segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

Bipolaridade tricolor


O Paraná Clube além de campeão estadual foi quinto lugar no brasileiro de 2006. Graças a esse feito foi à Copa Libertadores em 2007, onde passou da fase de grupos após ter sido vice-estadual. Após a desmontagem de dois elencos (um ao final do estadual e o outro logo à queda na copa continental) em curto período, penou para encontrar um padrão de jogo, tendo utilizado garotos como Everton e Giuliano sem conseguir convencer. Assim, acabou pagando o preço pela má gestão, mais preocupada em atender interesses de “parceiros”, caindo no nacional. Como consolo, Josiel sagrou-se artilheiro do brasileirão com vinte gols.
O Paraná após a queda não conseguiu ter um estadual convincente, vindo a cair para a segunda regional em 2011, após um péssimo primeiro turno e a expectativa equivocada de que conseguiria, sem muito esforço, manter-se no estadual para depois “voltar à primeira nacional”. Tal análise é tema para outra coluna mas vale o registro.
Na segunda de 2008 o tricolor lutou para fugir do rebaixamento e finalizou a temporada em décimo-primeiro lugar com 49 pontos, mesmo número de gols e 54 contra, saldo de menos cinco, obtendo 14 vitórias.
Em 2009 o Paraná flertou com o rebaixamento em algumas rodadas, reagiu e acabou em décimo com 53 pontos, 51 gols pró e 56 contra, saldo e número de vitórias idênticos ao da temporada anterior.
Em 2010 a equipe de Marcelo Oliveira chegou a liderar o certame mas perdeu força graças à problemas internos e atrasos de salários, acabando o ano em sétimo lugar, com 15 vitórias, 47 gols pró e 44 contra, saldo positivo de três gols.
Após o fiasco no regional, o flerte com o G4 levava a crer que o tricolor tinha retomado sua grandeza. Novamente questões internas, desavenças no elenco e o eterno problema da falta de dinheiro fizeram o Paraná cair de rendimento, ao ponto de na última rodada ainda não estar livre do rebaixamento. Com a vitória diante do Bragantino o Paraná acabou o ano na pior colocação desde a queda, décimo-terceiro lugar, com as mesmas catorze vitórias de 2008 e 2009, 48 gols pró, 44 contra e seu melhor saldo, quatro gols positivos.
Quando o Paraná parecia estar subindo um degrau a cada ano, rumo ao regresso, apresenta sua pior participação na segundona, no mesmo ano em que foi relegado à série prata estadual, a qual dirigentes, em depoimentos à imprensa, informaram que os times participantes sentem-se honrados com a presença do tricolor, numa demagógica prova do “pensar pequeno”.
A luta “oficial” agora é para antecipar a segundona estadual no intuito de permitir ao tricolor não se obrigar a manter dois elencos para competições paralelas. Ora, o Paraná recente não vem usando mais de cinqüenta jogadores (chegando a oitenta e dois) por ano? Um elenco de trinta, trinta e cinco atletas, composto em parte com garotos da base, sem “atravessadores”, não seria suficiente?
Como será o tricolor de 2012, o das desculpas ou o que vinha subindo devagar ano a ano? O que lidera o campeonato ou o que luta para não cair?
O maior problema é tentar explicar a bipolaridade paranista ao apaixonado torcedor, passando pelo compromisso de racionalmente demonstrar que o elenco será aquele que se puder ter.
Exemplos de equipes tradicionais que patinaram existem aos montes. Resta saber se os passos da retomada desses serão também seguidos. 

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segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

Desastre!

