarta rodada da fase decisiva do paranaense de 2009 terá um "clássico": Coritiba e Paraná Clube enfrentar-se-ão logo mais, a partir das 19hs de sábado, no Couto Pereira em partida que terá no comando o árbitro FIFA Evandro Rogério Roman, auxiliado por Gílson Bento Coutinho e por José Carlos Dias Passos.
O Paraná Clube está atualmente em quarto lugar na tabela com sete pontos, mesmo número que o J. Malucelli, ficando atrás pelo regulamento que favorece a melhor campanha da primeira fase. Desde que Wágner Velloso assumiu a equipe, o tricolor somou treze dos dezoito pontos que disputou e, considerando apenas a fase final do paranaense a equipe segue invicta com duas vitórias e um empate; quatro gols a favor e um contra.
O Coritiba, atualmente líder da fase derradeira com um ponto à frente do rival de logo mais, também tem duas vitórias e um empate, tendo ido às redes dos adversários por quatro vezes sem ter sofrido gol algum.
O histórico do confronto das equipes traz números interessantes, das oitenta e seis partidas disputadas, o tricolor soma trinta vitórias contra trinta e uma do rival, tendo ocorrido vinte e cinco empates, logo, a partida de logo mais pode, em caso de vitória paranista, deixar iguais esses números tão equilibrados. No que tange ao saldo de gols o equilíbrio não se vê tão presente, com vantagem tricolor que balançou as redes coxas por cento e treze vezes, nove a mais que o rival.
Sobre o "duelo", o tricolor venceu o primeiro (em 04.02.90, pelo paranaense no Couto Pereira) pelo placar mínimo e também o último (em 11.03.09, por 2 a 1, na Vila Capanema). jogo entre as equipes, por outro lado, desde 1996 o coxa não é derrotado em seus domínios pelo tricolor.


As equipes para a partida

Paraná Clube
Wágner Velloso deverá manter o sistema 3-6-1 para a partida, no entanto, não poderá contar com Lenílson em face deste estar suspenso pelo terceiro cartão amarelo. Durante a semana, para a vaga, Velloso chegou a treinar com Hernani na meia cancha. O volante, contra o ACP, entrou no lugar de Agenor, dando sinais de que Velloso poderia entrar de forma mais cautelosa no clássico.
O que poderia ser um ponto de "tensão" para tricolores foi elucidado por Velloso, quem ministrou o último treino com portões fechados, dizendo à imprensa que pretende preservar a forma de jogo da equipe, logo, a vaga de Lenílson deverá ficar entre o jovem Éverton (preferido pelos torcedores) ou Gedeon quem, embora tenha certo prestígio por parte da comissão técnica, não goza da confiança da maioria dos torcedores tricolores.
Outra dúvida paira no comando do ataque paranista. Wellington Silva somente será confirmado ou vetado, pouco antes do início da partida. Dentro do raciocínio de Velloso, Clênio deverá começar com a "nove", caso o vice-artilheiro do estadual fique de fora, até porque Wando não vem convencendo a torcida e porque Péterson atuou muito mal na última oportunidade que teve.


Coritiba

O técnico Ivo Wortman aproveita o clima de clássico e também faz seu suspense. Ivo, assim como Velloso, informou à imprensa que apenas irá sacramentar qual o time que entrará em campo instantes antes da partida. Assim como no caso de Wellington Silva, o treinador aguardará até o último instante a liberação de dois jogadores (Carlinhos Paraíba e Leandro Donizete), sendo que estes treinaram normalmente ontem. Guarú deverá entrar na equipe caso um destes fique de fora do clássico que não terá ainda a presença de Pedro Ken.
Ramon não treinou nesta sexta-feira por estar com indisposição estomacal, e também é dúvida.


As prováveis escalações

O Paraná Clube de Wagner Velloso deverá formar com: Rodolfo; João Paulo, Leandro e Luís Henrique; Araújo, Agenor, Edimar, Élton (Gedeon ou Hernani), Bruninho e Fabinho; Clênio.

