domingo, 22 de novembro de 2009

A bem da verdade...

O tricolor é o sétimo time com mais vitórias na segundona (14) mas figura em oitavo lugar na classificação geral pelo fato de ter perdido doze vezes.
Com aproveitamento de pontos de 46% na temporada, a equipe tricolor soma cinqüenta e dois pontos mas está invicta há nove (desde a derrota em casa para a lusa).
Até a vinda de Cavalo, o tricolor, em vinte e três rodadas, somou apenas vinte e oito pontos, com aproveitamento de 40,57%. A campanha total de Cavalo (praticamente assegurado como comandante tricolor em 2010) iniciou-se diante do hoje rebaixado Juventude com empate na Vila por 1 a 1 e hoje, embora tenha se “consagrado” pela recente fase, amargou derrotas em casa para o Figueirense (0 x 4) e para a Lusa (0 a 2).
Na “invencibilidade” de Cavalo o tricolor empatou cinco, logo, somou dezessete dos vinte e sete pontos possíveis, tendo nessa fase aproveitamento de 62,9%, que o colocaria (caso tivesse assim atuado desde o início) na segunda posição e logo, na primeirona de 2010.
Pessoalmente creio que a escolha de Cavalo para ser o responsável pela volta à elite é precipitada. Quando se avalia o atual treinador paranista, leva-se em conta seu desempenho na “fase invicta” onde mais empata do que vence. O desempenho geral de Cavalo como treinador da equipe é de 57,14%; o que, se por um lado é maior que de seus antecessores (e surpreendentemente, do que seus últimos trabalhos), por outro, é insuficiente para levá-lo ao G-4 vez que, com tal aproveitamento, estaria em apenas em quinto lugar.
Com Cavalo, em catorze partidas o tricolor fez dezenove (média de 1,35) e sofreu dezesseis (média de 1,14), logo, mais do que um por jogo, tendo saldo de apenas três gols, aqueles obtidos na desequilibrada partida diante do Campinense.
Time que sofre mais do que um gol por jogo pode algo pretender? Mas Cavalo a cada partida se rasga em elogios a Montoya.

Teu destino é vitória!

domingo, 8 de novembro de 2009

Olhos para o futuro

Ok, o tricolor não voltará à primeira divisão em 2009 mas, pode alguém em sã consciência dizer-se surpreso ao, comparativamente, analisar o recente retrospecto do time e ainda, contratações, treinadores, departamento de futebol, enfim, a política utilizada para a formação e manutenção dos últimos elencos paranistas?

O torcedor, apaixonado como é, diz acreditar no futuro mas o desempenho do Paraná parece similar dentro e fora do campo.

Nesta quarta-feira teremos o pleito que definirá a chapa gestora do tricolor pelos próximos dois anos. Entre uma plataforma não muito distinta da atual, a qual conta com a participação de grande parte da atual gestão e outra que se vale da vontade como "bandeira",

Alguns até poderiam ficar surpresos com o fato de ambas chapas terem divulgado o convite aos atuais gestores para assumirem o setor administrativo, no entanto, tal ato até soa lógico face a atenção aos compromissos assumidos.

A esperança é de dias melhores. De que o time melhore, que os sócios tenham o clube que realmente merecem. Que os dirigentes não chorem, que a torcida comemore muito.

E que exista um projeto. O Paraná voltará a crescer apenas no dia em que assumir uma política profissional que não se limite à captação e devolução de recursos, sempre remediando.

Teu destino, Paraná, é Vitória!

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quarta-feira, 21 de outubro de 2009

Paraná joga bem e bate o vice-líder da Série B


Segue matéria do Colega Sílvio Rauth Filho para o site parceiro www.bemparana.com.br






Na Vila Capanema, time derrota o Guarani por 2 a 0 e chega à melhor posição desde 2008


O Paraná Clube conquistou uma vitória convincente ontem à noite, na Vila Capanema, derrotando o Guarani, por 2 a 0. A partida, pela 31ª rodada da Série B, foi marcada pelo belo futebol do time paranaense, que apresentou várias jogadas de técnica, velocidade e criatividade.

Com o resultado, o Paraná chegou ao 10º lugar na tabela. É a melhor posição alcançada pelo time na Série B desde que foi rebaixado, no final de 2007. Agora, ficou nove pontos acima da zona de rebaixamento e 11 pontos abaixo do G4 (os quatro primeiros colocados, que serão promovidos à Série A).

O técnico Roberto Cavalo completou oito jogos no comando da equipe, com quatro vitórias, dois empates e duas derrotas. O Guarani, líder do returno e vice geral na Série B, perdeu a invencibilidade de cinco jogos.

O primeiro tempo teve domínio do Paraná, que mostrou velocidade e habilidade no ataque. Sem contar com nenhum grandalhão no setor ofensivo, o time evitou cruzar bolas altas e apostou na troca de passes entre Rafinha (1,68 m de altura), Davi (1,74 m) e Marcelo Toscano (1,84 m). A estratégia deu certo.

Aos 12 minutos, João Paulo lançou para a área. Rafinha ajeitou com o peito e Marcelo Toscano chutou de primeira, no canto. Golaço.

O Guarani parecia atordoado com o bom futebol do Paraná e tinha dificuldades para reagir. Aos 21, o time paranaense quase fez o 2º gol — Fabinho acertou o travessão. Aos 22, a arbitragem errou ao anular gol legítimo de Leandro, alegando impedimento. Após perder mais três chances, a equipe fez 2 a 0 aos 45 minutos. Davi cruzou rasteiro. O volante Nunes tentou cortar e marcou contra.

No 2º tempo, o Guarani ficou mais ofensivo, com a entrada do meia Harison no lugar do volante Nunes. O Paraná recuou e reduziu o ritmo. Mesmo assim, continuou dominando o jogo e criando as melhores chances. A melhor dela foi aos 20 minutos, quando Fabinho cruzou e Toscano cabeceou perto. O Guarani teve grande oportunidade aos 30, quando Harison cobrou falta no travessão.

O Paraná poderia ter ampliado a vantagem, mas muitos jogadores partiram para o exibicionismo e erraram jogadas fáceis.


Em Curitiba

Paraná: 2

Zé Carlos; Montoya, Leandro e Luis Henrique; Murilo, Luiz Henrique Camargo (Elton), João Paulo, Davi (Rai) e Fabinho; Rafinha e Marcelo Toscano. Técnico: Roberto Cavalo


Guarani: 0

Douglas; Maranhão, Bruno Aguiar, Dão e Eduardo; Cleber Goiano (Nei Paraíba), Nunes (Harison), Léo Mineiro e Walter Minhoca; Dairo (Neto Potiguar) e Ricardo Xavier. Técnico: Vadão

Gols: Marcelo Toscano (12-1º) e Nunes, contra (45-1º)

Cartões amarelos: Luiz Henrique Camargo, Marcelo Toscano, Davi, Luis Henrique, Zé Carlos (P). Maranhão, Dão, Eduardo (G).

Árbitro: Pablo dos Santos Alves (RJ)

Público: 3.441 pagantes (3.651 total)

Renda: R$ 48.325

Local: Vila Capanema, ontem


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Fonte: http://www.bemparana.com.br/index.php?n=124557&t=parana-joga-bem-e-bate-o-vice-lider-da-serie-b

Por Silvio Rauth Filho

terça-feira, 20 de outubro de 2009

Volta do Bola Redonda

Após um longo inverno, este blog retorna à vida. A falta de movimentação não foi devida à ausência de assuntos interessantes; tivemos a escolha do Rio de Janeiro como a sede das olimpíadas de 2016, entre outros eventos, no entanto, outras atividades se fizeram por demais necessárias, forçando a "pausa" em tela.

Amanhã já teremos partidas da segundona e sua classificação a comentar.

