Um estrangeiro apaixonado por futebol e residente em Curitiba há alguns anos foi mandado a trabalho por sua empresa a um lugar remoto da África, tendo lá ficado algum tempo.
Ao retornar a Curitiba, pega um taxi no Affonso Pena para o centro da cidade e busca, com o motorista, ver como andam as coisas:
“- Amigo, pro Ecoville, por favor.”
“- Ok”, responde o motorista.
“- O estadual entrou em sua final então, não? Como pode ter o Atlético, que foi líder, ter empatado as duas primeiras?”
“- O atlético não jogou duas, aliás, ele perdeu a primeira em casa para o J. Malucelli”, informa o taxista.
Pasmo, o passageiro pergunta: “- Mas o Atlético não tem dois pontos?”
“- Sim”, responde o taxista que acrescenta: “-Mas é porque o regulamento lhe deu dois pontos extras.”
Passageiro: “- Bom, agora vai ter que buscar pontos fora de casa para não ficar para trás”.
Motorista: “- O Atlético vai jogar todas as partidas em casa, o regulamento foi mal redigido e o STJD, com participação do pop-procurador-torcedor Schmidt, determinou que o ‘supermando’ fosse mantido.’
Passageiro: “- Supermando?”
Motorista: “- Sim, é uma vantagem pela melhor campanha no primeiro turno”.
Passageiro: “- Mas ele já não tem os pontos extras por isso?”
Motorista: “- Tem. Mas, todos os clubes assinaram”.
Após um longo silêncio, o passageiro segue o tema: “- O bom dos estaduais é que os times do interior vão receber os da Capital, essa é a alegria dos regionais, não?”
Motorista: “- É, sou do interior e lembro quando era criança, como era bacana ver os times da Capital mas, este ano, pelo regulamento, vai ter time que não vai jogar nenhuma vez diante da sua torcida na fase final”.
Passageiro: “- Mas como isso?! Meu Deus! Esse pessoal do Severiano...”
Motorista: “- Esse já nem mais faz parte da federação.”
Após novo silêncio na cabine o passageiro retoma a conversa: “- Que bom saber que os times da Capital têm concorrentes no estado agora, veja o J. Malucelli vencendo o Atlético na baixada”.
Motorista: “- O J. Malucelli venceu Paraná e Coritiba na primeira fase”.
Passageiro: “- Surpreendente isso. Sobre os times do interior, o Londrina joga quando em Curitiba?
Motorista: “- O Londrina caiu, foi para a segunda divisão estadual, mesmo tendo vencido o Coritiba de Marcelinho Paraíba”.
Passageiro: “- Não Seria Carlinhos Paraíba?!”
Motorista: “- Não, Marcelinho Paraíba está no Coritiba”.
Passageiro: “- Mas ele não estava no Flamengo?”
Motorista: “- Sim mas, o Flamengo não pagava salários, ele conseguiu a liberação e foi para o coxa”.
Passageiro: “- Mas o Flamengo não tem a maior torcida do país, como não consegue pagar salários?”
Motorista: “- Não apenas salários, o Flamengo vive endividado, nem o que a Timemania iria ‘acertar’ consegue, vão até fazer uma Timemania 2”.
Passageiro: “- Como é?! Os times não pagam impostos, reparcelam, aí vem o governo, que já concedeu benefícios a entidades esportivas vítimas de maus gestores, não o fazendo a empresários e cidadãos comuns mas, pelo insucesso da primeira, virá a segunda Timemania?”
Levando os ombros à frente, o motorista acena concordando para um pasmo passageiro.
Passageiro: “- Achei que a única surpresa que teria era a do Rubinho no pódio com uma equipe estreante... mas... amigo, e o Paraná Clube, conseguiu ficar na primeira estadual?”
Motorista: “- O Paraná, desde que Velloso passou a treinar a equipe, está com aproveitamento de oitenta por cento dos pontos disputados, venceu o Cianorte na Vila Capanema no Domingo, mesmo com um jogador a menos e está bem na fase final.”
Passageiro: “- Mas o time não estava caindo e a torcida não reclamava daquele atacante que não fazia gols? E, Velloso... é aquele que era goleiro? E... que clube ele treinou antes?”
Motorista: “- O Wellington Silva?! É o Artilheiro do Estadual! Velloso é esse mesmo, nunca treinou nenhum time expressivo mas está dando certo, parece.”
Após algum silêncio o passageiro chama o motorista e fala: “- É muita coisa pra minha cabeça. Amigo, me faz um favor, aumenta um pouco o som e só me chame quando chegarmos, ok, vou dar uma descansada.”
Tal fato, claro, é fictício, no entanto, qualquer semelhança com a realidade não é mera coincidência.