O título define a temporada paranista em 2011! E o fiasco só não foi maior porque a equipe conseguiu, a duras penas, seguir na segundona. O Paraná Clube acabou o ano rebaixado em campo no estadual (fato ratificado pelo tribunal esportivo graças à inóqua mobilização paranista no julgamento) e com a pior campanha na segunda divisão desde a queda: décimo-terceiro lugar, a apenas cinco pontos do rebaixamento. Em 2008 o tricolor chegou em décimo-primeiro, décimo em 2009 e sétimo em 2010.
Lembremos que neste ano O Paraná chegou a inclusive ficar por quinze rodadas no G4. Nada, no entanto, impediu o melancólico final de ano com catorze vitórias e derrotas e dez empates; tendo o décimo-segundo ataque (48 gols) e, ao menos, a quinta melhor defesa (44 gols).
Pior que os dados acima é a teimosia de entender o momento do clube e a manutenção de fórmulas que não dão certo. Macuglia não tem condições de montar uma equipe que tenha alguma pretensão. Num ano onde o tricolor irá enfrentar a via-crucis da segundona estadual e onde talvez sequer tenha ranking nacional para ser convidado à Copa do Brasil (povoada pelos times que participarão da Libertadores), o comando segue com as idiossincrasias e despreza a torcida. O Site Paranautas iniciou um abaixo-assinado visando a não manutenção de Macuglia, fato aparentemente ignorado por quem de direito, que ainda respondeu entrevistas em tom deselegante e autoritário. Lamentável, até porque os números do Paraná com essa “forma de se fazer futebol” são os piores da história do clube.
O futebol do Paraná Clube precisa ser revisto e os atuais senhores afastados, licensiados. O atual olhar não contempla a retomada do caminho paranista mas sim, apenas reflete as teimosias e a falta de atualização com o mercado, o mundo do futebol e seus procedimentos. Futebol não se faz como no tempo do Onaireves onde a amizade e o respaldo desse eram importantes. Hoje o dirigente tem que ser técnico, perito e não apenas um apaixonado.
Os números não têm doutrina, sentimentos ou teimosias. Recorro à eles para demonstrar o desastre da campanha paranista.
O Paraná teve na segundona apenas 517 finalizações, menos que os rebaixados Vila Nova e ICASA, ficando em décimo-sexto lugar geral nesse quesito.
No item “passes certos” o tricolor foi apenas o décimo-oitavo com 7.882, acima apenas de ABC e Bragantino.
Com 818 roubadas de bola, a equipe de Macuglia foi apenas a décima-quarta no certame, atrás, por exemplo, do rebaixado Salgueiro, com 824.
Mas nem todos os números paranistas foram ruins! Na matéria “Indisciplina”, o Paraná figurou sempre no topo: foi a quarta equipe com mais faltas cometidas (795), a quarta também em cartões vermelhos (11) e a primeira em cartões amarelos, com a invejável marca de 138.
Refletem esses números o nervosismo de fora de campo? As teimosias e desmandos do departamento de futebol? Creio que sim, motivo pelo qual entendo que as mudanças no comando do futebol paranista devem ser imediatas, com a mudança não apenas dos gestores, mas dos auxiliares de dentro e fora de campo.
Mas a análise não para aí. Ao vermos os números individuais dos atletas paranistas, temos a compreensão de que, realmente, o elenco foi mal escolhido. E que não venham aqui com a eterna ladainha da falta do dinheiro pois equipes mais modestas chegaram à frente do tricolor.
O paranista melhor colocado na artilharia é o limitadíssimo Giancarlo, em vigésimo-segundo lugar com oito gols. O atleta, escolhido na internet como a pior contratação já feita pelo Nacional do Uruguai, se tivesse convertido metade dos gols fáceis perdidos, poderia ter ajudado mais o tricolor.
Lima foi disparado o melhor atleta no Paraná. Qualquer torcedor sabe disso e os números também comprovam. Além de ter sido o segundo artilheiro da equipe, foi o melhor tricolor em vários fundamentos em todo o campeonato: em assistências foi o décimo, com oito passes para gol; quem mais finalizou, com sessenta e seis arremates, vigésimo-oitavo no geral; com novecentos e setenta e sete passes certos, foi o décimo-segundo no geral e ainda, o melhor ladrão do time, com oitenta e cinco roubadas, o trigésimo-primeiro no geral.
Claro, a análise não seria completa sem um olhar individual no quesito indisciplina. Acreditem vocês, o paranista que mais fez faltas na temporada foi o atacante Giancarlo, com setenta e uma faltas, algo que qualquer torcedor já poderia imaginar. O atacante que perde muitos gols não perdia as oportunidades para matar os ataques da equipe com suas faltas bobas. Giancarlo é o único atacante no meio de vários zagueiros e volantes na lista, sendo o décimo-terceiro no geral e o paranista que mais levou cartões amarelos, dez.
Os números servem para uma análise fria. Nem pretendo aqui ainda trazer considerações sobre a campanha de Macuglia, no entanto, apenas busco tratar do elenco e dos seus comandantes diretos, e então é de fácil constatação de que houve sim falhas no projeto para o ano que se passou.
Macuglia não é treinador para a tradição paranista, o mesmo serve para Giancarlo, aliás, do elenco, o único destaque foi Lima, já negociado sem que o Paraná tivese sequer tentado mantê-lo.
O competente e isolado Rubens Bohlen tem muito trabalho a fazer e imagino, deva começar por bem selecionar quem serão os responsáveis pelo futebol, não permitindo mais intervenções apaixonadas ou oportunistas, afinal, a entrada de alguns jogadores no elenco e sua imediata escalação, levam a pensar que nada mudou no comando do futebol paranista. Aliás, mudou sim, para pior e tanto a queda no estadual como a pior campanha na segundona, com o respaldo dos números frios acima, comprovam esta tese.


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segunda-feira, 28 de novembro de 2011

Atenção aos sinais

Sábado, última rodada da segundona. Ao paranista estava em jogo a permanência nessa divisão e a manutenção de sua dignidade. Acordo razoavelmente tarde e começo a ler sites de Curitiba e Bragança para estudar e preparar material para a partida de logo mais.
Ao retornar ao meu quarto um sinal que me desagradou: vejo que o vento encanado tinha derrubado, de cima do armário, o chapéu de cabeça da gralha paranista. Pensei comigo: “Não há de ser nada”.
Material pronto, banho tomado e chapéu de gralha recolhido, saio de casa e, a caminho da Vila, vejo um vendedor de jornais na esquina. Peço uma edição de “hoje” e o vendedor responde: “É o de amanhã”. Dou um sorriso amarelo e penso comigo: “Qual o compromisso com a informação de um periódico que vende, em pleno almoço de sábado, a edição de domingo?”. Normal para quem se importa mais com a venda de classificados e fazer política do que com o conteúdo.
Chego na Vila, litro de energético já pela metade, busco almoçar algo e parto para conversar com os colegas de imprensa e pegar as escalações. Planilha preenchida e, com fone e microfone a postos, testemunho algo que pensava já ter sido extinto do futebol: a armação do Bragantino para atrasar o início da partida, melancólica tentativa de se reviver o legado de Eurico Miranda: O goleiro Gilvan fingiu um mal-estar e partiu para o vestiário. Heros Saldanha, repórter da Rádio Paraná Clube, pressentiu algo e foi atrás. À porta do vestiário, presenciou cenas onde o goleiro ria, fingindo estar mal, com seus dirigentes irônicamente sorrindo e falando: “vá para o sacrifício, Gilvan”.
Malditos sinais! Jogo atrasado, manobra ridícula de cartola, goleiro encenando (e lamentável que um profissional se submeta à isso), chapéu de gralha caído, faixa de protesto na torcida. Só faltava a arbitragem ser tendenciosa, pensei. Quase acertei! Em dado momento da transmissão sugeri ao Heros que perguntasse ao árbitro se era ruim ou mal-intencionado.
Começa a partida. E se por um lado Édson Rocha não ganhava uma, por outro, Giancarlo seguia perdendo gols. Ontem foram dois de dentro da pequena área.
Quando todos os sinais conspiravam negativamente, os resultados passaram a garantir o tricolor na segundona e o time, apesar das notórias dificuldades, apresentava alguma entrega, com destacada atuação de Brinner.
O tempo foi passando e o placar de vitória tricolor foi construído. Nesse momento entendi realmente que nem sempre o que parece ser é: a artimanha do cartola “esperto” não funcionou, a péssima arbitragem não conseguiu prejudicar o Paraná, Édson Rocha não é zagueiro, Giancarlo não é atacante, o jornal de sábado é o de domingo e o Paraná não é time para passar por essa situação.
Apesar disso, alguns sinais devem sim ser observado pelos paranistas: o cartola de ontem precisa se reciclar; treinador decente é o que arma um time e não o que apenas escolhe as peças sob orientação de empresários e a chuva ao final da partida, serviu para lavar tudo o que de ruim pairou sobre o tricolor. O Paraná tem que aproveitar o tempo disponível para formar dois times, um para o estadual e outro para a segundona de 2012 e lutar para não mais ficar à mercê de tantas variáveis ou “vontades”. O Paraná precisa tomar as rédeas do seu futuro e se preparar para subir à primeira, tendo meios próprios de lá se manter, afastando empresários e aventureiros.

