segunda-feira, 1 de agosto de 2011

Números e prática


O Paraná em números está bem, ocupa o terceiro lugar com vinte e quatro pontos, a seis da líder Lusa e dois da vice Ponte Preta sendo, com estas, quem mais figurou no G4. O tricolor é a terceira equipe que mais vence (sete vezes, ao lado de Goiás), tem o quinto melhor ataque (20 gols, empatado com o ASA) e a quarta melhor defesa (14 gols, empatado com o Sport).
Se por um lado os números são alentadores, na prática o paranista segue acreditando, apoiando, mas começa a se preocupar com alguns aspectos, a começar pelo percentual de aproveitamento de pontos. A meta dos comandantes era de estar com índice superior a 60%; atualmente, soma 57%.
Fonseca demonstra querer uma equipe defensiva. Normal, afinal, um bom time começa com boa defesa. No entanto, se por algumas vezes adotou Castán como lateral à inglesa, isso não significa que do outro lado, solução análoga surtirá o mesmo efeito. Por não confiar em Júlio César, Fonseca desloca (na impossibilidade de utilizar Lisa) Briner para o setor, afastando do comando da área seu melhor zagueiro. Como não poderá contar com Cris por alguns jogos, Fonseca não pode penalizar o Paraná, caso assim proceda. Falta aqui um jogador da posição ou mesmo (já que deve improvisar), deslocar o competente Henrique para o setor.
Fonseca acertou ao utilizar três volantes que marcam e sabem sair jogando. Fato interessante para esse setor é que quatro atletas vêm se intercalando e rendendo bem; no entanto, no que tange à ligação, Fonseca utilizou Oliveira e Roni Dias, que nada mostraram. Neste quesito parece óbvio que, sem Welington, Cambará é quem no elenco tem mais capacidade para assumir a transição. O meio de Fonseca deve então ser composto por Urso, Garroni, Serginho e Cambará.
No ataque reside o maior problema do tricolor. Inexplicavelmente Léo não vem sendo utilizado. Pior, os preferidos de Fonseca são Maranhão (que ainda não convenceu a torcida) e Giancarlo, um bom pivô mas que não tem cacoete do “nove” que o Paraná precisa. Como Ricardinho fisicamente é uma incógnita, Dieguinho não aproveitou as oportunidades e Borebi alterna bons e maus momentos, deve comandante paranista render-se e escalar Léo como “nove” com Giancarlo chegando, fazendo as funções que atualmente vem bem desempenhando mas sem a incumbência de ser o matador.
O elenco é confiável, mas o “time” que o paranista tanto quer ver vem se descaracterizando rodada a rodada, graças às idiossincrasias (por não dizer teimosias) do seu treinador. Se Fonseca continuar insistindo em não fazer o óbvio, na prática, pode sua equipe não mais atingir os números que o torcedor deseja e precisa.


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