A partida entre Paraná e Juventude pode ser tomada para uma série de considerações.
A primeira coisa que chamou a atenção era ver o visitante batendo bola no campo, fazendo reconhecimento do gramado enquanto o Paraná ficava no vestiário. A impressão é que o alviverde gaúcho já entraria bem.
Felizmente, no primeiro ataque paranista, após bela jogada entre Fábio Luís (o único "homem de referência" que busca a bola fora da área) e Éverton, este cruzou para que Murilo, no seu primeiro toque na bola com a camisa do tricolor, abrisse o placar.
Após esse momento, o time de Zetti tardou a assimilar o baque mas, quando o fez, mesmo fora de casa, assumiu as ações da partida.
O Paraná saia bem da intermediária ofensiva para a frente mas da defensiva para trás... Apenas Ciro teve apresentação normal, muitas vezes tendo que sair da sua função de "homem-de-sobra" para cobrir a ineficaz atuação dos dois volantes.
O Juventude pressionou no final da primeira etapa e só não empatou graças a uma rara lúcida intervenção de Daniel Marques quando Gabriel refugou em sair do gol.
No intervalo, inexplicavelmente, Perrô saca Ehle por Naves e coloca Marcelinho no lugar de Fábio Luís visando dar mais mobilidade ao time.
Com três volantes o time não conseguiu se acertar defensivamente, tanto que, aos quatro minutos, após cobrança de escanteio, Márcio Alemão subiu mais que a zaga e empatou a partida.
Aos 21´, Abedi aproveita o vacilo conjunto de Daniel Marques e Gabriel e, quando ia marcar, foi empurrado pelo defensor que levou cartão amarelo.
Aos 25´, Élvis foi corretamente expulso, o que deu ao Paraná a possibilidade de melhor explorar os espaços, ainda mais porque, aos 27´, como sempre, Daniel Marques e Luís se "juraram" e foram expulsos.
A partir daí o jogo se resume na inócua pressão paranista (mesmo com a entrada de Gílson por Léo - que nada fez), nos contra-ataques Juventinos (que, se contassem com maior qualidade no ataque, o placar seria ampliado) e nas belas defesas de Michel Alves.
Finda a partida a torcida paranista reclamou com razão, seu time volta a se aproximar da zona de rebaixamento e fica latente a falta de elenco, pior, de planejamento do comando paranista.
Disso partimos para as considerações: Qual o foco da diretoria tricolor, fazer um time de futebol competitivo ou empresariar atletas?
Enquanto o foco não for montar um time competitivo a torcida paranista deve assimilar que não retornará à divisão principal. Isso até demonstra a falta de visão empresarial, afinal, jogador que vence, que sobe de divisão, tende a ser mais valorizado pelo mercado.
Não se pensou em montar e manter um time em 2007, em fornecer uma "base", aliás, parece que não se buscou sequer tentar ficar na primeira divisão nesse ano.
Tampouco se pensu em montar um time no estadual, como para a Copa do Brasil (caminho mais rápido - e fácil - para a Libertadores) e para o brasileiro.
Só recentemente acharam dois laterais-esquerdos. Ainda não acharam um atacante.
Falar em "culpa" é forte! Alguns diriam negligência, desvio de finalidade; se não for isso, o que seria, incompetência?!
Tenho certeza que alguns poderão dizer que "tem quem torça para que o time dê errado" mas creio que um paranista jamais pensaria assim.
Aliás, quem não faz o que deve para que algo dê certo, assume o risco de que dê errado, não?!
Não entendo é que times de "menor expressão" conseguem contratar jogadores e o Paraná não.
Enquanto isso, no elenco tem Gabriel, que complicou demonstrando que ainda não está "pronto". Daniel Marques segue fazendo das dele. Léo e Agenor não protegem a zaga e Perrô parece patinar nos mesmos pontos dos treinadores anteriores.
