O Paraná Clube fez até agora cinco gols e sofreu quatro, tendo, portanto, saldo positivo de um gol. Se por um lado a defesa tricolor já sofreu três gols numa só partida, por outro lado, o time não vai às próprias redes buscar a bola desde o fato do experiente Ney ter “assumido” a camisa de número 1.
Com todas as justificativas possíveis para o mau início de campeonato, o tricolor, apesar das últimas duas vitórias não convence como um todo, afinal, não se esperava outro resultado, senão a vitória, de um time tradicional diante de agremiações do interior sem tanto respaldo financeiro.
O ataque tricolor parece ainda não ter encontrado sua melhor forma e, mesmo que Wellington Silva tenha marcado dois gols na última partida, sua performance, assim como a de Abuda, não convencem o tricolor. Lenílson, no entanto, vem demonstrando qualidade mas não mobilidade, por isso, pode-se até buscar uma alternativa deslocando-o para a função de segundo homem de frente.
Elvis, atuando com personalidade, seriedade e objetividade, acabou caindo nas graças da torcida e não mais deverá sair dos “onze de Comelli”. Falando nele, o atual treinador paranista segue idiossincrático. Nem sempre certas convicções pessoais representam a realidade da melhor forma, talvez seja hora de Comelli buscar algumas opções para determinados setores.
Na defesa, Luís Henrique e João Paulo deverão formar memorável dupla de zaga, defendendo Ney mas,, tanto na defesa como no gol, percebe-se que o elenco tricolor carece de reservas à altura, aliás, isso ocorre em todas as posições, o que leva à conclusão de que o torcedor tricolor deverá ter paciência com o elenco modesto apresentado para a temporada de 2009..
No que se refere à lateral-direita, Murilo sempre atua com voluntariedade e, com um pouco mais de treino e capricho, não deverá entregar a “camisa
A falta de laterais de qualidade impera no atual futebol nacional mas ao menos, Murilo e Fabinho demonstram alguma vontade e qualidade em alguns fundamentos (não todos). A “chave” para que esse sistema defensivo funcione dependerá muito de uma eficaz e comprometida proteção à zaga, exatamente o ponto onde o tricolor há tempos mais vem sofrendo.
Goiano poderia representar a “solução caseira” e honesta para o setor, mesmo assim, ainda deverá demorar para que volte a assumir a “
Antes de prosseguir com a meia-cancha, melhor apenas relembrar que os avantes não vem convencendo, repetindo o acima dito que, Lenílson (aparentemente o atleta com melhores fundamentos do grupo), poderia ser deslocado para esse setor visto a fragilidade dos demais avantes do elenco.
Em tempo: Wellington Silva pode ter feito dois gols num jogo contra um oponente em desvantagem numérica mas passou em branco três partidas onde perdeu gols, caiu sozinho e até tropeçou na bola. Parece-me ser o ataque a posição mais carente do tricolor.
Kléber alterna bons e maus momentos e Elvis parece ter assumido não apenas o papel de “xodó da torcida” mas também o encarregado da transição, com alguma criatividade. Imagino que Araújo (a quem desinformados imaginam ser lateral direito) possa muito bem compor essa meia cancha como terceiro homem de meio caindo pela direita. Dessa forma, ele vinha atuando convincentemente antes da temporada.
Esse é, por enquanto, o Paraná Clube de Comelli. O mesmo que enfrentará neste domingo, às 19hs30 o Londrina (outrora grande força do estado), na Vila Capanema.
O Londrina, comandado por Mauro Madureira, ocupa a oitava posição, estando na “linha de corte” para a próxima fase do estadual. Com apenas quatro pontos em quatro partidas, a equipe pode, inclusive, ser superada pelo Iguaçu, sucursal paranista, que tem o mesmo número de pontos com um jogo a menos.
O Londrina sofreu o mesmo número de gols que o tricolor, quatro, tendo marcado montante idêntico. Com dificuldades na montagem do elenco, o time do norte pioneiro já foi às compras, trazendo atletas para a defesa (Júnior, zagueiro), meia-cancha (Marquinhos Paraná, ala) e ataque (Bruno), o que indica que, assim como o Paraná Clube, ainda é uma equipe em formação.
Por serem equipes ainda em formação, provavelmente teremos uma partida truncada, até porque o tricolor ainda não encontrou sua melhor forma de levar a bola da defesa ao ataque. Com calma o Paraná tem tudo para, nos seus domínios, vencer com alguma facilidade, complicando ainda mais a vida do Londrina.
Duas coisas no entanto devem ser ditas sobre o atual momento do clube:
1) O fato de superar rivais sem padrão de jogo não pode ser considerado como algo ímpar vez que a maior tarefa do tricolor este ano é a de regressar à primeira divisão nacional.
2) Elvis apenas apareceu agora, ainda é jogador em formação e não deveria ser visto por dirigentes com “olhos de cifrão”, mas sim com muito carinho. Melhor do que qualquer negócio milionário, por ora, é manter um atleta com identidade e qualidade por algum tempo no clube até porque, jogador diferenciado hoje além de ser coisa rara, apenas se consegue com muito dinheiro, o que, por ora, não existe no Paraná. Mais do que o trabalho de se conseguir um bom negócio para “o clube”, deveriam agir os dirigentes paranistas com responsabilidade, afinal, o atleta é patrimônio da entidade, e não pessoal.
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