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segunda-feira, 21 de novembro de 2011

A hora da verdade

A temporada de 2011 decidir-se-á no sábado próximo, onde todas as equipes atuarão na derradeira rodada. Como antecipei noutra coluna, três times estão garantidos na série A (Portuguesa, Náutico e Ponte Preta) e outros três na terceirona (Duque de Caxias, Salgueiro e Vila Nova).
Na parte de cima, cinco equipes disputam a última vaga: Sport e Bragantino (com 58 pontos), Vitória (57), Boa e Americana (56). Na parte de baixo, seis equipes lutam para seguir na segunda divisão em 2012: ABC (50p, 12v), Guarani (49p, 14v), Paraná (49p, 13v), ASA (48p, 13v), São Caetano (48p, 11v) e Icasa (47p, 11v). O Barueri, apesar de ter cinqüenta pontos, não pode ser alcançado em número de vitórias, motivo pelo qual não mais está ameaçado de rebaixamento.
Mais preocupado com a parte de baixo, o paranista não pode ignorar, no entanto, o que ocorre na parte de cima, visto que a última rodada colocará frente-a-frente equipes que disputam nas duas frentes e certamente, a tônica será de muita emoção e nervosismo para torcedores de todas as equipes envolvidas.
Na luta contra a degola, o site Chance de Gol calculou as chances de queda de cada equipe envolvida, sendo essa de 0,8% para o ABC, 1,1% para o Guarani, 1,9% para o tricolor, 13,6% para o ASA, 11,6% para o São Caetano e 71,0% para o Icasa.
O ABC receberá em casa o Americana, que precisa da vitória para tentar ir à primeira, situação parecida com a do Paraná, que enfrentará o Bragantino na Vila Capanema e do ASA, anfitrião do Vitória. O Guarani enfrentará em casa o despreocupado Goiás. O São Caetano, no Anacleto Campanela, poderá se garantir diante de um desmotivado Criciúma enquanto o ICASA terá em seus domínios a Portuguesa de “sangue doce”.
O Paraná depende apenas de si e, caso vença sua partida ou empate, já se garante na segundona. Caso o tricolor perca, tem que torcer para que o ASA, São Caetano e ICASA não vençam suas respectivas partidas vez que um mero empate desses não seria suficiente para que o ultrapassem.
Esse é o panorama da via-crucis tricolor. E o ponto mais emblemático de toda essa situação é que o Paraná fará neste ano sua pior campanha na segundona desde a queda, logo no ano em que esteve por quinze rodadas dentre os classificados.
Fica à diretoria paranista a lição de que com elenco e comando técnico limitados, nada se consegue e, no que tange à renovação do treinador Macuglia, que mesmo com a vitória na última rodada, terá este aproveitamento inferior aos de Ricardo Pinto e Fonseca.

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terça-feira, 1 de novembro de 2011

Similaridades


Olhando para a tabela de classificação da segundona verificamos que três das quatro vagas do acesso à primeira já tem dono e que três das quatro vagas para a terceirona também.

Faltando cinco partidas para o encerramento do certame, podemos praticamente cravar que a Portuguesa será a campeã (matematicamente, seus setenta pontos já a garantem na primeira divisão, valendo o mesmo para Ponte Preta (com cinqüenta e sete pontos) e Náutico (com cinqüenta e seis).

Na parte de baixo o raciocínio é análogo. Dificilmente Vila Nova (31 pontos) e Salgueiro (29 pontos) conseguirão nas quinze rodadas finais fazer o que até agora não fizeram e deverão juntar-se ao já rebaixado Duque de Caxias (15 pontos) na terceira divisão de 2012.

Tirando essas seis equipes podemos afirmar que as demais estão muito próximas. A diferença entre o quarto colocado e o primeiro rebaixado, após noventa e nove e pontos disputados, a diferença é de apenas de onze pontos. Em campo, já vimos na temporada equipes de baixo vencendo as de cima e vice-versa.

A bem da verdade, graças à valorização do futebol nacional (devido à crise mundial), muitos jogadores brasileiros que antes iam para o Oriente, mundo árabe ou mesmo países europeus de fora do eixo, retornaram ao país ou deixaram de sair. Isso fez com que o nível do campeonato nacional, tanto da primeira como da segunda divisão, chegasse a um patamar que a tempos não víamos. Assim sendo, a luta, a briga por posição é grande e o equilíbrio das equipes é notável, fazendo do “Brasileirão” o mais equilibrado dos últimos anos.

Sobre a segundona em especial, qualquer uma das equipes poderá ocupar na última rodada a quarta vaga. Resta saber se essa equipe realmente terá condições de se manter na primeira divisão. Hoje em dia, o que mantém uma equipe é seu maior patrimônio, o torcedor e olhando para alguns times, tirando algumas equipes tradicionais, vemos as equipes de “ocasião”, de empresários, vitrine de atletas que não levam torcida ao estádio nem se comprometem com as cidades-sede (por exemplo, as equipes itinerantes: Boa, Barueri, Americana...).

Sobre o Paraná na reta final, o tricolor ainda tem chances matemáticas e convenhamos, graças ao equilíbrio, os resultados necessários vêm acontecendo, menos os do próprio Paraná e, ou isso muda (nem que seja para a próxima temporada), ou o tricolor seguirá sendo mero coadjuvante.