Parece não existir o estudo prévio, a análise do oponente. A impressão que fica para o torcedor é a de que ninguém da comissão técnica paranista assistiu a uma mísera partida do Juventude, time que tinha a melhor defesa.
No "Ju", os laterais fecham as diagonais e na bola parada, sempre se tenta a jogada para os zagueiros.
O Paraná errou onde sempre vem errando. O tricolor não "BATEU" lateral com lateral, aliás, estes sempre iam correndo atrás dos oponentes.
A proteção à zaga segue inexistindo. A linha de defesa paranista não pode começar nos "três de trás", volantes e laterais têm que fazer uma "linha de 4" saindo na marcação para que os zagueiros "batam" nos atacantes de modo que sempre o Ciro possa fazer a sobra, sua função.
Básico, não? Simples? Não parece! Nem Kleina, nem Saulo, nem Pintado, nem Bonamigo e menos Perrô parecem ver o óbvio.
Particularmente prefiro times que atuem no sistema "4-4-2" mas o elenco paranista, com proteção frágil à defesa, não permite tais ousadias, aliás, cobra caro pelas mesmas.
Perrô quis ousar e ao sacar Ehle (que não atuou bem - aliás, somente Ciro teve atuação mediana), "abriu" o time. Resultado, com um "homem de sobra" no setor esquerdo, sem proteção à zaga, com os laterais dando espaços aos oponentes de mesma função e com falhas individuais, o tricolor concedeu dois gols aos visitantes.
O futebol, embora não pareça, tem lições e fundamentos básicos, elementares, sendo "quase uma ciência" no que tange à tática. Existem certos atos que não podem ser tomados.
Claro que há culpa em quem não contratou tempestivamente, como há culpa na escolha do elenco, em quem não fez o planejamento que disse ter feito. Como têm culpa o Daniel Marques, o Gabriel... o torcedor que se diz paranista e não vai à Vila...
Não cabe agora a discussão sobre quem está menos errado! Medidas e mudanças são necessárias, no entanto, quem de direito, em não reconhecendo o mau trabalho, prefere culpar a falta de dinheiro, os juízes, a falta de apoio da torcida, etc...
Tive uma conversa com a lógica e ela me disse acreditar que o tricolor não suba este ano. Pena, pois, ano que vem, sem Giuliano, sem Éverton e com os de sempre, acho difícil algo o Paraná conseguir com a mesma "filosofia".
Claro, não se pode esconder a evolução do time em alguns aspectos, no entanto, fica latente a fragilidade da proteção à zaga. Não há capacidade na comissão para perceber que os zagueiros saem do seu setor para cobrir bolas de laterais e volantes. Tal orientação é responsabilidade do treinador e quem deve exigir/cobrar o trabalho desse é o diretor de futebol.
Deixo uma pergunta no ar: "A responsabilidade com seu ofício, de quem vai pra uma competição de futebol, não seria a de montar um time competitivo digno da história de sua agremiação?"
Pelo que se vê no Paraná Clube, pode-se tomar que a responsabilidade, o objetivo, seja o de se montar um time?!
O torcedor que não acompanha a fundo o futebol pode até se deixar enganar com a conversa de que não tem "jogador disponível no mercado". Mas ainda há, e havia... aliás, se tivessem tentado montar um time decente e competitivo quando a prudência mandava, COM CRITÉRIOS EXCLUSIVAMENTE TÉCNICOS (e não outros como por exemplo, financeiro), quem sabe isso não tivesse sido feito.
Mas claro, existe a "desculpa" do dinheiro. Mas, e se não tivessem permitido que o time caísse?!
Qualquer um vai poder justificar suas falhas jogando a responsabilidade para outro ou para um caso fortuito. O fato é que do jeito que está, o Paraná vai lutar para não cair e isso reflete exatamente o brilhante trabalho que, desculpas à parte, vem sendo feito.
