segunda-feira, 30 de março de 2009

Ficção?!

Um estrangeiro apaixonado por futebol e residente em Curitiba há alguns anos foi mandado a trabalho por sua empresa a um lugar remoto da África, tendo lá ficado algum tempo.
Ao retornar a Curitiba, pega um taxi no Affonso Pena para o centro da cidade e busca, com o motorista, ver como andam as coisas:
“- Amigo, pro Ecoville, por favor.”
“- Ok”, responde o motorista.
“- O estadual entrou em sua final então, não? Como pode ter o Atlético, que foi líder, ter empatado as duas primeiras?”
“- O atlético não jogou duas, aliás, ele perdeu a primeira em casa para o J. Malucelli”, informa o taxista.
Pasmo, o passageiro pergunta: “- Mas o Atlético não tem dois pontos?”
“- Sim”, responde o taxista que acrescenta: “-Mas é porque o regulamento lhe deu dois pontos extras.”
Passageiro: “- Bom, agora vai ter que buscar pontos fora de casa para não ficar para trás”.
Motorista: “- O Atlético vai jogar todas as partidas em casa, o regulamento foi mal redigido e o STJD, com participação do pop-procurador-torcedor Schmidt, determinou que o ‘supermando’ fosse mantido.’
Passageiro: “- Supermando?”
Motorista: “- Sim, é uma vantagem pela melhor campanha no primeiro turno”.
Passageiro: “- Mas ele já não tem os pontos extras por isso?”
Motorista: “- Tem. Mas, todos os clubes assinaram”.
Após um longo silêncio, o passageiro segue o tema: “- O bom dos estaduais é que os times do interior vão receber os da Capital, essa é a alegria dos regionais, não?”
Motorista: “- É, sou do interior e lembro quando era criança, como era bacana ver os times da Capital mas, este ano, pelo regulamento, vai ter time que não vai jogar nenhuma vez diante da sua torcida na fase final”.
Passageiro: “- Mas como isso?! Meu Deus! Esse pessoal do Severiano...”
Motorista: “- Esse já nem mais faz parte da federação.”
Após novo silêncio na cabine o passageiro retoma a conversa: “- Que bom saber que os times da Capital têm concorrentes no estado agora, veja o J. Malucelli vencendo o Atlético na baixada”.
Motorista: “- O J. Malucelli venceu Paraná e Coritiba na primeira fase”.
Passageiro: “- Surpreendente isso. Sobre os times do interior, o Londrina joga quando em Curitiba?
Motorista: “- O Londrina caiu, foi para a segunda divisão estadual, mesmo tendo vencido o Coritiba de Marcelinho Paraíba”.
Passageiro: “- Não Seria Carlinhos Paraíba?!”
Motorista: “- Não, Marcelinho Paraíba está no Coritiba”.
Passageiro: “- Mas ele não estava no Flamengo?”
Motorista: “- Sim mas, o Flamengo não pagava salários, ele conseguiu a liberação e foi para o coxa”.
Passageiro: “- Mas o Flamengo não tem a maior torcida do país, como não consegue pagar salários?”
Motorista: “- Não apenas salários, o Flamengo vive endividado, nem o que a Timemania iria ‘acertar’ consegue, vão até fazer uma Timemania 2”.
Passageiro: “- Como é?! Os times não pagam impostos, reparcelam, aí vem o governo, que já concedeu benefícios a entidades esportivas vítimas de maus gestores, não o fazendo a empresários e cidadãos comuns mas, pelo insucesso da primeira, virá a segunda Timemania?”
Levando os ombros à frente, o motorista acena concordando para um pasmo passageiro.
Passageiro: “- Achei que a única surpresa que teria era a do Rubinho no pódio com uma equipe estreante... mas... amigo, e o Paraná Clube, conseguiu ficar na primeira estadual?”
Motorista: “- O Paraná, desde que Velloso passou a treinar a equipe, está com aproveitamento de oitenta por cento dos pontos disputados, venceu o Cianorte na Vila Capanema no Domingo, mesmo com um jogador a menos e está bem na fase final.”
Passageiro: “- Mas o time não estava caindo e a torcida não reclamava daquele atacante que não fazia gols? E, Velloso... é aquele que era goleiro? E... que clube ele treinou antes?”
Motorista: “- O Wellington Silva?! É o Artilheiro do Estadual! Velloso é esse mesmo, nunca treinou nenhum time expressivo mas está dando certo, parece.”
Após algum silêncio o passageiro chama o motorista e fala: “- É muita coisa pra minha cabeça. Amigo, me faz um favor, aumenta um pouco o som e só me chame quando chegarmos, ok, vou dar uma descansada.”

Tal fato, claro, é fictício, no entanto, qualquer semelhança com a realidade não é mera coincidência.