E cá estamos, de volta ao exercício diário de falar sobre esportes, preferencialmente aqueles que se utilizam de uma bola redonda, como o lugar onde todos vivemos.

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segunda-feira, 15 de junho de 2009

Torço contra o Avaí

A afirmação do título procede. Não que queira mal a simpática equipe catarinense, no entanto, após analisar as partidas de Zetti como treinador do Paraná Clube, a isso dirijo minha torcida.

Em 2007 a dupla Zetti-Silas foi a responsável pela campanha do tricolor na Libertadores e já nesse período, via-se que um era o mediador dos empresários e o outro era quem conhecia futebol, quem ministrava os treinos.

Após esse trabalho, Zetti, com maus resultados, voltou a comentar e Silas levou o Avaí à primeirona.

Qualquer paranista que olhe para o elenco tricolor vê que o mesmo tem grande possibilidade de classificação à primeira de 2010, mas não entende as escalações de Zetti, quem este escolhe para o banco de reservas e muito menos suas alterações.

Que critérios levariam Zetti a optar por Ceará na esquerda e Alex na direita, preterindo Fabinho e Goiano ou mesmo Araújo?

Qual a justificativa para montar o time com três atacantes, sendo dois deles atuando na meia?

Como entender Wellington Silva e Dinélson no banco; Fabinho nem nele; Goiano e Araújo dispensados enquanto Ceará atua como titular e Malaquias é substituição cativa?

Muito se falava, em tempos recentes, que haviam interesses para a escalação de determinados jogadores. Infelizmente, as teimosias e idiossincrasias de Zetti podem despertar suspeitas nesse sentido até porque, ou estas procedem, ou o treinador paranista é incapaz de montar sua equipe com os melhores atletas à disposição.

Por quê não uma formação com David, Dinélson, Silva e Afonso, com Fabinho na esquerda?

Torço para o Avaí ficar na lanterna e Silas ser dispensado. Quem sabe assim surja a possibilidade de que um treinador que conhece futebol devolva o tricolor ao seu lugar de direito; claro, caso permitam.


O elenco do tricolor tem tudo para "voar" mas para isso, Zetti precisa trocar seus "sensores de velocidade".



Teu destino é vitória!

sexta-feira, 12 de junho de 2009

Abre-jogo: Paraná Clube x Ceará Sporting Club

Nesta sexta-feira, dia dos namorados, às 21hs00, no Estádio Durival de Britto e Silva, a “Vila “Capanema, o tricolor receberá o Ceará Sporting Club, o “vôzão”, em partida válida pela sexta rodada da segunda divisão nacional, que iniciou com duas partidas na última terça-feira: Ipatinga 0 x 3 Portuguesa e Brasiliense 3 x 0 Bahia.

A arbitragem será composta por um trio mato-grossense que atuará sob o comando de Maurício Aparecido de Siqueira, auxiliado por Fábio Rodrigo Rubinho e por Luiz Fernando Irineu da Silva. O local Antônio Valdir dos Santos será o quarto-árbitro e seu conterrâneo Gérson Antônio Baluta será o “observador”.

A partida de logo mais, no entanto, não será fácil para o tricolor local, visto que o Ceará encontra-se na zona de rebaixamento (de onde pretende sair) e o paraná Clube busca desesperadamente subir na tabela, afastando-se de eventual perigo de “degola”, visando emplacar a terceira vitória seguida, o que há tempos não ocorre, dando-lhe forças para tentar o regresso à primeira divisão ainda em 2009.



Conheça um pouco do próximo oponente do Paraná Clube

O alvi-negro cearense (“vozão”, por ser o clube mais velho de seu estado) é forte regionalmente, tendo por trinta e nove vezes vencido o campeonato estadual. Ultimamente a equipe (que conta com a maior torcida do estado) não vem obtendo bons resultados.

Em 2008 foi apenas o 12º. Colocado na segundona e, em 2009 foi apenas o 42º. na Copa do Brasil e vice do arqui-rival Fortaleza no estadual, competição que não vence desde 2006.



O momento dos times no Brasileirão

Duas vitórias seguidas foram o suficiente para dar ânimo ao paranista. Atualmente em 14º lugar, o tricolor tem sete pontos (mesmo número de pontos que Figueirense, em décimo) e está a apenas três pontos do Vasco, atualmente em quarto lugar.

Com apenas cinco gols marcados o Paraná Clube tem o quinto pior ataque do certame, no entanto, tem a oitava melhor defesa com seis gols sofridos, o que não diz muito, afinal, sofre mais de um gol por partida.

A próxima partida do time de Zetti será contra o Ceará de Paulo César Gusmão, que atualmente está na Zona de rebaixamento e sem nenhuma vitória. A equipe cearense marcou menos (4 gols) e sofreu mais gols (8 gols) que o tricolor.

Na segundona o tricolor paranaense tem aproveitamento de pontos de 47%, e vem de duas vitórias enquanto seu oponente, com apenas dois pontos conquistados, tem aproveitamento de risíveis 13%, não tendo ainda vencido no certame.



As equipes para a partida


Paraná Clube

Para a partida de logo mais, Zetti deverá manter a estrutura que vinha entrando em campo, dessa forma, Dirley, retorna à zaga, e João Paulo (volante que vinha tendo boas atuações) à meia-cancha.

O lateral-direito Marcelo Toscano não participará da partida, vez que cumpre suspensão automática por ter levado o terceiro cartão amarelo em Caxias do Sul. Para essa função, alguns nomes vinham sendo cotados, inclusive o de Goiano e Araújo, incialmente afastados do grupo principal, no entanto, Alex parece ter a preferência do treinador paranista e deverá iniciar a partida.

Nas demais posições, Adoniram e David farão companhia a João Paulo na meia-devendo a equipe seguir formando no “falso 4-3-3”, com Bebeto e Wando ladeando Alex Afonso, a referência do ataque tricolor.



Ceará Sporting Club

Paulo César Gusmão está com a cabeça a prêmio e deverá, mesmo atuando fora de casa, partir para cima do tricolor sem muita cautela, fugindo um pouco da orientação defensiva do treinador; apesar disso, a formação da equipe não deve ser alterada, ficando as mudanças apenas na postura da equipe que deverá ter como base, os atletas que iniciaram (e perderam) a partida diante do Vila Nova.

Wellington Amorin (que ainda não marcou na segundona) pode ser preterido para o ingresso de Ciel.



As prováveis escalações


O Paraná Clube de Zetti deverá formar com: Ney; Alex, Dirley, Freire e Murilo Ceará; Adoniran, João Paulo, Davi e Bebeto; Wando e Alex Afonso.


O Ceará de P. C. Gusmão deverá entrar com: Adilson; Andrezinho, Fabrício, Erivélton e Fábio Vidal; Michel, Heleno, Esley e Geraldo; Wellington Amorim e Preto.



O “caminho das pedras para o tricolor”

O Paraná historicamente se complica diante de adversários que se encontram na Zona do rebaixamento mas, em casa, com duas vitórias seguidas e o entrosamento começando a aparecer, não deverá ter maiores problemas diante do frágil oponente que o Ceará representa, afinal, essa equipe marca menos de um gol por jogo e (o que pode ser um problema), a exemplo do tricolor, sofre mais de um por partida.

Embora mantenha o 4-4-2, P.C. Gusmão deverá marcar a saída do Paraná e não ficar apenas esperando o contra-ataque, no entanto, se isso ocorrer, o Ceará corre grande risco de sair goleado da Vila Capanema em face da melhor qualidade individual de alguns atletas paranistas que, com os espaços gerados pela marcação pressão, forçarão os defensores alvi-negros a efetuar uma marcação firme sempre atrás dos tricolores, o que pode representar em faltas e cartões.