A esperança é que com uma base forte, a cada financeira e administrativamente em dia (graças ao Celso, Rubens e vários guerreiros), o Paraná consiga fazer uma temporada competitiva em 2012. Com um pouco de organização a volta à primeira é inevitável mas a manutenção requer que o trabalho desta administração prossiga.


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segunda-feira, 26 de setembro de 2011

Surpresa animadora


Sempre tive para mim que time que quer ganhar tem que jogar pra frente. Claro que não se pode jamais deixar de ter um comprometimento defensivo, uma organização tática nesse sentido. Nos últimos anos (seja no Brasil ou fora, independente de divisão) a regra é de que os melhores ataques ocupem os postos de cima. Assim, e até porque as vitórias valem três pontos e seu número é o primeiro critério de desempate, os times com alguma pretensão têm jogado à frente, buscado sempre o gol do adversário.
Voltemos ao ponto específico que é a campanha do Paraná Clube. Fonseca substituiu Ricardo e, para apagar incêndio, adotou um sistema com três volantes, que deu muito certo até as outras equipes engrenarem. Tal fato, e não a qualidade do jogo paranista, explica sua presença em dezesseis das vinte e cinco rodadas no G4. Apesar disso, mesmo quando Fonseca estava “no topo”, percebia-se a carência de ofensividade, a pouca agressividade da equipe de tal modo que Lima, o lateral-esquerdo, chegou a ser o artilheiro, com os atacantes deixando a desejar.
O campeonato engrenou, as equipes idem e o Paraná defensivista começou a perder força. Por muitas vezes a equipe tentava segurar um resultado (mesmo de empate) e, ao sofrer gol, por sua orientação defensivista e pelas peças (algumas vezes com zagueiros nas laterais e quatro volantes em campo) não conseguia reagir.
O tempo passou, o Paraná deixou de somar pontos, “queimou a gordura”, caiu na tabela e Fonseca e com ele seu treinador.
Quando a diretoria anunciou Guilherme Macuglia um arrepio de medo tomou conta dos paranistas, muito porque o “gaúcho” pouco fizera no cenário nacional e porque seu último trabalho não deixou saudades aos torcedores do Caxias.
Minha primeira reação até foi nesse sentido, temendo o que de pior poderia acontecer ao tricolor.
Veio o jogo contra o Goiás e o gol sofrido no primeiro minuto dava a impressão de que seria um final de temporada daqueles. Ledo engano. Após o revés o Paraná foi pra cima da equipe do Centro-Oeste e por pouco não consegue mais que o empate. Nessa partida o tricolor somou apenas um ponto mas me deu a tranqüilidade que necessitava pela sua postura.
O sempre ofensivo Náutico seria o próximo teste do tricolor. Jogando pra cima, com dois zagueiros, dois laterais participantes e três meias, apesar de ter apenas um no comando de ataque, o tricolor encurralou o adversário e não deu a menor chance à equipe de Recife. O Paraná diante do Timbu fez sua melhor partida em casa na temporada e comprovou a tese de que time que entra pra vencer dificilmente sofre o revés. Já time que entra para empatar...
Fiquei feliz com a postura do Paraná e com a forma como Macuglia viu o time. Há tempos nesta coluna pedia ofensividade e que isso poderia se conseguir com três meias (Packer, Dinélson e Henrique) e apenas o Hernane. Fiquei satisfeito por acertar a profecia e muito mais por, mesmo atrás, acreditar que o time, jogando dessa forma, possa regressar à primeira divisão.

segunda-feira, 19 de setembro de 2011

Ida e volta


Os melhores quatro times da segunda divisão conquistam o direito de disputar a elite do futebol nacional no ano seguinte. O tricolor, no sobe-e-desce da competição, já figurou em quinze das vinte e quatro rodadas no G4 e, graças à queda recente de rendimento (que culminou com a saída de Fonseca), figura atualmente em décimo-primeiro lugar com trinta e dois pontos e nove vitórias.
O Paraná tem o décimo primeiro melhor ataque (trinta gols) e a sétima melhor defesa (vinte e oito gols), estando no momento a nove pontos do quarto lugar e a sete do São Caetano, quem abre a zona do rebaixamento.
O campeonato está disputado e quem tiver a pretensão de subir não pode perder pontos, muito menos em casa.
Sempre digo que o campeonato de pontos corridos é na verdade o de pontos não-perdidos. Assim, ao analisarmos o tricolor diante dos adversários em turno e returno temos que, diante do Boa o tricolor fez bem sua parte, conquistando seis pontos e não concedendo nenhum ao oponente (vitórias de 2 a 1 fora e de 2 a 0 em casa).
Frente à Lusa (concorrente direto), o Tricolor perdeu cinco pontos, somando apenas um no empate em casa por um a um (tendo perdido fora por 2 a 1).
Seis pontos foram dados ao Americana (outro concorrente direto), nas duas derrotas pelo placar mínimo (ou seja, caso tivesse vencido as duas, hoje o tricolor teria trinta e oito pontos e esse oponente trinta e cinco).
Diante do Salgueiro o tricolor venceu a primeira (1 a 0), mas sucumbiu de virada ao vice-lanterna, perdendo para esse, três pontos que todos os demais concorrentes ao regresso estão somando.
O Goiás cedeu ao tricolor três pontos no Centro-Oeste, mas fez com que o Paraná desperdiçasse dois, ao empatar na Vila Capanema.
Resumindo: das cinco equipes que o tricolor já enfrentou duas vezes, apenas garantiu a totalidade dos pontos possíveis frente ao Boa. Deu diferença de quatro pontos em favor da Lusa, seis ao Americana, não conseguiu a supremacia diante do Salgueiro e abriu quatro do Goiás.
O Paraná precisa somar pontos, não os cedendo a concorrentes diretos (como fez com Americana e Lusa) e principalmente, garantir sua força diante de equipes de menor tradição.
Restam ainda catorze jogos ou quarenta e dois pontos a serem disputados. A conta hoje para subir leva a crer que deverá, nos jogos que faltam, além de tirar a vantagem de nove pontos, somar cerca de sessenta por cento dos pontos disputados (vinte e cinco), ou seja, precisa de trinta e quatro dos quarenta e dois pontos possíveis.
Numa estimativa objetiva, caso os oponentes sigam mantendo seu aproveitamento, o tricolor pode apenas desperdiçar mais oito pontos: três derrotas (ok, nove pontos, mas aceitemos assim para efeitos práticos) e nenhum empate ou quatro empates e nenhuma derrota é o que pode perder o tricolor se quiser subir ao final da temporada.

