domingo, 1 de julho de 2012

No hay que perder la ternura, ni tampoco el senso crítico


Descaracterizo a célebre frase do “Che” no intuito de, sem nenhuma pretensão doutrinária, compartilhar impressões.
Creio que não há, ao menos neste mundo, paranista que não simpatize com Ricardo Luís Pozzi Rodrigues.
Particularmente sou suspeito para tratar do tema. Fã do atleta, quando presidente da Paranautas fiz questão em entregar pessoalmente uma singela lembrança em nome de meus pares como reconhecimento pelas atuações e por elevar o nome do Tricolor onde quer que fosse.
A efetivação do então atleta como treinador, reconheço, frustrou-me em parte até por imaginar que o mesmo encerraria a carreira atuando na Vila. Tirando isso, é inegável a correta aposta da atual gestão Tricolor com o encaminhamento do ídolo ao cargo hoje exercido. Nenhum dos treinadores, desde a queda em 2007, apresentou tamanha identidade com o clube e torcida e muito menos ganhou sua confiança.
Esclarecido, Ricardinho demonstra nas coletivas o mesmo que quando em campo. O “saber futebol” está presente na análise posterior das partidas, algo até surpreendente para seu primeiro trabalho fora do gramado.
É normal que a torcida, inteligentemente, até pelo que representa o atual treinador, faça “vistas grossas” a algumas insistências deste com situações que o mesmo dominará num futuro próximo. Apesar do elenco limitado e do pouco tempo de atividade, o “capo” paranista vem obtendo resultados surpreendentes: passou adiante em fases da Copa do Brasil; na Série Prata, caminha a passos largos para o título invicto de ambos turnos e, no nacional, já se aproxima dos líderes, com alguns jogos de invencibilidade.
Não entendo que deva o torcedor tricolor abrandar o senso crítico, porém, acredito que deva ser usado com alguma “ternura”, daí o título acima.
Alguns não concordarão com a titularidade de Luís Carlos em detrimento da de Thiago Rodrigues. E daí? Não é melhor considerar que o Paraná tem dois jovens e promissores goleiros.
Sobre a zaga, após insistir com a escalação de Alex Alves como volante, foi o mesmo deslocado para sua posição originária e hoje, o jovem atleta melhora a olhos vistos, sendo titular absoluto juntamente com Paulo Henrique, Anderson e Fernandinho, os melhores do setor no atual elenco.
Na meia cancha existem dois volantes (Zé Luís e Conceição) para uma vaga e um jovem (Lucas) pedindo passagem. As outras três ou quatro vagas podem ser ocupadas tanto por Lúcio Flávio como Wellington, Packer, Luisinho ou Cambará, dependendo da disponibilidade.
No ataque, apenas Arthur parece ser titular absoluto, muito, pela falta de qualidade das opções na função, podendo, até por isso, considerar o comandante a escalação de quatro dos cinco meias citados com apenas um à frente.
Caso Ricardinho opte por quatro no meio, o companheiro de Arthur pode ser qualquer um que não faz diferença, até pelo risível rendimento dos demais avantes.
Com opções limitadas e mesmo sem um atacante convincente, voltou o Paraná ser competitivo e, diante das apresentações dos rivais de divisão, sinto-me à vontade (sem o lado torcedor) para dizer que o Tricolor deverá lutar pelo título, principalmente caso contrate ao menos um zagueiro e dois avantes confiáveis, não o apenas rápido e voluntarioso Geraldo. De esforçado já basta o Silva, que ao menos luta.
Deixem o homem trabalhar e curtam o momento! Em pouco tempo Ricardo já devolveu a competitividade à agremiação. Certamente, em pouco mais, tratará as alterações durante a partida com mais lógica, coerência e a análise anterior aos embates terá a mesma qualidade que as posteriores.

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