O Coritiba de Ivo Wortman deverá entrar com: Vanderlei; Cleiton, Rodrigo Mancha e Felipe; Márcio Gabriel, Douglas Silva, Leandro Donizete (Willian), Renatinho e Carlinhos Paraíba (Guaru); Marcos Aurélio e Marcelinho Paraíba


O “caminho das pedras para o tricolor”

A partida de logo mais terá alguns nuances interessantes. O gramado do Couto Pereira tem dimensões próximas às da Vila Capanema, o que dará aos atletas mais espaço para atuar, dificultando a atuação dos defensores e das coberturas. O Coritiba atuará diante da sua torcida e terá dois à frente, some-se à isso o fato de sua meia cancha poder ter três desfalques (Ken, Paraíba e Leandro Donizete), esse será o ponto a ser explorado pelo tricolor. O Coritiba não terá sua melhor transição entre a defesa e o ataque, logo, se os alas tricolores impedirem o avanço dos improvisados no setor, a meia cancha estará "povoada". Prejudicando a saída de bola coxa, o tricolor deverá investir em bolas longas e torcer para que seu único avante tenha sucesso.
Existe a possibilidade de Velloso entrar com Hernani, se isso ocorrer, deverá cair pelo setor direito, fazendo a cobertura de Araújo que, com liberdade, poderá ser a "arma" do tricolor.

________________________________
Acompanhe também meu trabalho em:
http://falandocomastorcidas.blog.terra.com.br
http://bolaredonda.blog.terra.com.br
http://bolaredondabrasil.blogspot.com
http://www.futebolpr.com.br
http://www.paranautas.com
http://www.radioparanaclube.com.br

terça-feira, 7 de abril de 2009

Abre-jogo: Paraná Clube x Paranavaí

A terceira rodada da fase decisiva do paranaense de 2009 terá término nesta terça-feira, às 20hs30 na VIla Capanema onde o tricolor entrentará o "vermelhinho" em partida comandada por Edivaldo Elias da Silva, que será auxiliado por Marcos Rogério da SIlva e por Sillei Piva. Graças à alteração do horário da partida, ambas equipes já conhecem os resultados das outras da rodada. Assim sendo, é certo que o tricolor sairá para a vitória, mesmo utilizando-se do sistema 3-6-1, com um apenas à frente e o Paranavaí (atualmente o lanterna), em caso de derrota, vê sua temporada comprometida.

O Paraná Clube está atualmente em quinto lugar na tabela mas, em caso de vitória, pode ir ao terceiro posto, ficando apenas a um ponto da dupla atletiba que, com os tropeços no início da fase derradeira, viram dissipar a vantagem dos "pontos extras"; no entanto, seguem esses com os mandos privilegiados. Mesmo assim o tricolor (que com Velloso conquistou treze dos quinze pontos disputados) ainda depende apenas de si para conquistar o título, apostando nos "confrontos diretos", nos "clássicos" que disputará sempre fora de casa.

Nas duas partidas da fase final o tricolor, que não sofreu gol, tem uma vitória e um empate, tendo marcado apenas na estréia. No mesmo período o Paranavaí perdeu ambas partidas e se por um lado não balançou ainda as redes dos adversários, já viu seu arqueiro buscar a redonda dentro das próprias redes por cindo oportunidades.

O histórico do confronto entre as equipes demonstra certo equilíbrio quando se fala em resultados, o que não ocorre no saldo de gols. Em doze partidas disputadas o tricolor da Capital venceu quatro, empatou seis e perdeu duas vezes. O Paraná Clube marcou vinte e cinco gols no oponente que fez apenas treze. A maior vitória paranista foi de 9 a 1 na "estréia" desse confronto em partica válida pelo estadual de 91. Neste ano as equipes já se enfrentaram na Vila Capanema pela primeira fase em 27.01 em morno empate com um gol para cada lado.


As equipes para a partida

Paraná Clube

Wágner Velloso deverá manter o sistema 3-6-1 com apenas o artilheiro Wellington Silva no comando do ataque tricolor. Clênio, ainda sem sua melhor forma, sai da equipe e deverá ser opção para a segunda etapa.
Outras mudanças deverão ocorrer: O jovem Rodolfo volta à meta, ficando Ney (com moral pelas últimas atuações) no banco; Luís Henrique reassume a zaga esquerda e, na meia cancha, Bruninho volta a ser opção e deverá iniciar a partida.
A única dúvida de Velloso deve mesmo ficar entre Élton e João Paulo, estando Leandro confirmado para começar jogando.


Paranavaí

A equipe do técnico Flávio Mendes é a "cigana" da fase final do estadual. Claramente prejudicada pelo absurdo do "supermando", a equipe não fará nenhuma partida diante da sua torcida. Apesar disso e do fato de ter perdido as duas primeiras partidas, o elenco encontra-se satisfeito por obter em campo a garantia de disputar o próximo estadual e, mesmo já distante da luta pelo título, vê como vantagem o fato de atuar sem o compromisso de vencer, buscando jogar nos erros dos oponentes.
Para a partida, mendes entrará também no sistema 3-6-1 e, com Godói e Dudú poupados, a meia cancha será formada por Danilo Alves, Duda, Élvis, Róger, Gilvan e Yohei.