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domingo, 29 de março de 2009

Abre-jogo: Paraná Clube x Cianorte

Pela primeira fase da rodada final Atlético e J. Malucelli enfrentam-se no Joaquim Américo às 20hs30, após às 15hs30, quando Coritiba e Paranavaí medem forças no Couto Pereira, Nacional e Iraty se encontram no Erick Georg e o Paraná Clube recebe o Cianorte em pleno Durival de Britto e Silva, a Vila Capanema com arbitragem de Héber Roberto Lopes, auxiliado por Wesley Gomes da Silva e José Renê Stavinski.
Assim ficou a tabela em face da manutenção pelo STJD do “supermando” do Atlético e porque a seleção nacional entra em campo às 18hs diante do Equador em Quito, em partida válida pelas eliminatórias da Copa de 2010.
O tricolor, que por vezes chegou a ficar ameaçado de rebaixamento no estadual, acabou a primeira fase em quinto lugar com vinte pontos, seis vitórias e derrotas e dois empates. O terceiro melhor ataque da fase de classificação com vinte e dois gols (atrás de atlético com 29 e Toledo, com 24), dá esperanças ao torcedor que vê Wellington Silva liderar a artilharia do certame. Por outro lado, o tricolor é dos times que mais sofre gols sendo apenas a sétima melhor defesa, com vinte gols sofridos, a sete, da sexta, que sofreu treze.


Conheça um pouco do próximo oponente do Paraná Clube

O Cianorte, prejudicado pelo “aceite” do supermando, atuará na fase final em casa apenas diante do Paranavaí, tendo a equipe classificado-se em sétimo lugar com a seguinte campanha: quatro vitórias, sete empates e apenas três derrotas, com dezessete gols a favor e treze contra.


O momento dos times

O Cianorte chegou a estar invicto na competição mas perdeu força na “reta final”. Desmotivado pelo fato de ser um nômade na fase final em face do “supermando”, pouco deverá incomodar seus oponentes.
Nas últimas quatro partidas o Cianorte não obteve nenhuma vitória, tendo marcado apenas dois pontos em doze possíveis: empate em 1 a 1 frente o Coritiba na Capital, derrota para o Rio Branco em Paranaguá por 2 a 1, empate por 2 a 2 em casa diante do Toledo e derrota por 2 a 1 em Iraty, frente a equipe local, o que demonstra a má fase atual dessa agremiação.

O Paraná Clube, por outro lado, desde que Velloso assumiu o comando da equipe, venceu todas, à exceção da inexplicável derrota na Vila Capanema diante do Rio Branco pelo placar mínimo. Dos últimos doze pontos disputados pelo tricolor (os doze sob o comando do novo treinador), nove foram conquistados, ou seja, um aproveitamento de 75% dos pontos em disputa. Além disso, a recente goleada na Vila Capanema, diante do Iguaçú, dá alento ao torcedor.
O “supermando” embora condene o tricolor a disputar todas as partidas com os rivais locais fora de seus domínios, por outro lado, “condena” a equipe a fazer apenas uma partida fora de Curitiba, diante do Nacional de Rolândia.


As equipes para a partida

Paraná Clube
A equipe que superou o Iguaçu na rodada derradeira da primeira fase deverá ser mantida praticamente na íntegra por Velloso que deverá apenas colocar Leandro ou Jônathas no lugar de Elton, que recebeu o terceiro cartão amarelo de forma desnecessária nessa partida, num lance praticamente já definido. Assim, o treinador paranista deverá manter o sistema 3-6-1 com apenas o artilheiro Wellington Silva no comando do ataque tricolor.


Cianorte
Com apenas uma partida a disputar em casa, a equipe do interior sai para sua “peregrinação e busca reverter a má fase recente. Com a mesma base o “leão” buscará seguir com a disposição defensiva e sair para os contra-ataques, tônica que permitiu encerrar a primeira fase com apenas três derrotas mas que deverá ser insuficiente para maiores pretensões.


As prováveis escalações

O Paraná Clube de Wagner Velloso deverá formar com: Rodolfo; João Paulo, Leandro (Jonathas) e Luis Henrique; Araújo, Agenor, Edimar, Bruninho, Lenílson e Fabinho; Wellington Silva.

O Cianorte de Ivo Secchi deverá entrar com: Sílvio; Valdir, Neto e Diego; Lisa, Davi, Dil, Felipe e Fernandinho; Welton e Marquinhos.


O “caminho das pedras para o tricolor”

Como dissemos, a atual má fase do “leão” é fato e deve ser explorada. Sem vencer há quatro partidas o tricolor, que saiu vitorioso em três das últimas quatro, deverá explorar as alas, principalmente aproveitando as generosas dimensões do gramado da Vila Capanema, o que dificulta quem tente lá jogar defensivamente.
Com a boa recente fase de Fabinho e Araújo, o tricolor pode ainda, aproveitando-se do bom posicionamento defensivo de Edimar e Agenor, abusar de incursões em diagonal desses alas, com a participação dos meias para envolver a equipe do interior.

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