Por outro lado, se o Ceará ficar esperando o tricolor isso também poderá ocorrer o que demonstra que o segredo para uma vitória tranqüila tricolor reside em trabalhar bem a bola, ter calma suficiente e não buscar fazer o segundo gol antes do primeiro.

A saída de Wando para o ingresso de dinélson é algo “cantado” e, a partir desse momento o tricolor deverá aproveitar mais espaços, devendo tanto Adoniran como João Paulo, aparecer muito em enfiadas em diagonal com o apoio dos alas, principalmente se forçarem o setor esquerdo da equipe cearense. Alex, com calma e protegido por João Paulo, poderá sair com o “nome feito” nessa partida.



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domingo, 7 de junho de 2009

Um passo de cada vez2

Duas vitórias seguidas foram o suficiente para dar ânimo ao paranista. Atualmente em 14º lugar, o tricolor tem o mesmo número de pontos que Figueirense (10º) e está a apenas três pontos do Ipatinga, vice-líder.

Com apenas cinco gols marcados o Paraná Clube tem o quinto pior ataque do certame, no entanto, tem a oitava melhor defesa com seis gols sofridos, o que não diz muito, afinal, sofre mais de um gol por partida.


A próxima partida do time de Zetti será contra o Ceará que atualmente está na Zona de rebaixamento e sem nenhuma vitória. A equipe cearense marcou menos (4 gols) e sofreu mais gols (8 gols) que o tricolor, o que pode ser explorado para dar confiança ao elenco.


Não apenas os números servem para dar esperanças ao tricolor mas as atuações recentes de alguns atletas do elenco demonstram que com o tempo a equipe certamente terá o entrosamento necessário para subir à primeira divisão em 2009.


Ney não é nenhuma unanimidade mas é fato que vem fazendo partidas convincentes quando protegido por uma boa dupla de defensores. Dirley e Freire aparentam ser a melhor dupla de zaga desde muito tempo. Adoniram e João Paulo parecem ter assimilado bem o que significa proteger a defesa, efetuar coberturas e ter qualidade para sair jogando. Pelas laterais, Toscano vem muito bem, ainda mais quando Ceará (limitado ofensivamente) fica como um falso terceiro zagueiro e o libera para atuar por todo o campo, confundindo os adversários. Na meia, duas vagas são disputadas por David, Dinélson e Élvis e na frente, Bebeto e Alex Afonso podem resolver.


O banco tem nomes interessantes como Rodolfo, Alex, Murilo, Fabinho e Wellington Silva, sendo que ainda poderiam estar Goiano e Araújo, inexplicavelmente fora.

Se Zetti Permitir, o time da “Elleá” pode levar as três cores novamente à primeira mas, e quando a “lua de mel” acabar?


Teu destino é Vitória!


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domingo, 12 de abril de 2009

O "clássico" e seus efeitos

O “clássico” começou a ser perdido no cartão amarelo de Lenílson (por reclamação tola) na partida contra a ACP. A derrota em si (e a consequente retirada da luta pelo título) tomou corpo com a infeliz escalação de Wando. Esse atleta fora escolhido para fazer a ligação, atuando como “ligação”, no entanto, o que se viu foi um atleta sem físico e força fazendo as vezes de “pivô” próximo à linha da fundo.

Clênio é muito mais visto como o que "torcedor gostaria que fosse" do que como realmente é, mesmo assim, era a substituição óbvia, correta: um "nove" por outro.

Não somente o gol (após falha defensiva) abalou o time, mas, uma só peça equivocada, descaracterizou a forma com a qual o tricolor vinha atuando. A presença de Wando descaracterizou padrão de jogo que Velloso tinha conseguido encontrar. A meu ver, se era para manter o mesmo padrão (como disse Velloso na coletiva) o correto seria a entrada de Éverton (ficando um meia por outro) ou, na pior das hipóteses, Gedeon. Outra possibilidade seria a entrada de Alex na direita, liberando Araújo para atuar em sua função originária, na meia cancha.

Outro ponto fundamental para a derrota foi a retirada de Araújo (prejudicado por sua função defensiva, sempre “batendo” com o Paraíba) por Alex. O time precisava de ambos.

Sobre as demais substituições, bem, foram também infelizes e o que se viu foi um time que não atuou como vinha, seja pelas infelizes opções de quem o escalou, seja pela falta de peças de qualidade.

O tricolor tem Copa do Brasil no meio da semana contra o Fortaleza e aí deverá focar seu primeiro semestre até porque, para a próxima partida do estadual não poderá contar com Agenor e Fabinho, suspensos por cartões amarelos.

O estado clínico de Luís Henrique preocupa para o decorrer da temporada e, defensivamente, Leandro (que por pouco não entregou mais uma) tem que se limitar a marcar e antecipar, passes e lançamentos não cabem ao defensor, devendo ser orientado a passar a redonda a alguém mais capacitado para sair jogando.

O tricolor tem um elenco limitado, frágil que, sem com a simples ausência de Lenílson (que não finaliza de acordo com sua qualidade em demais fundamentos) fica sem nenhuma criatividade, até porque Elvis está fora e Bruninho (ainda garoto) parece mais preocupado em jogar apenas para si e não para o time.

Outra ausência sentida no “clássico” foi a de Wellington Silva quem, mesmo não sendo nenhum notável, soma oito gols no certame e não tem substituto no elenco, ficando o tricolor com sua ausência sem nenhum poder ofensivo.

A bem da verdade, pelo elenco que temos, chega a ser surpreendente que o time esteja em tal posição na fase final, aliás, lembremos que a equipe estava ameaçada de rebaixamento no estadual.

Edimar (que vinha atuando bem nas partidas anteriores) aparentemente passou o primeiro tempo inteiro com sono, felizmente, na segunda etapa, correu e voltou a jogar como se esperava.

Fabinho segue sem aplicação tática, não voltando nem fazendo cobertura.

Nada do que aqui foi dito é novidade para o paranista que acompanha a equipe. O ponto é que Velloso disse nas coletivas antes do “clássico” que buscava escalação que lhe permitisse atuar como vinha ocorrendo, o que efetivamente não se viu, muito , pela equivocada opção por Wando. Uma peça apenas, uma engrenagem diferente serviu para que todo o motor travasse.

Ivo vem sendo questionado por sua torcida mas, por não ter inventado e contado com a força máxima de um elenco de mais qualidade, conseguiu envolver, com os quatro da frente, um elenco apenas voluntarioso, visto que descaracterizado.

O paranista tem que se conscientizar que seu time é esse. Mesmo com adversários sofríveis como a arbitragem (no “clássico”, Roman foi conivente com a violência do alviverde - só no primeiro tempo o William fez sete faltas, seis sobre Bruninho), o tricolor precisa de reforços, aliás, precisa de titulares, não de mais jogadores que apenas trarão dúvidas ao seu treinador.

Para o paranista o estadual de 2009 tem apenas uma serventia, a de se retirar pontos do Atlético e a de conceder pontos ao Malucelli, caso esse se sagre campeão com os mesmos, na última partida. Estadual, depois disso, apenas em 2010, até lá o tricolor deve focar-se na Copa do Brasil (visando, por quê não, a Libertadores) e o regresso à divisão de elite do futebol nacional, o que somente ocorrerá com muito trabalho, sem “invencionismos” e com no mínimo, seis novos titulares e com a manutenção de Agenor e Lenílson.