As prováveis escalações

O Paraná Clube de Wagner Velloso deverá formar com: Rodolfo; Leandro, Élton (João Paulo) e Luis Henrique; Araújo, Agenor, Edimar, Bruninho, Lenílson e Fabinho; Wellington Silva.

O Paranavaí de Flávio Mendes deverá entrar com: Danilo; João Renato, Marcão e Marcelo; danilo álves, Duda, Élvis, Róger, Gilvan e Yohei; Laércio.


O “caminho das pedras para o tricolor”

O "peregrino" do interior ainda não fez gols na fase final e sofreu cinco. A equipe vem com nova formação na meia cancha e, como está acostumada a atuar em campos de dimensões reduzidas, poderá se complicar nas coberturas se explorarem as alas. Por estar acostumado a atuar de forma compacta, o time de Mendes poderá "bater cabeça" em inversões rápidas ou em incursões dos alas. Com apenas um jogador à frente e alas que atuam mais como laterais o Paranavaí deverá atuar fechado. O perigo é exatamente o do Paraná não conseguir sair em vantagem e se expor aos contra-ataques, afinal, o 3-6-1 pode facilmente mudar para outro mais ofensivo quando a equipe atua com a bola.

________________________________
Acompanhe também meu trabalho em:
http://falandocomastorcidas.blog.terra.com.br
http://bolaredonda.blog.terra.com.br
http://bolaredondabrasil.blogspot.com
http://www.futebolpr.com.br
http://www.paranautas.com
http://www.radioparanaclube.com.br

segunda-feira, 6 de abril de 2009

Nivelados por baixo

Muitos se questionam sobre os porquês do nosso campeonato estadual não ter o mesmo valor do que outros nacionalmente e sobre como os times tradicionais locais não mais conseguem ter a “força” de outrora.

O Paraná, último representante do estado na Libertadores, não conseguiu subir à primeira em 2008 e os co-irmãos nada fizeram no estadual.

Para ajudar, da FPF (que prega “nova direção”), ouvem-se “ruídos” de movimentos para a perpetuação no comando, o que é inexplicável dentro de tudo o que se imagina hoje sobre o comando diretivo desportivo, sem contar que tem o “endosso” negativo da proeza de ter elaborado um regulamento ímpar, nefasto, grande mácula que paira sobre a mesma, queiram ou não.

A federação é dos times e não o oposto. O sentimento de submissão das capitanias segue e, sem uma federação forte não existem times fortes e o reflexo se vê no baixo nível tático e técnico do presente estadual.

Na verdade, isso ocorre há tempos e por isso, algumas "inverdades" se perpetuam indevidamente. Knevitz, campeão local, nada fez nacionalmente; Pereira, vice, idem e Perrô, que fez boa campanha recentemente com o Toledo, nacionalmente, com um time tradicional, apenas passou vergonha.

O “Jotinha”, atuando e treinando em campos de pequenas dimensões, melhor se preparou para jogar no interior e na baixada. Por isso, analistas de plantão já falam em Leandro como treinador revelação e que a meia cancha dessa equipe é maravilhosa. Calma...

Não que o Jotinha não possa ser campeão; até pode, ainda mais analisando as performances dos três times da Capital. Mas, o fato de ser campeão, empresta a um time que superou outros também lamentável nível, qualidade? O campeão nacional das Ilhas Vanuatu pode ser considerado um time de qualidade?

Não pretendo aqui equivaler o paranaense ao glorioso "Vanuatão", que fique bem claro, mas entendo que tal consideração deva ser feita.

Fato é que o paranaense está cada vez mais risível e, se não tivermos em breve um campeonato enxuto, decente, sem regulamentos absurdos e com uma federação forte, veremos nossas equipes lutando para apenas seguir, nacionalmente, nas divisões que ocupam.

Outra mostra do descalabro o fato de que o Paraná atue apenas na terça-feira, mesmo tendo Copa do Brasil por vir. Não deveria a federação defender seus afiliados? Ah, esqueci, o "supermando" fez com que vários jogos fossem realiados na Capital mas, nem pensar em alterar o horário, em atenção a quem realmente manda no campeonato, a televisão que adquiriu os direitos.

Reféns de um legado maldito e de quem pretende colocar os jogos em dias de semana, após as novelas, estamos. Há como se pensar em fazer futebol de forma decente se nem se pode apresentar uma tabela que vise não atender interesses de terceiros ou para remediar falhas em regulamentos?

Sobre o estadual, para exemplificar, o Paraná (que com Velloso conquistou 13 dos 18 pontos que disputou), caso vença o Paranavaí, sobe a sete pontos e depende apenas de si e dos resultados nos confrontos diretos para sagrar-se campeão estadual. Para essa partida, o tricolor já sabe do resultado que vai precisar.