Contra fatos não há argumentos. A tabela diz tudo.
A primeira coisa que chamou a atenção era ver o visitante batendo bola no campo, fazendo reconhecimento do gramado enquanto o Paraná ficava no vestiário. A impressão é que o alviverde gaúcho já entraria bem.
Felizmente, no primeiro ataque paranista, após bela jogada entre Fábio Luís (o único "homem de referência" que busca a bola fora da área) e Éverton, este cruzou para que Murilo, no seu primeiro toque na bola com a camisa do tricolor, abrisse o placar.
Após esse momento, o time de Zetti tardou a assimilar o baque mas, quando o fez, mesmo fora de casa, assumiu as ações da partida.
O Paraná saia bem da intermediária ofensiva para a frente mas da defensiva para trás... Apenas Ciro teve apresentação normal, muitas vezes tendo que sair da sua função de "homem-de-sobra" para cobrir a ineficaz atuação dos dois volantes.
O Juventude pressionou no final da primeira etapa e só não empatou graças a uma rara lúcida intervenção de Daniel Marques quando Gabriel refugou em sair do gol.
No intervalo, inexplicavelmente, Perrô saca Ehle por Naves e coloca Marcelinho no lugar de Fábio Luís visando dar mais mobilidade ao time.
Com três volantes o time não conseguiu se acertar defensivamente, tanto que, aos quatro minutos, após cobrança de escanteio, Márcio Alemão subiu mais que a zaga e empatou a partida.
Aos 21´, Abedi aproveita o vacilo conjunto de Daniel Marques e Gabriel e, quando ia marcar, foi empurrado pelo defensor que levou cartão amarelo.
Aos 25´, Élvis foi corretamente expulso, o que deu ao Paraná a possibilidade de melhor explorar os espaços, ainda mais porque, aos 27´, como sempre, Daniel Marques e Luís se "juraram" e foram expulsos.
A partir daí o jogo se resume na inócua pressão paranista (mesmo com a entrada de Gílson por Léo - que nada fez), nos contra-ataques Juventinos (que, se contassem com maior qualidade no ataque, o placar seria ampliado) e nas belas defesas de Michel Alves.
Finda a partida a torcida paranista reclamou com razão, seu time volta a se aproximar da zona de rebaixamento e fica latente a falta de elenco, pior, de planejamento do comando paranista.
Disso partimos para as considerações: Qual o foco da diretoria tricolor, fazer um time de futebol competitivo ou empresariar atletas?
Enquanto o foco não for montar um time competitivo a torcida paranista deve assimilar que não retornará à divisão principal. Isso até demonstra a falta de visão empresarial, afinal, jogador que vence, que sobe de divisão, tende a ser mais valorizado pelo mercado.
Não se pensou em montar e manter um time em 2007, em fornecer uma "base", aliás, parece que não se buscou sequer tentar ficar na primeira divisão nesse ano.
Tampouco se pensu em montar um time no estadual, como para a Copa do Brasil (caminho mais rápido - e fácil - para a Libertadores) e para o brasileiro.
Só recentemente acharam dois laterais-esquerdos. Ainda não acharam um atacante.
Falar em "culpa" é forte! Alguns diriam negligência, desvio de finalidade; se não for isso, o que seria, incompetência?!
Tenho certeza que alguns poderão dizer que "tem quem torça para que o time dê errado" mas creio que um paranista jamais pensaria assim.
Aliás, quem não faz o que deve para que algo dê certo, assume o risco de que dê errado, não?!
Não entendo é que times de "menor expressão" conseguem contratar jogadores e o Paraná não.
Enquanto isso, no elenco tem Gabriel, que complicou demonstrando que ainda não está "pronto". Daniel Marques segue fazendo das dele. Léo e Agenor não protegem a zaga e Perrô parece patinar nos mesmos pontos dos treinadores anteriores.
