quinta-feira, 3 de janeiro de 2008

Como será o amanhã?

Como será o "amanhã", a temporada 2008 para o paranista? Responda quem puder qual será o destino do tricolor, aliás, qual o futuro que os empresários-dirigentes permitirão que tenha o time da Vila Capanema.

Brincadeiras à parte com a letra da música acima aludida, o fato é que recentemente, os dirigentes paranistas estão brincando de fazer futebol, aliás, arrogantemente vêm esses não assimilando os erros cometidos nos anos anteriores e fazendo pior, ao menos para a entidade; logicamente, não para si.

Ao final de 2006, após a inédita classificação à Copa Libertadores, o time foi desmontado. Mesmo assim, com Zetti, dois elencos foram formados e, se por um lado isso deu algo de entrosamento (o qual depois foi "jogado fora", em face da "segunda venda" promovida pelos delírios de Miranda), por outro, não deu ao grupo um padrão para que, ao menos, conquistasse o estadual, sucumbindo diante do frágil ACP.

Assim o Paraná, após a derrota no seu quintal, seguiu tentando lutar na Libertadores e, apesar do fraco nível do Libertad, não o conseguiu superar e, quando encontrava uma forma de jogo no Brasileirão, seus dirigentes acabaram por desmontar inexplicavelmente, a estrutura da equipe com o campeonato em andamento.

O final da triste história todos sabemos mas, o que pode o paranista esperar em 2008, melhoras, comprometimento da diretoria e dos atletas?

O Paraná começa o ano no vermelho não apenas pela falta dos recursos da televisão, como também pela obrigação de ficar, ao menos entre os quatro da segundona, torneio difícil, equilibrado, onde, sem reforços interessantes, deverá lutar muito para retornar à divisão de elite do futebol nacional.

Uma das formas para equilibrar as finanças seria contar integralmente com os valores arrecadados pela saída de Josiel e de Thiago Neves, no entanto, dos valores veiculado, o quanto irá efetivamente para a entidade? Qual a "migalha" que a entidade se utilizará, e... para quê? Para pagar jogadores que não venham a nada acrescentar ou para fazer um time competitivo?

O Paraná Clube precisa, como entidade, aprender que não pode ficar refém de interesses alheios aos interesses dos seus sócios, dos seus torcedores e, enquanto o departamento de futebol seguir arrendado para "empresários disfarçados de cartolas", o tricolor não conseguirá, lamentavelmente, tracionar.

Vejam. Há tempos o tricolor sucateia sua base. Nela, vários "heróis", profissionais mais que abnegados, buscam pincelar talentos e depois dilapidá-los. Assim apareceram para o time principal Gabriel, Goiano, Giuliano, Éverton, Jefferson.

O torcedor não é bobo e entende que a base paranista sempre foi a "alma" do time. Agora, apesar disso, não posso, coerentemente concordar com o fato de permitirem que o time do "Sub-20" jogue as primeiras rodadas.

Um time de juniores, de novatos, nunca, por melhor que seja, irá enfrentar, em igualdade de condições, uma equipe mais rodada, mesmo que de qualidade duvidosa. Entendo que a base que ficou de 2007 é mais do que adequada para o paranaense e mesmo para a segundona.

O time de 2007 que foi rebaixado não era ruim, no entanto, a má qualidade e o despreparo de TODOS os treinadores (inclusive do ídolo Saulo), fou fundamental para frustrar a campanha paranista.

Não entendo muitas coisas neste mundo, particularmente algumas que se passam na Vila Capanema. Para quê Saulo trouxe outro zagueiro para o elenco se o time conta com Nem, João Paulo, Luís Henrique, João Vítor e o garoto Bruno? Lembrem-se, Saulo tinha preferências por Élvis e, inexplicavelmente, às vezes insistia com o garoto. Leonardo, o novo zagueiro, atuou para ele no Rio Branco. Iniciará Saulo com Leonardo?

