segunda-feira, 23 de abril de 2012

Uma surpresinha ao final / Paraná e Palmeiras

Uma surpresinha ao final

Quarta-feira passada antes da partida diante do Ceará, cheguei cedo na Vila Capanema e,como de costume cumprimentei amigos, colegas da imprensa e adentrei ao campo para sentir o clima da partida. Paro para conversar com Heros Saldanha, nosso repórter de campo, e nesse momento passa ao lado o João Kitéria da Fúria. Cumprimento o mesmo e, após uma breve conversa, pergunto o que a Fúria tinha preparado para aquela partida. “Luzes, bateria de fogos e uma surpresinha ao final”, modestamente respondeu.
Subi às cabines de rádio e iniciamos a transmissão pela rádio mais tricolor que existe. Jogo tenso e nervoso com o Paraná no campo do adversário desde o início. O Ceará, até pelos desfalques, limitou-se a atuar de forma viril, muitas vezes anti-esportiva. O primeiro tempo acabou sem gols mas mesmo assim a Vila inteira apoiava o tricolor. Começou a segunda etapa e vimos mais do mesmo (inclusive o péssimo desempenho do trio de arbitragem) até que, após uma bola na trave de Fernando Henrique, a equipe nordestina contra-golpeou e abriu o placar.
Inacreditável! Após dois belos duelos, o tricolor, em casa seria desclassificado.
Eis que, de repente, mesmo em desvantagem, surgem luzes num belo espetáculo da torcida e após, uma fumaça que tomou conta do Durival de Britto e Silva.
O Paraná corria contra o tempo e esperava que a fumaça fosse dissipada para que a partida tivesse reinício. Então, ainda com alguma fumaça em campo, Douglas, o “Tanque”, recebeu dentro da área e, sem medo de ser feliz, fez seu primeiro gol como profissional com uma bicuda furiosa, empatando a partida, dando a classificação ao Tricolor.
Ao final da jornada, o mesmo Heros, eufórico como todo paranista, entrevistou o Paulão que arrematou: “Até a fumaça ajudou”.
A classificação daquela forma lavou a alma dos paranistas que não sentiam emoções tão fortes há tempos. Meu pai (um senhor de sessenta e cinco anos), segundo meu irmão, chorou no momento do empate.
Fatos, emoções e sentimentos como esses tornam o Paraná e sua torcida algo muito especial. Que ao final deste ano, a exemplo da última partida, tenhamos também uma surpresinha.



Paraná e Palmeiras

Felipão, sinônimo de títulos e conquistas, é sempre vinculado à Copa do Brasil. O treinador gaúcho apareceu no mundo do futebol levando o Criciúma à conquista desse torneio.
A equipe paulista liderou seu regional mas perdeu força ao final da fase classificatória a ponto de cair para o quinto lugar tendo que disputar a vaga em Campinas diante do Guarani.
Eliminado pelo bugre, o Palmeiras aposta suas fichas diante do Tricolor para não perder o primeiro semestre.
O que a princípio poderia criar maiores dificuldades para o Paraná pode ser um ponto fundamental para sua classificação. Desesperado por resultados, o Palmeiras buscará o jogo e certamente deixará espaços.
Ricardinho, no entanto, tem que melhorar seu sistema defensivo e pode fazê-lo simplesmente colocando um volante a mais, pedindo que seus atletas não façam faltas bobas, afinal, um terço dos gols palmeirenses saem dos pés de Marcos Assunção em bolas paradas.
Caso Ricardinho insista numa formação com três meias e sem proteção à frágil zaga (onde seus laterais são, na verdade, alas), poderá se complicar.
O Tricolor, caso não sofra gols em casa, conquistará grande trunfo para a segunda partida, obrigando o Palmeiras a sair pro jogo, diante de uma torcida que reconhecidamente joga contra o time em adversidades.


http://www.radioparanaclube.com.br
http://www.bemparana.com.br
http://www.paranautas.com
http://www.bolaredondabrasil.blogspot.com