Parece não existir o estudo prévio, a análise do oponente. A impressão que fica para o torcedor é a de que ninguém da comissão técnica paranista assistiu a uma mísera partida do Juventude, time que tinha a melhor defesa.
No "Ju", os laterais fecham as diagonais e na bola parada, sempre se tenta a jogada para os zagueiros.
O Paraná errou onde sempre vem errando. O tricolor não "BATEU" lateral com lateral, aliás, estes sempre iam correndo atrás dos oponentes.
A proteção à zaga segue inexistindo. A linha de defesa paranista não pode começar nos "três de trás", volantes e laterais têm que fazer uma "linha de 4" saindo na marcação para que os zagueiros "batam" nos atacantes de modo que sempre o Ciro possa fazer a sobra, sua função.
Básico, não? Simples? Não parece! Nem Kleina, nem Saulo, nem Pintado, nem Bonamigo e menos Perrô parecem ver o óbvio.
Particularmente prefiro times que atuem no sistema "4-4-2" mas o elenco paranista, com proteção frágil à defesa, não permite tais ousadias, aliás, cobra caro pelas mesmas.
Perrô quis ousar e ao sacar Ehle (que não atuou bem - aliás, somente Ciro teve atuação mediana), "abriu" o time. Resultado, com um "homem de sobra" no setor esquerdo, sem proteção à zaga, com os laterais dando espaços aos oponentes de mesma função e com falhas individuais, o tricolor concedeu dois gols aos visitantes.
O futebol, embora não pareça, tem lições e fundamentos básicos, elementares, sendo "quase uma ciência" no que tange à tática. Existem certos atos que não podem ser tomados.
Claro que há culpa em quem não contratou tempestivamente, como há culpa na escolha do elenco, em quem não fez o planejamento que disse ter feito. Como têm culpa o Daniel Marques, o Gabriel... o torcedor que se diz paranista e não vai à Vila...
Não cabe agora a discussão sobre quem está menos errado! Medidas e mudanças são necessárias, no entanto, quem de direito, em não reconhecendo o mau trabalho, prefere culpar a falta de dinheiro, os juízes, a falta de apoio da torcida, etc...
Tive uma conversa com a lógica e ela me disse acreditar que o tricolor não suba este ano. Pena, pois, ano que vem, sem Giuliano, sem Éverton e com os de sempre, acho difícil algo o Paraná conseguir com a mesma "filosofia".
Claro, não se pode esconder a evolução do time em alguns aspectos, no entanto, fica latente a fragilidade da proteção à zaga. Não há capacidade na comissão para perceber que os zagueiros saem do seu setor para cobrir bolas de laterais e volantes. Tal orientação é responsabilidade do treinador e quem deve exigir/cobrar o trabalho desse é o diretor de futebol.
Deixo uma pergunta no ar: "A responsabilidade com seu ofício, de quem vai pra uma competição de futebol, não seria a de montar um time competitivo digno da história de sua agremiação?"
Pelo que se vê no Paraná Clube, pode-se tomar que a responsabilidade, o objetivo, seja o de se montar um time?!
O torcedor que não acompanha a fundo o futebol pode até se deixar enganar com a conversa de que não tem "jogador disponível no mercado". Mas ainda há, e havia... aliás, se tivessem tentado montar um time decente e competitivo quando a prudência mandava, COM CRITÉRIOS EXCLUSIVAMENTE TÉCNICOS (e não outros como por exemplo, financeiro), quem sabe isso não tivesse sido feito.
Mas claro, existe a "desculpa" do dinheiro. Mas, e se não tivessem permitido que o time caísse?!
Qualquer um vai poder justificar suas falhas jogando a responsabilidade para outro ou para um caso fortuito. O fato é que do jeito que está, o Paraná vai lutar para não cair e isso reflete exatamente o brilhante trabalho que, desculpas à parte, vem sendo feito.
Contra fatos não há argumentos. A tabela diz tudo.
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