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segunda-feira, 12 de setembro de 2011

Acabou a (Fon)seca?


Roberto Fonseca não é mais o treinador paranista. Embora sob seu comando a equipe tenha ficado algumas rodadas na zona de classificação à primeira, nas recentes, a equipe “queimou” a gordurinha que tinha adquirido e atualmente encontra-se em nono lugar a seis pontos da “nota de corte”.
Pior do que o fato da equipe paranista ter conquistado apenas oito dos últimos trinta pontos disputados (aproveitamento de apenas 26,66% - no período, comparativamente apenas melhor que o lanterna Duque de Caxias) são as recorrentes derrotas em casa e um futebol desprovido de qualquer pretensão ofensiva.
Fonseca não apenas comprometeu o belo início como penalizou ofensivamente o Paraná graças à saída do promissor Léo do elenco (que voltou ao Internacional e foi mandado ao Santa Cruz) e o endosso da ida de Dieguinho ao Avaí, por crer que Giancarlo resolveria.
O fato é que o Paraná precisa de ofensividade para voltar a fazer as pazes com as vitórias mas não dispõe no elenco de soluções interessantes. Um treinador tarimbado poderia encontrar alternativas com alas e meias, deixando Hernane no comando do ataque mas, e o novo comandante paranista? Terá ele o compromisso de classificar a equipe à primeira ou graças ao perfil inofensivo dos avantes, buscar a não-queda?
Sou voto vencido. Preferiria investir cem mil reais mensalmente num treinador como o Geninho e resgatar o investimento com a volta à primeira do que aceitar um treinador barato, pago por investidores que certamente pedirão do treinador patrocinado preferência pelos seus atletas.
Tenho a certeza de que financeiramente o Paraná está trilhando um árduo caminho para manter as contas em dia e (a)pagar legados anteriores mas entre aceitar um treinador tendencioso sem “ônus” e ter a isenção, a independência na escalação, fico com a segunda opção.
O mercado é claro e, por pouco, não existem nomes isentos interessantes que tenham no currículo, algum feito notável. Independente de quem vier, terá o treinador que encontrar um espírito ofensivo. Talvez com três meias ao invés de três zagueiros ou volantes. Talvez seja possível usar o garoto Henrique como ponta esquerda, tornando esse setor forte com o Lima.
Talvez Dinélson consiga jogar com Packer e Wellington e Cambará consigam retornar. No quebra-cabeça do novo treinador tricolor, peças não se encaixam: Giancarlo está mal e nitidamente transtornado pela reação da torcida, Maranhão não consegue render, Ricardinho não é nem o rei do drible, nem do passe ou do chute e Borebi e apenas um voluntarioso.
Talvez um atacante da base renda mais que os jogadores citados. Hernane não tem par no grupo, sequer reserva, logo, talvez a correria de Henrique seja útil, assim como a inteligência de Dinélson.
A esperança é por uma reação imediata com esse grupo de atletas honestos (pelo valor e salários) do meio para trás, mas sem nenhum compromisso ou qualidade ofensiva. Que consiga o novo treinador acabar com a seca do ataque paranista.

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segunda-feira, 5 de setembro de 2011

Fora da nota de corte


O Paraná Clube encontra-se atualmente fora do G-4. Em sétimo lugar o tricolor empacou nos trinta e um pontos e atualmente conta com um aproveitamento da ordem de 49%, menos do que a metade; ou seja, aquém do necessário para regressar à primeira divisão.
Tal situação é lamentável, principalmente quando o Paraná esteve por quinze das vinte e uma rodadas no G4. Lembremos, desde a queda em 2007, apenas em 2010 sob o comando de Marcelo Oliveira o Paraná figurou no G4, e por algum tempo.
Pior que a situação do Paraná é a incerteza sobre o elenco e principalmente, sobre o treinador. Roberto Fonseca vem cansando os paranistas com retóricas mentirosas nas coletivas, faltando com a verdade sobre o padrão de jogo adotado. Defendendo o inexplicável.
O torcedor que espera ofensividade da sua equipe, vê recorrentemente Fonseca armando esquemas defensivos, improvisando zagueiros nas laterais, laterais nas meias e insistindo com alguns nomes que, notoriamente não conseguem render o mínimo aceitável.
Pior ainda, no momento em que é clara a inoperância ofensiva, a equipe apresenta outro volante como reforço. Parece até brincadeira!
Mais força do que para manter-se competitivo no certame parece o tricolor estar fazendo para permitir que seus oponentes o passem e se distanciem.
Claro que jogadores irão tomar amarelos, ser suspensos, alguns se lesionarão, para isso o elenco conta com alguns bons nomes como reposição mas no item “ofensividade” o tricolor vem pecando como sempre. Desde Josiel, não conseguiu mais o Paraná ter um “nove” à altura da tradição de Saulo e principalmente por ser uma equipe sem agressividade, vê seus oponentes conseguirem diante de si, resultados que em nada ajudam a campanha tricolor.
O Paraná tem o nono melhor ataque. Pouco ao verificarmos que as equipes que logram a classificação são aquelas que tem nesse setor sua força. Pior ainda é constatar que o desempenho dos avantes decorre da falta de postura ofensiva, graças a um inexplicável defensivismo de seu treinador.
A insistência com Fonseca terá um preço caro. No estadual o tricolor insistiu com Cavalo e por isso, foi à segundona. Caso insista na retranca o Paraná irá morrer abraçado com Fonseca.