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Acompanhe também meu trabalho em:
http://falandocomastorcidas.blog.terra.com.br
http://bolaredonda.blog.terra.com.br
http://bolaredondabrasil.blogspot.com
http://www.futebolpr.com.br
http://www.paranautas.com
http://www.radioparanaclube.com.br
“- Amigo, pro Ecoville, por favor.”
“- Ok”, responde o motorista.
“- O estadual entrou em sua final então, não? Como pode ter o Atlético, que foi líder, ter empatado as duas primeiras?”
“- O atlético não jogou duas, aliás, ele perdeu a primeira em casa para o J. Malucelli”, informa o taxista.
Pasmo, o passageiro pergunta: “- Mas o Atlético não tem dois pontos?”
“- Sim”, responde o taxista que acrescenta: “-Mas é porque o regulamento lhe deu dois pontos extras.”
Passageiro: “- Bom, agora vai ter que buscar pontos fora de casa para não ficar para trás”.
Motorista: “- O Atlético vai jogar todas as partidas em casa, o regulamento foi mal redigido e o STJD, com participação do pop-procurador-torcedor Schmidt, determinou que o ‘supermando’ fosse mantido.’
Passageiro: “- Supermando?”
Motorista: “- Sim, é uma vantagem pela melhor campanha no primeiro turno”.
Passageiro: “- Mas ele já não tem os pontos extras por isso?”
Motorista: “- Tem. Mas, todos os clubes assinaram”.
Após um longo silêncio, o passageiro segue o tema: “- O bom dos estaduais é que os times do interior vão receber os da Capital, essa é a alegria dos regionais, não?”
Motorista: “- É, sou do interior e lembro quando era criança, como era bacana ver os times da Capital mas, este ano, pelo regulamento, vai ter time que não vai jogar nenhuma vez diante da sua torcida na fase final”.
Passageiro: “- Mas como isso?! Meu Deus! Esse pessoal do Severiano...”
Motorista: “- Esse já nem mais faz parte da federação.”
Após novo silêncio na cabine o passageiro retoma a conversa: “- Que bom saber que os times da Capital têm concorrentes no estado agora, veja o J. Malucelli vencendo o Atlético na baixada”.
Motorista: “- O J. Malucelli venceu Paraná e Coritiba na primeira fase”.
Passageiro: “- Surpreendente isso. Sobre os times do interior, o Londrina joga quando em Curitiba?
Motorista: “- O Londrina caiu, foi para a segunda divisão estadual, mesmo tendo vencido o Coritiba de Marcelinho Paraíba”.
Passageiro: “- Não Seria Carlinhos Paraíba?!”
Motorista: “- Não, Marcelinho Paraíba está no Coritiba”.
Passageiro: “- Mas ele não estava no Flamengo?”
Motorista: “- Sim mas, o Flamengo não pagava salários, ele conseguiu a liberação e foi para o coxa”.
Passageiro: “- Mas o Flamengo não tem a maior torcida do país, como não consegue pagar salários?”
Motorista: “- Não apenas salários, o Flamengo vive endividado, nem o que a Timemania iria ‘acertar’ consegue, vão até fazer uma Timemania 2”.
Passageiro: “- Como é?! Os times não pagam impostos, reparcelam, aí vem o governo, que já concedeu benefícios a entidades esportivas vítimas de maus gestores, não o fazendo a empresários e cidadãos comuns mas, pelo insucesso da primeira, virá a segunda Timemania?”
Levando os ombros à frente, o motorista acena concordando para um pasmo passageiro.
Passageiro: “- Achei que a única surpresa que teria era a do Rubinho no pódio com uma equipe estreante... mas... amigo, e o Paraná Clube, conseguiu ficar na primeira estadual?”
Motorista: “- O Paraná, desde que Velloso passou a treinar a equipe, está com aproveitamento de oitenta por cento dos pontos disputados, venceu o Cianorte na Vila Capanema no Domingo, mesmo com um jogador a menos e está bem na fase final.”
Passageiro: “- Mas o time não estava caindo e a torcida não reclamava daquele atacante que não fazia gols? E, Velloso... é aquele que era goleiro? E... que clube ele treinou antes?”
Motorista: “- O Wellington Silva?! É o Artilheiro do Estadual! Velloso é esse mesmo, nunca treinou nenhum time expressivo mas está dando certo, parece.”
Após algum silêncio o passageiro chama o motorista e fala: “- É muita coisa pra minha cabeça. Amigo, me faz um favor, aumenta um pouco o som e só me chame quando chegarmos, ok, vou dar uma descansada.”
Tal fato, claro, é fictício, no entanto, qualquer semelhança com a realidade não é mera coincidência.
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