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sábado, 11 de abril de 2009

Abre-jogo: Coritiba x Paraná Clube

A quarta rodada da fase decisiva do paranaense de 2009 terá um "clássico": Coritiba e Paraná Clube enfrentar-se-ão logo mais, a partir das 19hs de sábado, no Couto Pereira em partida que terá no comando o árbitro FIFA Evandro Rogério Roman, auxiliado por Gílson Bento Coutinho e por José Carlos Dias Passos.
O Paraná Clube está atualmente em quarto lugar na tabela com sete pontos, mesmo número que o J. Malucelli, ficando atrás pelo regulamento que favorece a melhor campanha da primeira fase. Desde que Wágner Velloso assumiu a equipe, o tricolor somou treze dos dezoito pontos que disputou e, considerando apenas a fase final do paranaense a equipe segue invicta com duas vitórias e um empate; quatro gols a favor e um contra.
O Coritiba, atualmente líder da fase derradeira com um ponto à frente do rival de logo mais, também tem duas vitórias e um empate, tendo ido às redes dos adversários por quatro vezes sem ter sofrido gol algum.
O histórico do confronto das equipes traz números interessantes, das oitenta e seis partidas disputadas, o tricolor soma trinta vitórias contra trinta e uma do rival, tendo ocorrido vinte e cinco empates, logo, a partida de logo mais pode, em caso de vitória paranista, deixar iguais esses números tão equilibrados. No que tange ao saldo de gols o equilíbrio não se vê tão presente, com vantagem tricolor que balançou as redes coxas por cento e treze vezes, nove a mais que o rival.
Sobre o "duelo", o tricolor venceu o primeiro (em 04.02.90, pelo paranaense no Couto Pereira) pelo placar mínimo e também o último (em 11.03.09, por 2 a 1, na Vila Capanema). jogo entre as equipes, por outro lado, desde 1996 o coxa não é derrotado em seus domínios pelo tricolor.


As equipes para a partida

Paraná Clube
Wágner Velloso deverá manter o sistema 3-6-1 para a partida, no entanto, não poderá contar com Lenílson em face deste estar suspenso pelo terceiro cartão amarelo. Durante a semana, para a vaga, Velloso chegou a treinar com Hernani na meia cancha. O volante, contra o ACP, entrou no lugar de Agenor, dando sinais de que Velloso poderia entrar de forma mais cautelosa no clássico.
O que poderia ser um ponto de "tensão" para tricolores foi elucidado por Velloso, quem ministrou o último treino com portões fechados, dizendo à imprensa que pretende preservar a forma de jogo da equipe, logo, a vaga de Lenílson deverá ficar entre o jovem Éverton (preferido pelos torcedores) ou Gedeon quem, embora tenha certo prestígio por parte da comissão técnica, não goza da confiança da maioria dos torcedores tricolores.
Outra dúvida paira no comando do ataque paranista. Wellington Silva somente será confirmado ou vetado, pouco antes do início da partida. Dentro do raciocínio de Velloso, Clênio deverá começar com a "nove", caso o vice-artilheiro do estadual fique de fora, até porque Wando não vem convencendo a torcida e porque Péterson atuou muito mal na última oportunidade que teve.


Coritiba

O técnico Ivo Wortman aproveita o clima de clássico e também faz seu suspense. Ivo, assim como Velloso, informou à imprensa que apenas irá sacramentar qual o time que entrará em campo instantes antes da partida. Assim como no caso de Wellington Silva, o treinador aguardará até o último instante a liberação de dois jogadores (Carlinhos Paraíba e Leandro Donizete), sendo que estes treinaram normalmente ontem. Guarú deverá entrar na equipe caso um destes fique de fora do clássico que não terá ainda a presença de Pedro Ken.
Ramon não treinou nesta sexta-feira por estar com indisposição estomacal, e também é dúvida.


As prováveis escalações

O Paraná Clube de Wagner Velloso deverá formar com: Rodolfo; João Paulo, Leandro e Luís Henrique; Araújo, Agenor, Edimar, Élton (Gedeon ou Hernani), Bruninho e Fabinho; Clênio.

O Coritiba de Ivo Wortman deverá entrar com: Vanderlei; Cleiton, Rodrigo Mancha e Felipe; Márcio Gabriel, Douglas Silva, Leandro Donizete (Willian), Renatinho e Carlinhos Paraíba (Guaru); Marcos Aurélio e Marcelinho Paraíba


O “caminho das pedras para o tricolor”

A partida de logo mais terá alguns nuances interessantes. O gramado do Couto Pereira tem dimensões próximas às da Vila Capanema, o que dará aos atletas mais espaço para atuar, dificultando a atuação dos defensores e das coberturas. O Coritiba atuará diante da sua torcida e terá dois à frente, some-se à isso o fato de sua meia cancha poder ter três desfalques (Ken, Paraíba e Leandro Donizete), esse será o ponto a ser explorado pelo tricolor. O Coritiba não terá sua melhor transição entre a defesa e o ataque, logo, se os alas tricolores impedirem o avanço dos improvisados no setor, a meia cancha estará "povoada". Prejudicando a saída de bola coxa, o tricolor deverá investir em bolas longas e torcer para que seu único avante tenha sucesso.
Existe a possibilidade de Velloso entrar com Hernani, se isso ocorrer, deverá cair pelo setor direito, fazendo a cobertura de Araújo que, com liberdade, poderá ser a "arma" do tricolor.

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terça-feira, 7 de abril de 2009

Abre-jogo: Paraná Clube x Paranavaí

A terceira rodada da fase decisiva do paranaense de 2009 terá término nesta terça-feira, às 20hs30 na VIla Capanema onde o tricolor entrentará o "vermelhinho" em partida comandada por Edivaldo Elias da Silva, que será auxiliado por Marcos Rogério da SIlva e por Sillei Piva. Graças à alteração do horário da partida, ambas equipes já conhecem os resultados das outras da rodada. Assim sendo, é certo que o tricolor sairá para a vitória, mesmo utilizando-se do sistema 3-6-1, com um apenas à frente e o Paranavaí (atualmente o lanterna), em caso de derrota, vê sua temporada comprometida.

O Paraná Clube está atualmente em quinto lugar na tabela mas, em caso de vitória, pode ir ao terceiro posto, ficando apenas a um ponto da dupla atletiba que, com os tropeços no início da fase derradeira, viram dissipar a vantagem dos "pontos extras"; no entanto, seguem esses com os mandos privilegiados. Mesmo assim o tricolor (que com Velloso conquistou treze dos quinze pontos disputados) ainda depende apenas de si para conquistar o título, apostando nos "confrontos diretos", nos "clássicos" que disputará sempre fora de casa.

Nas duas partidas da fase final o tricolor, que não sofreu gol, tem uma vitória e um empate, tendo marcado apenas na estréia. No mesmo período o Paranavaí perdeu ambas partidas e se por um lado não balançou ainda as redes dos adversários, já viu seu arqueiro buscar a redonda dentro das próprias redes por cindo oportunidades.

O histórico do confronto entre as equipes demonstra certo equilíbrio quando se fala em resultados, o que não ocorre no saldo de gols. Em doze partidas disputadas o tricolor da Capital venceu quatro, empatou seis e perdeu duas vezes. O Paraná Clube marcou vinte e cinco gols no oponente que fez apenas treze. A maior vitória paranista foi de 9 a 1 na "estréia" desse confronto em partica válida pelo estadual de 91. Neste ano as equipes já se enfrentaram na Vila Capanema pela primeira fase em 27.01 em morno empate com um gol para cada lado.


As equipes para a partida

Paraná Clube

Wágner Velloso deverá manter o sistema 3-6-1 com apenas o artilheiro Wellington Silva no comando do ataque tricolor. Clênio, ainda sem sua melhor forma, sai da equipe e deverá ser opção para a segunda etapa.
Outras mudanças deverão ocorrer: O jovem Rodolfo volta à meta, ficando Ney (com moral pelas últimas atuações) no banco; Luís Henrique reassume a zaga esquerda e, na meia cancha, Bruninho volta a ser opção e deverá iniciar a partida.
A única dúvida de Velloso deve mesmo ficar entre Élton e João Paulo, estando Leandro confirmado para começar jogando.