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segunda-feira, 29 de agosto de 2011

Coerência

Dias atrás escrevi uma coluna relatando o “Caso Cris” onde este teria desabafado contra o Fonseca no Twitter e no Facebook. Lamentavelmente tal fato fora tido por alguns como ato inadequado, “coisa de imprensa melancia”, fechando os olhos para o ocorrido.
Coincidência ou não é fato que após tal situação o tricolor desandou. Em vinte e um pontos disputados, somou apenas cinco, aproveitamento de apenas 23,8%, comparativamente, superior apenas ao do lanterna Duque de Caxias. Detalhe, com três derrotas em casa, lembrando que apenas uma vitória, três pontos nos dezesseis desperdiçados seriam suficientes para que o tricolor ainda estivesse no G4.
 
Já é hora de que a situação no comando paranista seja vista com maior responsabilidade e celeridade até porque no início do ano o tricolor teve uma importante lição: a demora em tirar Cavalo do comando da equipe no Estadual rendeu o rebaixamento. Espera-se que tal lição tenha sido aprendida, afinal, a vida financeira do Paraná apenas terá melhoria com os ganhos decorrentes pelo regresso à primeira. Logo, uma atitude coerente deve ser tomada imediatamente.
O torcedor está cansado da postura sem ânimo de vencer da equipe de Fonseca; pior, não agüenta mais ver Giancarlo perdendo tantos gols, aliás, não agüenta mais ver Giancarlo.
Mesmo que a vitória contra o Boa venha nesta terça, providências devem realmente ser tomadas. A manutenção do comando, mesmo em caso de êxito nessa partida, importaria no prosseguimento de uma filosofia covarde e inadequada, com a qual o tricolor dificilmente conseguirá atingir seu objetivo de regressar à primeira. Pior, caso mantenha tal procedimento a distância com a parte de baixo na tabela é de parcos sete pontos.
Um agir coerente importaria na contratação de um novo comandante (os atuais auxiliares já demonstraram que não correspondem às expectativas), na retirada de Giancarlo do time principal (até para preservar o jogador) e no afastamento de Cris, pivô do primeiro desentendimento e quem, na saída da última partida, disparou à imprensa contra os colegas de elenco informando que muitos desses não estariam com vontade e jogando abaixo do que podem.
Ainda há tempo para mudar! Um não atuar imediatamente importaria em permissividade, logo, cumplicidade com o que vem ocorrendo. O Paraná está a dois pontos do G4, terá dez partidas em casa e nove fora e, caso mantenha o Fonseca, pode estar jogando fora a melhor oportunidade de subir desde a queda.

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segunda-feira, 22 de agosto de 2011

Sinal amarelo generalizado

Venho nas últimas colunas alertando para a queda de rendimento do Paraná, decorrente  principalmente das opções tomadas por seu treinador. Infelizmente, alguns torcedores mais “puritanos” preferem tomar os alertas ufanisticamente como sendo potenciais “ofensas à instituição”. Lamento tal posição mas não posso ser permissivo ou influenciável. Mantenho minha tradicional postura em trazer os aspectos positivos e aqueles que podem ser revistos, principalmente porque acredito que tem sim o tricolor nesta temporada real condição de regressar à elite do futebol nacional e não podemos desperdiçar essa oportunidade atendendo a idiossincrasias de treinadores.
Entre “jogar para a torcida” e analisar aspectos relevantes e pertinentes, fico com a última postura. Claro que seria mais fácil dizer que tudo está bem e, como um Policarpo Quaresma, afirmar que tudo segue no caminho certo. A verdade é que, embora esteja no G4, o aproveitamento tricolor beira os 52%, aquém da meta dos 60% que garante com tranqüilidade o acesso.
A segundona está quase na virada do turno, foram disputadas dezoito partidas e, se as primeiras davam ao torcedor paranista alguma esperança, as últimas não dizem o mesmo, pelo contrário.  Nas últimas seis partidas o Paraná fez apenas cinco dos dezoito pontos em disputa, parcos 27,7% de aproveitamento de pontos. Pior ainda; dos últimos doze pontos disputados em casa, o tricolor somou apenas três, perdendo nove importantíssimos pontos, seis deles para equipes que sequer figuravam no início das respectivas rodadas dentre as dez melhores (Barueri e Sport), tendo aproveitamento de 25%. Ao menos o Paraná pontuou (dois empates) nas partidas fora de casa no período. Muito pouco para quem tem pretensões em subir.
Detalhe preocupante é verificar que nesses seis jogos o tricolor sofreu oito gols e marcou apenas cinco, menos de um por jogo. Apesar disso, o treinador Fonseca segue, inexplicavelmente, preferindo Giancarlo aos demais atacantes.
Wellington caiu muito de produção e, até por estar melhor marcado, não vem rendendo como no início da segundona. O fato é que Fonseca parece não estar se adequando às novas exigências, teimando num esquema que funcionou apenas enquanto as equipes ainda estavam em formação e que nitidamente não mais tem a mesma serventia.
O esquema com três volantes, que dava segurança enquanto o time adquiria entrosamento já foi “manjado” pelos oponentes e limita as possibilidades criativas tricolores. Qualquer equipe que povoe o meio e marque Lima e Wellington, acaba com as melhores possibilidades ofensivas do Paraná.
Fonseca segue ainda insistindo em improvisações de zagueiros nas laterais em partidas fora de casa, na manutenção dos três volantes e apenas um meia, nas orientações deveras cautelosas aos dois laterais e principalmente, na equivocada visão das opções ofensivas. Isso claro, sem contar com o fato de não escalar seu melhor zagueiro, Brinner, no comando da defesa.
O Paraná está no G4, vê seus oponentes acima se distanciarem e os debaixo aproximarem-se perigosamente. A grande verdade é que o Paraná só não saiu do G4 nas últimas seis rodadas porque as demais equipes vem também tropeçando.
A questão é: o Paraná vai endossar as teimosias de Fonseca e desperdiçar o melhor momento e elenco desde 2008 ou se adequar ao necessário hoje para obter sucesso na segundona?
Não é coincidência o fato dos líderes terem os melhores ataques. Quem faz gols vence. O tricolor peca exatamente pela incapacidade dos seus avantes (Giancarlo e Maranhão) em concluir as jogadas, motivo pelo qual devem ser sacados.
O Paraná precisa, para seguir trilhando seu retorno à primeira, dar segurança ao Zé Carlos mantendo Brinner e Amarildo na zaga. Com orientação e proteção de dois volantes (Urso e Garroni, Serginho ou Cambará, dependendo do perfil do adversário), Lisa e Lima podem ser liberados para também atacar. Wellington precisa do apoio de outro meia ou terceiro homem de meio, que pode ser Packer ou Cambará. Assim, na frente, o bom Hernane poderá contar com a capacidade de abrir espaço de Ricardinho ou mesmo do voluntarioso Borebi.
Confio no Paraná, no belo trabalho diretivo e, embora me preocupe com a falta de atitude de Fonseca, torço para que ele seja iluminado e deixe para trás as teimosias que têm prejudicado/comprometido o melhor desenvolvimento do tricolor.