Como temos precedentes, infelizmente as dúvidas existirão.

Vamos voltar ao elenco. Para quê começar o ano com juniores? Os jogadores voltaram fora de forma? Aliás, a questão da preparação física, no Paraná Clube é emblemática e claro, não pode ser precisa, uma vez que o time fica constantemente mudando de treinadores , o que comprova a ineficiência e o total descomprometimento do departamento de futebol com algo que enseje um mínimo de planejamento.

O futebol atual é profissional, técnico e não pode ficar refém de "achismos" ou de "orelhadas" emitidas por não estudiosos. O planejamento para a temporada inteira (estadual - Copa do Brasil - Série "B") tem que ser muito bem elaborado e isento de "influências externas". No caso do Paraná, também das "influências internas".

Entendo ser uma temeridade começarmos com um bando de garotos, afinal, a fase classificatória é de "tiro curto" e, tropeços em duas partidas podem comprometer a classificação às fases finais do certame.

Começaria com a base que acabou o campeonato de 2007. Aliás, o Goleiro Thiago da "sub-20" não pode sair jogando com as mãos como se estivesse "jogando polenta". A bola, quando sai do arqueiro, tem que ser rasteira, facilitando o domínio do colega. As saídas "para cima" do jovem (e com potencial) arqueiro demonstram que não há zelo com fundamentos, o que se extende para as demais posições desse grupo. Alguns jogadores são fracos para a posição e não tem mais paciência o torcedor tricolor para ficar tapando o sol com peneira.

Acho que com a volta do Leonardo, o regresso do Eltinho (que foi até anunciado no Cruzeiro mas apresentou-se na Vila sem falar com a imprensa), com o regresso do bom meia Christian, com alguns dos garotos e com aqueles que acabaram a temporada de 2007, sem invencionismos por parte de Saulo e sem insistências com Joélson ou coisas do gênero, o Paraná pode, devagar, honesta e seriamente, desde que não se submeta a interesse ou caia em novos "delírios", galgar não apenas a volta à primeira divisão, mas também, fazer um papel decente na Copa do Brasil e mesmo no estadual, afinal, com o baixo nível do futebol brasileiro, o Paraná, exatamente por manter uma certa "base", tem aí uma grande força.

Particularmente entendo que, para o jogo contra o Iguaçú, dia nove de janeiro, o Paraná teria, inclusive, variações interessantes para entrar em campo.

Com o seguro Gabriel no gol, André Luís na lateral direita, João Paulo (ou Nem), e Luís Henrique na zaga e Eltinho na esquerda (de quem não gosto muito mas, hoje em dia, nesse setor ninguém está jogando nada), temos uma boa estrutura defensiva.

O problema do Paraná em 2007 foi a má proteção à zaga, a que, apenas foi corrigida com a entrada de Jumar (único acerto de Saulo). Algumas opções podem ser "tentadas".... Caso o Paraná precise sair mais para o jogo, pode-se colocar Goiano para marcar individualmente o "craque" do outro time e deixar Jumar mais à esquerda. Aí, um meio com Éverton e Christian poderia ser tentado.

Lembremos que Beto segue no time e poderia eventualmente atuar com mais liberdade, aproveitando sua necessária experiência como um terceiro homem de meia-cancha.

Lembremos que Gérson pode retornar ao time e que, na frente, teremos Jéfferson, Leonardo e Giuliano.

O Paraná tem um elenco adequado para a disputa da temporada de 2008, o qual lhe permite até (desde que Saulo não atenda a "pressões" ou intransigências), quem sabe, sonhar com títulos regionais ou mesmo nacionais.

O compromisso da torcida é o de comparecer à Vila Capanema e cantar as cores do tricolor. O dos dirigentes é dar condições para que se faça futebol, e não apenas negócios e, o de Saulo é não inventar.

Acredito numa boa campanha paranista em 2008.

FORÇA TRICOLOR!

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