Paranavaí

A equipe do técnico Flávio Mendes é a "cigana" da fase final do estadual. Claramente prejudicada pelo absurdo do "supermando", a equipe não fará nenhuma partida diante da sua torcida. Apesar disso e do fato de ter perdido as duas primeiras partidas, o elenco encontra-se satisfeito por obter em campo a garantia de disputar o próximo estadual e, mesmo já distante da luta pelo título, vê como vantagem o fato de atuar sem o compromisso de vencer, buscando jogar nos erros dos oponentes.
Para a partida, mendes entrará também no sistema 3-6-1 e, com Godói e Dudú poupados, a meia cancha será formada por Danilo Alves, Duda, Élvis, Róger, Gilvan e Yohei.


As prováveis escalações

O Paraná Clube de Wagner Velloso deverá formar com: Rodolfo; Leandro, Élton (João Paulo) e Luis Henrique; Araújo, Agenor, Edimar, Bruninho, Lenílson e Fabinho; Wellington Silva.

O Paranavaí de Flávio Mendes deverá entrar com: Danilo; João Renato, Marcão e Marcelo; danilo álves, Duda, Élvis, Róger, Gilvan e Yohei; Laércio.


O “caminho das pedras para o tricolor”

O "peregrino" do interior ainda não fez gols na fase final e sofreu cinco. A equipe vem com nova formação na meia cancha e, como está acostumada a atuar em campos de dimensões reduzidas, poderá se complicar nas coberturas se explorarem as alas. Por estar acostumado a atuar de forma compacta, o time de Mendes poderá "bater cabeça" em inversões rápidas ou em incursões dos alas. Com apenas um jogador à frente e alas que atuam mais como laterais o Paranavaí deverá atuar fechado. O perigo é exatamente o do Paraná não conseguir sair em vantagem e se expor aos contra-ataques, afinal, o 3-6-1 pode facilmente mudar para outro mais ofensivo quando a equipe atua com a bola.

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segunda-feira, 6 de abril de 2009

Nivelados por baixo

Muitos se questionam sobre os porquês do nosso campeonato estadual não ter o mesmo valor do que outros nacionalmente e sobre como os times tradicionais locais não mais conseguem ter a “força” de outrora.

O Paraná, último representante do estado na Libertadores, não conseguiu subir à primeira em 2008 e os co-irmãos nada fizeram no estadual.

Para ajudar, da FPF (que prega “nova direção”), ouvem-se “ruídos” de movimentos para a perpetuação no comando, o que é inexplicável dentro de tudo o que se imagina hoje sobre o comando diretivo desportivo, sem contar que tem o “endosso” negativo da proeza de ter elaborado um regulamento ímpar, nefasto, grande mácula que paira sobre a mesma, queiram ou não.

A federação é dos times e não o oposto. O sentimento de submissão das capitanias segue e, sem uma federação forte não existem times fortes e o reflexo se vê no baixo nível tático e técnico do presente estadual.

Na verdade, isso ocorre há tempos e por isso, algumas "inverdades" se perpetuam indevidamente. Knevitz, campeão local, nada fez nacionalmente; Pereira, vice, idem e Perrô, que fez boa campanha recentemente com o Toledo, nacionalmente, com um time tradicional, apenas passou vergonha.

O “Jotinha”, atuando e treinando em campos de pequenas dimensões, melhor se preparou para jogar no interior e na baixada. Por isso, analistas de plantão já falam em Leandro como treinador revelação e que a meia cancha dessa equipe é maravilhosa. Calma...

Não que o Jotinha não possa ser campeão; até pode, ainda mais analisando as performances dos três times da Capital. Mas, o fato de ser campeão, empresta a um time que superou outros também lamentável nível, qualidade? O campeão nacional das Ilhas Vanuatu pode ser considerado um time de qualidade?

Não pretendo aqui equivaler o paranaense ao glorioso "Vanuatão", que fique bem claro, mas entendo que tal consideração deva ser feita.

Fato é que o paranaense está cada vez mais risível e, se não tivermos em breve um campeonato enxuto, decente, sem regulamentos absurdos e com uma federação forte, veremos nossas equipes lutando para apenas seguir, nacionalmente, nas divisões que ocupam.

Outra mostra do descalabro o fato de que o Paraná atue apenas na terça-feira, mesmo tendo Copa do Brasil por vir. Não deveria a federação defender seus afiliados? Ah, esqueci, o "supermando" fez com que vários jogos fossem realiados na Capital mas, nem pensar em alterar o horário, em atenção a quem realmente manda no campeonato, a televisão que adquiriu os direitos.

Reféns de um legado maldito e de quem pretende colocar os jogos em dias de semana, após as novelas, estamos. Há como se pensar em fazer futebol de forma decente se nem se pode apresentar uma tabela que vise não atender interesses de terceiros ou para remediar falhas em regulamentos?

Sobre o estadual, para exemplificar, o Paraná (que com Velloso conquistou 13 dos 18 pontos que disputou), caso vença o Paranavaí, sobe a sete pontos e depende apenas de si e dos resultados nos confrontos diretos para sagrar-se campeão estadual. Para essa partida, o tricolor já sabe do resultado que vai precisar.

Alguém se surpreenderia com vitórias tricolores no Eco-estádio, na Baixada e no Couto Pereira? Alguém se surpreenderia com tropeços de Atlético ou Coritiba ou mesmo do Paraná?

Surpreendente seria que a Federação fizesse um plano diretor do esporte no estado, válido por anos e de execução obrigatória seja por qualquer facção que a assuma, exigindo coerência e profissionalismo de seus federados que, por sua vez, cômoda e convenientemente, jogam a responsabilidade para a entidade que, por política, prefere deixar como está.

Não sou contra a Federação, muito pelo contrário. Sou a favor da FPF, de um futebol paranaense forte e do planejamento. Torço sempre para o êxito de dirigentes e altruístas colaboradores. Rogo em minhas preces para que Federação estadual atue sempre com retidão e seriedade, com profissionalismo, exigindo de seus filiados mais do que a “politicagem” que se instaurou em gestões anteriores. Que a FPF assuma as rédeas do futebol do estado, com um campeonato enxuto, forte na primeira divisão, e com uma segunda competitiva, organizada, valorando o interior e times tradicionais.

Nessa senda, acho fundamental que a FPF exija “contas em dia” dos seus filiados, sob pena de não participar do Estadual ou da Copa do Brasil, vez que ela determina as vagas. e que tenha força e seriedade para punir quem não se enquadre.

Que se instaure um sistema constante de acompanhamento de certidões, de transações de jogadores, de transparência em valores, normas contratuais e percentuais, que estipule, em favor de seus filiados, multas para equipes de fora que eventualmente não cumpram com contratos, enfim, que seja mais atuante, fazendo até às vezes de ente fiscalizador ao lado do Ministério Público e não do circo que envolve nossa justiça desportiva onde profissionais-torcedores-pop, preferem holofotes onde antecipam entendimentos de julgados à imprensa, defendendo interesses de clubes. Que finalmente, não se fique apenas no campo do positivismo, da especulação e da promessa.

Se a FPF busca seriedade e leva essa bandeira, que atue como dito acima e não de outro modo que “prepare” a perpetuação do comando como foi ventilado por alguns meios de comunicação e, se isso não procede, que transparente, negue comprovando.

Um paranaense fraco reflete tudo o que ocorre com a entidade que o representa e com as equipes à ela afiliadas.

A cidade de Curitiba tinha até recentemente três times na elite do futebol. O Coxa caiu, penou mas subiu; o Paraná, da Libertadores segue em seu inferno astral na segundona e o Atlético no ano passado foi salvo pelo gongo, em casa, na última rodada.