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segunda-feira, 15 de agosto de 2011

Sem diminuir a marcha para subir

Alguns times já subiram à primeira divisão com menos de 60% de aproveitamento, no entanto, a busca por estar sempre dentro desse índice serve para permitir “tropeços calculados”, como os que recentemente ocorreram com o Paraná.
O Tricolor, antes da vitória maiúscula sobre o ABC, tinha saído da casa dos “60%”, tendo somado apenas um em nove pontos, mas, apesar disso, graças à “gordurinha” acumulada e ao perde-e-ganha da segundona (muito parelha este ano), seguiu firme e forte no G-4.
Graças à ultima (e convincente) vitória, o tricolor está firme em terceiro lugar com vinte e sete pontos e 56% de aproveitamento dos mesmos, sendo a terceira equipe que mais vence. A equipe tem o sétimo melhor ataque (22 gols) e a sexta melhor defesa (17 gols).
Fonseca administrou bem o sinal amarelo aceso pelas três partidas sem vitória, abriu-mão de algumas convicções e armou, diante do ABC, uma equipe coesa, sem invencionismos ou improvisações. Com os laterais participando ofensivamente, a volta de Wellington e uma dupla de ataque sem Giancarlo e Maranhão, o Paraná encurralou seu adversário desde o início e, apoiado por uma apaixonada e vibrante torcida, obteve três valiosíssimos pontos.
Além da formação pedida pelos torcedores, a última partida demonstrou a estes a garra e determinação da equipe. Todos os atletas que entraram em campo atuaram com muita vontade, transmitindo a sensação de que o grupo está fechado e focado no objetivo de regressar à primeirona nesta temporada.
O tricolor, no entanto, não terá tempo para descansar. Nesta terça-feira entrará em campo diante do Guarani (único campeão brasileiro do interior) e certamente, apresentando a mesma determinação da última partida, sedimentará seu caminho para a primeira divisão. 

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segunda-feira, 8 de agosto de 2011

G-4 até quando?!

O Paraná não vence desde a décima segunda rodada e, apesar disso, graças a tropeços dos seus concorrentes, segue no G4. Desde que Wellington, o “dez” do tricolor, deixou a equipe, não conseguiu mais o time de Fonseca demonstrar futebol convincente; pior, suas insistências/teimosias (Giancarlo, Rone Dias e Maranhão) a cada partida frustram mais o torcedor.
Fato é que Giancarlo, o “nove” paranista, não marca desde a saída de Wellington. Na verdade, o avante, que pouco finaliza, vem irritando a torcida com uma sequência de más atuações e gols perdidos. No caso de Maranhão, além dos gols não marcados, fica em sua conta o terceiro gol do Barueri, onde foi fazer graça na meia cancha e perdeu a bola para Anselmo.
 
Rone Dias até tenta mas não consegue nem de perto exercer a atividade de Wellington.
Assim fica descaracterizado o padrão de jogo que o Paraná vinha exercendo, até porque essas três peças não rendem o que Fonseca imagina.
Na verdade, apesar do G4, Fonseca nunca foi uma unanimidade. Suas escolhas táticas às vezes surpreendem e irritam o torcedor. Pior, fora de campo parece começar a exercer uma influência negativa junto ao grupo.
No “caso Cris”, o treinador conversou com o grupo, sem o defensor, que se sentiu traído e postou no Facebook e twitter sua indignação, fato desmentido pelo atleta na hora, informando ter a conta do twitter hackeada. E o Facebook, foi também hackeado com o mesmo teor?
A repercussão negativa no elenco tomou outras proporções com os pedidos de dispensa de Léo, Camargo e Dieguinho. Ok, Camargo não tem lugar nesse elenco mas Léo parece ser de longe o avante mais qualificado do grupo e Dieguinho uma boa promessa.
Pior ainda foram as declarações de Fonseca, confirmando a crença em sua “tese”, em sua forma de ver futebol, dizendo que “com essa formação chegamos ao G4 e com ela seguiremos”.
Se o treinador paranista seguir insistindo com Rone Dias ou Oliveira na transição e com sua dupla de avantes, o Paraná logo padecerá pela teimosia de seu comandante. Uma eventual vitória em casa diante do ABC não representaria muito vez que a equipe nordestina está em baixa e apenas mascararia as más escolhas para os “onze” tricolores. Ao menos esses três pontos manteriam o Paraná no G4.


