segunda-feira, 12 de setembro de 2011

Acabou a (Fon)seca?


Roberto Fonseca não é mais o treinador paranista. Embora sob seu comando a equipe tenha ficado algumas rodadas na zona de classificação à primeira, nas recentes, a equipe “queimou” a gordurinha que tinha adquirido e atualmente encontra-se em nono lugar a seis pontos da “nota de corte”.
Pior do que o fato da equipe paranista ter conquistado apenas oito dos últimos trinta pontos disputados (aproveitamento de apenas 26,66% - no período, comparativamente apenas melhor que o lanterna Duque de Caxias) são as recorrentes derrotas em casa e um futebol desprovido de qualquer pretensão ofensiva.
Fonseca não apenas comprometeu o belo início como penalizou ofensivamente o Paraná graças à saída do promissor Léo do elenco (que voltou ao Internacional e foi mandado ao Santa Cruz) e o endosso da ida de Dieguinho ao Avaí, por crer que Giancarlo resolveria.
O fato é que o Paraná precisa de ofensividade para voltar a fazer as pazes com as vitórias mas não dispõe no elenco de soluções interessantes. Um treinador tarimbado poderia encontrar alternativas com alas e meias, deixando Hernane no comando do ataque mas, e o novo comandante paranista? Terá ele o compromisso de classificar a equipe à primeira ou graças ao perfil inofensivo dos avantes, buscar a não-queda?
Sou voto vencido. Preferiria investir cem mil reais mensalmente num treinador como o Geninho e resgatar o investimento com a volta à primeira do que aceitar um treinador barato, pago por investidores que certamente pedirão do treinador patrocinado preferência pelos seus atletas.
Tenho a certeza de que financeiramente o Paraná está trilhando um árduo caminho para manter as contas em dia e (a)pagar legados anteriores mas entre aceitar um treinador tendencioso sem “ônus” e ter a isenção, a independência na escalação, fico com a segunda opção.
O mercado é claro e, por pouco, não existem nomes isentos interessantes que tenham no currículo, algum feito notável. Independente de quem vier, terá o treinador que encontrar um espírito ofensivo. Talvez com três meias ao invés de três zagueiros ou volantes. Talvez seja possível usar o garoto Henrique como ponta esquerda, tornando esse setor forte com o Lima.
Talvez Dinélson consiga jogar com Packer e Wellington e Cambará consigam retornar. No quebra-cabeça do novo treinador tricolor, peças não se encaixam: Giancarlo está mal e nitidamente transtornado pela reação da torcida, Maranhão não consegue render, Ricardinho não é nem o rei do drible, nem do passe ou do chute e Borebi e apenas um voluntarioso.
Talvez um atacante da base renda mais que os jogadores citados. Hernane não tem par no grupo, sequer reserva, logo, talvez a correria de Henrique seja útil, assim como a inteligência de Dinélson.
A esperança é por uma reação imediata com esse grupo de atletas honestos (pelo valor e salários) do meio para trás, mas sem nenhum compromisso ou qualidade ofensiva. Que consiga o novo treinador acabar com a seca do ataque paranista.

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