O futebol paranaense dentro e fora das quatro linhas (assim como quem o faz, seja de calção ou de gravata) está agonizante e o nivelamento por baixo condena, a cada temporada, a qualidade do futebol no estado e, eventualmente, enfraquece os times frente a adversários nacionais.

Na China, o mesmo ideograma de “crise”, significa também “oportunidade”. Que seja este, portanto, o momento para que se tenha a oportunidade de, diante da já instaurada crise, em todos os setores que envolvem o futebol no estado, dentro e fora do campo, se inicie um trabalho decente, visando a melhoria da qualidade nos mais variados aspectos.

Fácil é criticar, difícil é fazer. Perfeito. Essa frase é muito utilizada por quem convenientemente pretende se isentar de responsabilidades. Fácil é criticar mas muito mais difícil é fazer um regulamento como o presente. Ou não?!

Estamos todos do lado do futebol paranaense. A federação, quando ouve apenas os times, esquece-se dos paranaenses que amam o futebol. Não deveria pertencer a mesma também à esses?

A solução para isso é a força que a FPF tem e pode sim obrigar a que as agremiações à ela filiadas, apresentem relatórios, estejam com certidões e contas em dia e que forneçam condições a atletas, funcionários e torcedores. Mas, teria a mesma força para suportar pressões para a exigência de tal excelência no procedimento?

Com times tradicionais atuando amadoristicamente e sem nenhum planejamento coerente, como se repensar o futebol paranaense?

Até isso não ocorrer, e como certamente os clubes filiados preferem conviver com a desordem e o descontrole, tudo seguirá como está, mesmo que o “discurso” de dirigentes e cartolas tenha outro sentido.

O que vale para o torcedor, para o apaixonado por futebol, é o que se vê, não o discurso de sofistas.

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segunda-feira, 30 de março de 2009

Ficção?!

Um estrangeiro apaixonado por futebol e residente em Curitiba há alguns anos foi mandado a trabalho por sua empresa a um lugar remoto da África, tendo lá ficado algum tempo.
Ao retornar a Curitiba, pega um taxi no Affonso Pena para o centro da cidade e busca, com o motorista, ver como andam as coisas:
“- Amigo, pro Ecoville, por favor.”
“- Ok”, responde o motorista.
“- O estadual entrou em sua final então, não? Como pode ter o Atlético, que foi líder, ter empatado as duas primeiras?”
“- O atlético não jogou duas, aliás, ele perdeu a primeira em casa para o J. Malucelli”, informa o taxista.
Pasmo, o passageiro pergunta: “- Mas o Atlético não tem dois pontos?”
“- Sim”, responde o taxista que acrescenta: “-Mas é porque o regulamento lhe deu dois pontos extras.”
Passageiro: “- Bom, agora vai ter que buscar pontos fora de casa para não ficar para trás”.
Motorista: “- O Atlético vai jogar todas as partidas em casa, o regulamento foi mal redigido e o STJD, com participação do pop-procurador-torcedor Schmidt, determinou que o ‘supermando’ fosse mantido.’
Passageiro: “- Supermando?”
Motorista: “- Sim, é uma vantagem pela melhor campanha no primeiro turno”.
Passageiro: “- Mas ele já não tem os pontos extras por isso?”
Motorista: “- Tem. Mas, todos os clubes assinaram”.
Após um longo silêncio, o passageiro segue o tema: “- O bom dos estaduais é que os times do interior vão receber os da Capital, essa é a alegria dos regionais, não?”
Motorista: “- É, sou do interior e lembro quando era criança, como era bacana ver os times da Capital mas, este ano, pelo regulamento, vai ter time que não vai jogar nenhuma vez diante da sua torcida na fase final”.
Passageiro: “- Mas como isso?! Meu Deus! Esse pessoal do Severiano...”
Motorista: “- Esse já nem mais faz parte da federação.”
Após novo silêncio na cabine o passageiro retoma a conversa: “- Que bom saber que os times da Capital têm concorrentes no estado agora, veja o J. Malucelli vencendo o Atlético na baixada”.
Motorista: “- O J. Malucelli venceu Paraná e Coritiba na primeira fase”.
Passageiro: “- Surpreendente isso. Sobre os times do interior, o Londrina joga quando em Curitiba?
Motorista: “- O Londrina caiu, foi para a segunda divisão estadual, mesmo tendo vencido o Coritiba de Marcelinho Paraíba”.
Passageiro: “- Não Seria Carlinhos Paraíba?!”
Motorista: “- Não, Marcelinho Paraíba está no Coritiba”.
Passageiro: “- Mas ele não estava no Flamengo?”
Motorista: “- Sim mas, o Flamengo não pagava salários, ele conseguiu a liberação e foi para o coxa”.
Passageiro: “- Mas o Flamengo não tem a maior torcida do país, como não consegue pagar salários?”
Motorista: “- Não apenas salários, o Flamengo vive endividado, nem o que a Timemania iria ‘acertar’ consegue, vão até fazer uma Timemania 2”.
Passageiro: “- Como é?! Os times não pagam impostos, reparcelam, aí vem o governo, que já concedeu benefícios a entidades esportivas vítimas de maus gestores, não o fazendo a empresários e cidadãos comuns mas, pelo insucesso da primeira, virá a segunda Timemania?”
Levando os ombros à frente, o motorista acena concordando para um pasmo passageiro.
Passageiro: “- Achei que a única surpresa que teria era a do Rubinho no pódio com uma equipe estreante... mas... amigo, e o Paraná Clube, conseguiu ficar na primeira estadual?”
Motorista: “- O Paraná, desde que Velloso passou a treinar a equipe, está com aproveitamento de oitenta por cento dos pontos disputados, venceu o Cianorte na Vila Capanema no Domingo, mesmo com um jogador a menos e está bem na fase final.”
Passageiro: “- Mas o time não estava caindo e a torcida não reclamava daquele atacante que não fazia gols? E, Velloso... é aquele que era goleiro? E... que clube ele treinou antes?”
Motorista: “- O Wellington Silva?! É o Artilheiro do Estadual! Velloso é esse mesmo, nunca treinou nenhum time expressivo mas está dando certo, parece.”
Após algum silêncio o passageiro chama o motorista e fala: “- É muita coisa pra minha cabeça. Amigo, me faz um favor, aumenta um pouco o som e só me chame quando chegarmos, ok, vou dar uma descansada.”

Tal fato, claro, é fictício, no entanto, qualquer semelhança com a realidade não é mera coincidência.

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domingo, 29 de março de 2009

Abre-jogo: Paraná Clube x Cianorte

Pela primeira fase da rodada final Atlético e J. Malucelli enfrentam-se no Joaquim Américo às 20hs30, após às 15hs30, quando Coritiba e Paranavaí medem forças no Couto Pereira, Nacional e Iraty se encontram no Erick Georg e o Paraná Clube recebe o Cianorte em pleno Durival de Britto e Silva, a Vila Capanema com arbitragem de Héber Roberto Lopes, auxiliado por Wesley Gomes da Silva e José Renê Stavinski.
Assim ficou a tabela em face da manutenção pelo STJD do “supermando” do Atlético e porque a seleção nacional entra em campo às 18hs diante do Equador em Quito, em partida válida pelas eliminatórias da Copa de 2010.
O tricolor, que por vezes chegou a ficar ameaçado de rebaixamento no estadual, acabou a primeira fase em quinto lugar com vinte pontos, seis vitórias e derrotas e dois empates. O terceiro melhor ataque da fase de classificação com vinte e dois gols (atrás de atlético com 29 e Toledo, com 24), dá esperanças ao torcedor que vê Wellington Silva liderar a artilharia do certame. Por outro lado, o tricolor é dos times que mais sofre gols sendo apenas a sétima melhor defesa, com vinte gols sofridos, a sete, da sexta, que sofreu treze.