Alguém se surpreenderia com vitórias tricolores no Eco-estádio, na Baixada e no Couto Pereira? Alguém se surpreenderia com tropeços de Atlético ou Coritiba ou mesmo do Paraná?

Surpreendente seria que a Federação fizesse um plano diretor do esporte no estado, válido por anos e de execução obrigatória seja por qualquer facção que a assuma, exigindo coerência e profissionalismo de seus federados que, por sua vez, cômoda e convenientemente, jogam a responsabilidade para a entidade que, por política, prefere deixar como está.

Não sou contra a Federação, muito pelo contrário. Sou a favor da FPF, de um futebol paranaense forte e do planejamento. Torço sempre para o êxito de dirigentes e altruístas colaboradores. Rogo em minhas preces para que Federação estadual atue sempre com retidão e seriedade, com profissionalismo, exigindo de seus filiados mais do que a “politicagem” que se instaurou em gestões anteriores. Que a FPF assuma as rédeas do futebol do estado, com um campeonato enxuto, forte na primeira divisão, e com uma segunda competitiva, organizada, valorando o interior e times tradicionais.

Nessa senda, acho fundamental que a FPF exija “contas em dia” dos seus filiados, sob pena de não participar do Estadual ou da Copa do Brasil, vez que ela determina as vagas. e que tenha força e seriedade para punir quem não se enquadre.

Que se instaure um sistema constante de acompanhamento de certidões, de transações de jogadores, de transparência em valores, normas contratuais e percentuais, que estipule, em favor de seus filiados, multas para equipes de fora que eventualmente não cumpram com contratos, enfim, que seja mais atuante, fazendo até às vezes de ente fiscalizador ao lado do Ministério Público e não do circo que envolve nossa justiça desportiva onde profissionais-torcedores-pop, preferem holofotes onde antecipam entendimentos de julgados à imprensa, defendendo interesses de clubes. Que finalmente, não se fique apenas no campo do positivismo, da especulação e da promessa.

Se a FPF busca seriedade e leva essa bandeira, que atue como dito acima e não de outro modo que “prepare” a perpetuação do comando como foi ventilado por alguns meios de comunicação e, se isso não procede, que transparente, negue comprovando.

Um paranaense fraco reflete tudo o que ocorre com a entidade que o representa e com as equipes à ela afiliadas.

A cidade de Curitiba tinha até recentemente três times na elite do futebol. O Coxa caiu, penou mas subiu; o Paraná, da Libertadores segue em seu inferno astral na segundona e o Atlético no ano passado foi salvo pelo gongo, em casa, na última rodada.

O futebol paranaense dentro e fora das quatro linhas (assim como quem o faz, seja de calção ou de gravata) está agonizante e o nivelamento por baixo condena, a cada temporada, a qualidade do futebol no estado e, eventualmente, enfraquece os times frente a adversários nacionais.

Na China, o mesmo ideograma de “crise”, significa também “oportunidade”. Que seja este, portanto, o momento para que se tenha a oportunidade de, diante da já instaurada crise, em todos os setores que envolvem o futebol no estado, dentro e fora do campo, se inicie um trabalho decente, visando a melhoria da qualidade nos mais variados aspectos.

Fácil é criticar, difícil é fazer. Perfeito. Essa frase é muito utilizada por quem convenientemente pretende se isentar de responsabilidades. Fácil é criticar mas muito mais difícil é fazer um regulamento como o presente. Ou não?!

Estamos todos do lado do futebol paranaense. A federação, quando ouve apenas os times, esquece-se dos paranaenses que amam o futebol. Não deveria pertencer a mesma também à esses?

A solução para isso é a força que a FPF tem e pode sim obrigar a que as agremiações à ela filiadas, apresentem relatórios, estejam com certidões e contas em dia e que forneçam condições a atletas, funcionários e torcedores. Mas, teria a mesma força para suportar pressões para a exigência de tal excelência no procedimento?

Com times tradicionais atuando amadoristicamente e sem nenhum planejamento coerente, como se repensar o futebol paranaense?

Até isso não ocorrer, e como certamente os clubes filiados preferem conviver com a desordem e o descontrole, tudo seguirá como está, mesmo que o “discurso” de dirigentes e cartolas tenha outro sentido.

O que vale para o torcedor, para o apaixonado por futebol, é o que se vê, não o discurso de sofistas.

________________________________
Acompanhe também meu trabalho em:
http://falandocomastorcidas.blog.terra.com.br
http://bolaredonda.blog.terra.com.br
http://bolaredondabrasil.blogspot.com
http://www.futebolpr.com.br
http://www.paranautas.com
http://www.radioparanaclube.com.br