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segunda-feira, 1 de agosto de 2011

Números e prática


O Paraná em números está bem, ocupa o terceiro lugar com vinte e quatro pontos, a seis da líder Lusa e dois da vice Ponte Preta sendo, com estas, quem mais figurou no G4. O tricolor é a terceira equipe que mais vence (sete vezes, ao lado de Goiás), tem o quinto melhor ataque (20 gols, empatado com o ASA) e a quarta melhor defesa (14 gols, empatado com o Sport).
Se por um lado os números são alentadores, na prática o paranista segue acreditando, apoiando, mas começa a se preocupar com alguns aspectos, a começar pelo percentual de aproveitamento de pontos. A meta dos comandantes era de estar com índice superior a 60%; atualmente, soma 57%.
Fonseca demonstra querer uma equipe defensiva. Normal, afinal, um bom time começa com boa defesa. No entanto, se por algumas vezes adotou Castán como lateral à inglesa, isso não significa que do outro lado, solução análoga surtirá o mesmo efeito. Por não confiar em Júlio César, Fonseca desloca (na impossibilidade de utilizar Lisa) Briner para o setor, afastando do comando da área seu melhor zagueiro. Como não poderá contar com Cris por alguns jogos, Fonseca não pode penalizar o Paraná, caso assim proceda. Falta aqui um jogador da posição ou mesmo (já que deve improvisar), deslocar o competente Henrique para o setor.
Fonseca acertou ao utilizar três volantes que marcam e sabem sair jogando. Fato interessante para esse setor é que quatro atletas vêm se intercalando e rendendo bem; no entanto, no que tange à ligação, Fonseca utilizou Oliveira e Roni Dias, que nada mostraram. Neste quesito parece óbvio que, sem Welington, Cambará é quem no elenco tem mais capacidade para assumir a transição. O meio de Fonseca deve então ser composto por Urso, Garroni, Serginho e Cambará.
No ataque reside o maior problema do tricolor. Inexplicavelmente Léo não vem sendo utilizado. Pior, os preferidos de Fonseca são Maranhão (que ainda não convenceu a torcida) e Giancarlo, um bom pivô mas que não tem cacoete do “nove” que o Paraná precisa. Como Ricardinho fisicamente é uma incógnita, Dieguinho não aproveitou as oportunidades e Borebi alterna bons e maus momentos, deve comandante paranista render-se e escalar Léo como “nove” com Giancarlo chegando, fazendo as funções que atualmente vem bem desempenhando mas sem a incumbência de ser o matador.
O elenco é confiável, mas o “time” que o paranista tanto quer ver vem se descaracterizando rodada a rodada, graças às idiossincrasias (por não dizer teimosias) do seu treinador. Se Fonseca continuar insistindo em não fazer o óbvio, na prática, pode sua equipe não mais atingir os números que o torcedor deseja e precisa.


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segunda-feira, 25 de julho de 2011

Faltam 26!


Zagallo antes do início da Copa do Mundo de 98 dizia à imprensa: “Faltam sete jogos”. Após cada partida ele dizia: “faltam seis”, “cinco”, até a final.
O início da segundona para o paranista deixa, a grosso modo, a mesma impressão.
A diretoria, o comando técnico, jogadores e torcida estão comprometidos com a “missão” de ver o tricolor na primeira. Realmente, existe uma convergência de energia paranista que permite acreditar na força do grupo e na capacidade do mesmo em regressar à elite este ano e a partida diante do Criciúma foi grande exemplo disso.
A presença da torcida no Heriberto Hulse, a entrega dos atletas em campo e a consonância destes todos com o comando após a partida quando, ainda em campo, faziam corrente e cantavam o hino tricolor levam a crer que sim, existe um momento mágico rondando a Kennedy e o Durival de Britto e Silva; fato corroborado ainda pelos bons públicos na Vila, o aumento em mais de três vezes do número de sócio-torcedores e os eventos na sede social.
Em números, o tricolor segue no G4, a apenas três pontos da lusa e abrindo dois pontos para o ABC, quarto lugar. Com aproveitamento de 64% de pontos o Paraná está com dois de folga na meta de somar sete a cada doze. O ataque segue sendo o terceiro melhor da segundona (19 gols) e a defesa idem (12 gols).
Mais do que os números podem demonstrar em campo ou na presença da torcida na Vila, o tricolor vem atuando com força e comprometimento, o que é promessa de espetáculo dentro e fora de campo nesta terça-feira, diante da Ponte Preta, na Vila de todos os paranistas.
Pelo andar da carruagem, hoje pode o paranista dizer que faltam apenas vinte e seis jogos para que o tricolor retorne ao lugar de onde não deveria jamais ter saído.


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segunda-feira, 18 de julho de 2011

Nos trilhos

O ex-treinador paranista, Ricardo Pinto, disse em coletiva que sua meta era conquistar sete de cada doze pontos disputados. Caso conseguisse tal objetivo, atingiria um aproveitamento de pontos de 58,33%.
Em 2010 e 2008, os quartos colocados (América-MG e Grêmio Barueri) subiram com sessenta e três pontos, 55,3% de aproveitamento. Em 2009, o Atlético (GO), último a subir, obteve 57,01% de aproveitamento ao conquistar sessenta e cinco pontos. Em 2007 o Vitória precisou de apenas cinqüenta e nove pontos (pouco mais de metade dos pontos, 51,75%) para subir; ou seja, o raciocínio utilizado é realmente adequado e segue sendo utilizado por Roberto Fonseca, o atual treinador paranista.
Atualmente, com 61% de aproveitamento de pontos, o Paraná está em terceiro na competição, a apenas três pontos de Ponte Preta e Portuguesa e realmente passa a impressão ao seu torcedor de que estará brigando até o fim do certame pelo acesso.
A campanha do Paraná reflete a força do elenco. A equipe venceu mais da metade (seis) das onze partidas que disputou, tendo perdido três e empatado duas. Com o terceiro melhor ataque (empatado com o ABC – 17 gols) e defesa (empatado com mais quatro equipes – 11 gols), o Paraná demonstra ser uma equipe equilibrada.
Convém ainda recordar que a equipe disputou mais partidas (seis) longe de seus domínios do que no Durival de Britto e Silva (cinco), tendo a situação revertida no segundo turno. Ou seja, tudo leva a crer que realmente o tricolor se credencia a disputar a primeira divisão nacional em 2012.
O tricolor está nos trilhos e, apesar da desconfiança com a lateral direita e os avantes, demonstra ter um elenco forte o suficiente para não perder fôlego, a exemplo do que ocorreu em 2010. Apesar disso, seria interessante e útil se o elenco pudesse contar com mais um atleta para essas posições.

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