Conheça um pouco do próximo oponente do Paraná Clube

O Cianorte, prejudicado pelo “aceite” do supermando, atuará na fase final em casa apenas diante do Paranavaí, tendo a equipe classificado-se em sétimo lugar com a seguinte campanha: quatro vitórias, sete empates e apenas três derrotas, com dezessete gols a favor e treze contra.


O momento dos times

O Cianorte chegou a estar invicto na competição mas perdeu força na “reta final”. Desmotivado pelo fato de ser um nômade na fase final em face do “supermando”, pouco deverá incomodar seus oponentes.
Nas últimas quatro partidas o Cianorte não obteve nenhuma vitória, tendo marcado apenas dois pontos em doze possíveis: empate em 1 a 1 frente o Coritiba na Capital, derrota para o Rio Branco em Paranaguá por 2 a 1, empate por 2 a 2 em casa diante do Toledo e derrota por 2 a 1 em Iraty, frente a equipe local, o que demonstra a má fase atual dessa agremiação.

O Paraná Clube, por outro lado, desde que Velloso assumiu o comando da equipe, venceu todas, à exceção da inexplicável derrota na Vila Capanema diante do Rio Branco pelo placar mínimo. Dos últimos doze pontos disputados pelo tricolor (os doze sob o comando do novo treinador), nove foram conquistados, ou seja, um aproveitamento de 75% dos pontos em disputa. Além disso, a recente goleada na Vila Capanema, diante do Iguaçú, dá alento ao torcedor.
O “supermando” embora condene o tricolor a disputar todas as partidas com os rivais locais fora de seus domínios, por outro lado, “condena” a equipe a fazer apenas uma partida fora de Curitiba, diante do Nacional de Rolândia.


As equipes para a partida

Paraná Clube
A equipe que superou o Iguaçu na rodada derradeira da primeira fase deverá ser mantida praticamente na íntegra por Velloso que deverá apenas colocar Leandro ou Jônathas no lugar de Elton, que recebeu o terceiro cartão amarelo de forma desnecessária nessa partida, num lance praticamente já definido. Assim, o treinador paranista deverá manter o sistema 3-6-1 com apenas o artilheiro Wellington Silva no comando do ataque tricolor.


Cianorte
Com apenas uma partida a disputar em casa, a equipe do interior sai para sua “peregrinação e busca reverter a má fase recente. Com a mesma base o “leão” buscará seguir com a disposição defensiva e sair para os contra-ataques, tônica que permitiu encerrar a primeira fase com apenas três derrotas mas que deverá ser insuficiente para maiores pretensões.


As prováveis escalações

O Paraná Clube de Wagner Velloso deverá formar com: Rodolfo; João Paulo, Leandro (Jonathas) e Luis Henrique; Araújo, Agenor, Edimar, Bruninho, Lenílson e Fabinho; Wellington Silva.

O Cianorte de Ivo Secchi deverá entrar com: Sílvio; Valdir, Neto e Diego; Lisa, Davi, Dil, Felipe e Fernandinho; Welton e Marquinhos.


O “caminho das pedras para o tricolor”

Como dissemos, a atual má fase do “leão” é fato e deve ser explorada. Sem vencer há quatro partidas o tricolor, que saiu vitorioso em três das últimas quatro, deverá explorar as alas, principalmente aproveitando as generosas dimensões do gramado da Vila Capanema, o que dificulta quem tente lá jogar defensivamente.
Com a boa recente fase de Fabinho e Araújo, o tricolor pode ainda, aproveitando-se do bom posicionamento defensivo de Edimar e Agenor, abusar de incursões em diagonal desses alas, com a participação dos meias para envolver a equipe do interior.

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quarta-feira, 18 de março de 2009

Matérias do Jornal do Estado

O jornalista Sílvio Rauth Júnior do Jornal do Estado enviou o questionário do "post" abaixo indagando sobre a atual fase do Paraná Clube. Com as respostas, esse baita profissional elaborou brilhantes colunas sobre nosso atual momento, as quais compartilho com os amigos:


1) Jornalistas não creem em descenso http://www.bemparana.com.br/index.php?n=100974&t=jornalistas-nao-creem-em-descenso

Os sete profissionais de imprensa ouvidos pelo Jornal do Estado acreditam que o Paraná Clube fugirá do rebaixamento no Campeonato Paranaense. Nem todos, porém, apostam na classificação para a próxima fase.
“O Paraná escapa do rebaixamento e não se classifica”, diz Irapitan Costa. “O que eu acho altamente positivo pela realidade vivida. Não seria muito bom avançar de fase. Se não passar de fase, teria um mês para refletir sobre os erros e se preparar para a Série B”, explica.
“Acredito que escapa do rebaixamento, mas não avança à próxima fase. Nesse momento, aliás, seria a melhor coisa para o clube evitar um novo fiasco na Série B”, comenta Rodrigo Fernandes.
“Deve escapar do rebaixamento, pois apesar dos problemas ainda dispõe de maior estofo técnico que os concorrentes”, afirma Carlos Simon. “Creio que avance de fase num provável sétimo ou oitavo lugar”, comenta.
David Formiga é mais ácido na sua resposta. “O estadual de 2009 tem talvez o pior índice técnico e tático já visto. Exatamente por isso, pela idêntica falta de qualidade das equipes, o tricolor até poderá se classificar e, por sua ‘camisa’, quem sabe até conseguir uma vaga para a Copa do Brasil de 2010”, prevê.
Leia mais:


2) Erros de 2009 ajudam a alimentar os problemas http://www.bemparana.com.br/index.php?n=100975&t=erros-de-2009-ajudam-a-alimentar-os-problemas

Os profissionais de imprensa também explicaram a crise vivida pelo Paraná Clube em 2009. “A diretoria entregou, sem a menor responsabilidade, a tarefa de planejar a temporada de 2009 a um treinador que ao invés de currículo tinha ‘folha corrida’. As más escolhas de Comelli para o elenco de 2009 ficaram claras já no início do estadual”, critica David Formiga. “Comelli era teimoso e insistia em jogadores como Edu Silva, Hernani, Kléber e Abuda”, comenta Daniel Piva.
Para Rodrigo Fernandes, há outro motivo para o fracasso na escolha dos reforços. “As contratações ruins são fruto das finanças do clube. Sem dinheiro, procura-se fazer mágica com jogadores baratos. E quase sempre dá errado”, afirma.
A lista de problemas, porém, não para por aí. “Há uma aparente falta de comprometimento da maior parte do elenco, por motivos ainda não totalmente esclarecidos”, cita Carlos Simon.
“O time perde gols por nervosismo. Os atacantes temem mais as vaias da torcida que a defesa do adversário”, diz Ayrton Baptista Junior. “O time fica nervoso quando leva gol na Vila Capanema”, completa.
Irapitan Costa, que acompanha de perto o dia-a-dia dos jogadores, descarta problemas de relacionamento dentro do clube. “Não vi absolutamente nada nesse sentido. É até estranho um ambiente bom como esse para um clube que está nessa situação”, conta. “Também não teve omissão da diretoria. O presidente e o vice de futebol estão sempre presentes”, relata.


3) A crise do Paraná, sob os olhos da imprensa

Profissionais listam erros cometidos pelo clube desde 2007, quando começou a despencar http://www.bemparana.com.br/index.php?n=100976&t=a-crise-do-parana-sob-os-olhos-da-imprensa

O Paraná Clube foi quinto colocado no Brasileirão de 2006, com média de 10.500 pagantes por partida. Em 2007, disputou a Copa Libertadores pela primeira vez na história e chegou às oitavas-de-final. Depois disso, só decadência. O time foi rebaixado no Brasileirão, quase caiu para a Série C em 2008 e neste ano está ameaçado de rebaixamento no Paranaense. Na atual temporada, tem uma média de 3.400 pagantes na Vila Capanema.
Como explicar uma queda tão abrupta? Para buscar essa resposta, o Jornal do Estado ouviu sete profissionais da imprensa paranaense.
Dez principais erros foram apontados. O problema mais citado foi a crise política iniciada em 2007. Naquele ano, durante o Brasileirão, o então presidente José Carlos de Miranda foi acusado de desviar dinheiro e de favorecer empresários de jogadores ligados ao clube. Miranda acabou punido pelo Conselho do Paraná. A diretoria, dividida, passou a ter problemas internos.
“A crise da direção, com todas as acusações e problemas que surgiram, tirou o clube do rumo”, afirma o jornalista Gil Rocha, da RPC. Os problemas políticos afetaram o desempenho da equipe, que caiu para a Série B. “Em 2008 e 2009, como clube de Série B, perdeu o grande atrativo que dispunha: poder pagar baixos salários em troca da vitrine a jogadores promissores. E teve que desembolsar mais para ter elenco de menor poderio técnico”, analisa o jornalista Carlos Simon, da Tribuna do Paraná.
“Historicamente o Paraná dependia da cota de TV para fechar o orçamento. Esse dinheiro desapareceu com o rebaixamento. E o clube teve que produzir talentos para vendê-los, como fez com o Pimpão, por exemplo. Agora o clube vive esse imediatismo”, destaca Irapitan Costa, da Rádio Transamérica e da Tribuna.
Outro problema foi a má administração do dinheiro arrecadado. “Só a venda do Thiago Neves deveria bancar toda a folha de pagamento do clube por pelo menos um ano. Só aí dá para ver como o clube é mal administrado”, critica Rodrigo Fernandes, da Gazeta do Povo.
A interferência de empresários de jogadores no departamento de futebol é mais um fator apontado. “O casamento com a LA Sports confirmou ter passado o Tricolor de ‘casa de formação de talentos’ a ‘time de aluguel’. Com a saída desses empresários, o time se viu sem profissionais na área e tentou, com soluções ‘caseiras’, montar um time que não deu certo”, explica David Formiga, colunista do JE e do site Paranautas.
A pequena participação da torcida no estádio tornou-se outro problema após o rebaixamento. “Alie mais essa dor de cabeça junto com um estádio que não tem condições de comportar a sua torcida, principalmente em dias de chuva e frio, com um time que não cansa de colecionar fracassos”, completou Daniel Piva, do site Paranistas.com.

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terça-feira, 17 de março de 2009

Jornal do Estado - Questionário sobre o Paraná Clube

Recebi de colegas do Jornal do Estado um questionário distribuído à imprensa que visava saber dos entrevistados sua opinião sobre o que ocorre com o Paraná Clube.

Passo aqui as perguntas com as respostas por mim enviadas:


1 – O Paraná vive a pior crise da sua história? Por quê?

David Formiga: A crise atual do Paraná Clube não é apenas algo relacionado ao futebol. Os maus resultados em campo refletem a incapacidade diretiva e a falta de preparo do departamento de futebol. A crise no Paraná Clube foi instaurada logo após o “penta”, é algo continuado, no entanto, dentro de campo, embora o Paraná siga descobrindo e formando jogadores de qualidade, pode-se dizer sim que o clube passa pelo seu pior momento.

2 – Quais fatores levaram o Paraná ao fracasso em 2009?

David Formiga: Uma soma de fatores levou o futebol do Paraná Clube ao seu momento mais delicado. Logo após o “penta” no final dos anos 90 o Clube precisou “enxugar” as contas, o que levou a uma queda de qualidade nos times subseqüentes. Mesmo assim, em alguns setores, dívidas eram acumuladas e o patrimônio dilapidado. Com a queda em 99 (graças à média num brasileirão onde o “tapetão” ajudou a Internacional e Botafogo – caso Sandro Hiroshi), a equipe voltou à primeira divisão já na João Havelange. Após essa, por duas vezes o tricolor esteve próximo da segundona estadual sendo que somente voltou a ser campeão em 2006 quando surgiu a parceria com a L.A. Sports. Tal “casamento” confirmou ter passado o tricolor de “casa de formação de talentos” a “time de aluguel”. Com a saída desses empresários (que hoje levaram o Avaí à primeira divisão) o time se viu sem profissionais na área e tentou, com soluções “caseiras” (sem o menor compromisso com o resultado) montar um time que não deu certo. Assim o tricolor caiu em 2007 e, como não subiu em 2008 (ano em que, na virada de turno teve que “ir às compras” para ter um elenco que ao menos permitisse sua manutenção na segundona), entregou, sem a menor responsabilidade, a tarefa de planejar a temporada de 2009 a um treinador que ao invés de currículo tinha “folha corrida”. As más escolhas de Comelli para o elenco de 2009 ficaram claras já no início do estadual e a entidade, sem capacidade, preferiu jogar a responsabilidade a um treinador novato (mas com respaldo pela brilhante e correta carreira como atleta), que sofre para, sem um elenco capaz de ser competitivo, classificar-se à segunda fase de um estadual de baixíssima qualidade.

Somem-se à esses fatos a questão da origem paranista (onde nem todos os torcedores dos “times originários” acolheram o Paraná Clube como legítimo sucessor, muitos tendo inclusive deixado de acompanhar o time no estádio) e a coleção de insucessos, tem-se como resultado um cenário lamentável onde a falta de qualidade em campo reflete-se na evasão do torcedor cada vez mais descontente com a falta de comprometimento diretivo.

3 – Após a Libertadores 2007, o Paraná Clube despencou e não mostrou sinais de recuperação. Quais fatores para essa queda?

David Formiga: Na Libertadores o clube parecia ser refém dos seus arrendatários, situação muitas vezes refletida nas escalações, visto que a presença de certos atletas não era compreendida por grande parte da torcida. A impressão era a de que a escalação era apresentada visando mais resultados comerciais que desportivos. Com a saída dos empresários e o surgimento de alguns escândalos envolvendo dirigentes, ficaram os que diziam “nada saber” apesar das funções exercidas. Daí, como dito acima, foram buscadas soluções “caseiras”, que vimos não terem nenhum efeito. Mais grave que a falta de capacidade e visão de futebol parece ter sido a morosidade para assumir publicamente as mesmas, o que tem como resultado o que estamos vendo. Dessa forma o tricolor caiu em 2007, não subiu em 2008 e ainda viu outorgarem toda a responsabilidade de planejamento da temporada de 2009 a alguém que jamais teve um momento brilhante no futebol nacional. O preço pelos seguidos equívocos está presente a cada passe errado, a cada gol perdido pelos jogadores sem qualidade escolhidos por esse “sistema”.

4 – Você acredita que o Paraná conseguirá escapar do rebaixamento no Paranaense e se classificar para a próxima fase?

David Formiga: O estadual de 2009 tem talvez o pior índice técnico e tático já visto. Exatamente por isso, pela idêntica (falta de) qualidade das equipes, o tricolor até poderá se classificar e, por sua “camisa”, quem sabe até conseguir uma vaga para a Copa do Brasil de 2010, o que não representará ter o Paraná elenco competitivo ou mesmo decente. Por outro lado, um deslize, um gol perdido ou mesmo um erro de arbitragem contrário, poderá sentenciar o tricolor à infeliz condição de rebaixado no estadual. Sem apoio da maioria dos torcedores, contando com os três mil e quinhentos de sempre, o tricolor depende hoje muito mais da incapacidade das outras agremiações do que de suas próprias forças, até por ser o atual elenco o de menor qualidade que já vestiu o manto tricolor.

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