sábado, 15 de novembro de 2008

Comemorar?!

O tricolor garantiu com duas rodadas de antecedência sua permanência na segundona em 2009 com vitória diante da Ponte Preta. Foi esse um feito digno de comemoração?

Após o apito final, as rádios demonstravam a alegria dentro e fora do campo. Alegria?!

Nas entrevistas jogadores paranistas falavam em como será a próxima temporada em novos clubes. Éder falava em Flamengo e Libertadores, Mauro em propostas, Daniel Marques (felizmente) em tom de adeus; outros mais acanhados ou por entender não ser aquele o momento cabível, desconversavam.

Atrás, dirigentes falavam em superação, em realização, em “sentimento do dever cumprido”.

Não consigo acreditar que alguém que receba algo numa situação, comemore por não ter conseguido devolver nas mesmas condições.

Talvez a comemoração seja pelo não-vexame de conseguir cair à terceira divisão.

Os mesmos que rebaixaram o Paraná abraçavam-se diante de uma torcida que, resignada, na presente temporada apenas tinha a não-queda para comemorar.

Qual o melhor momento do tricolor no ano? A vitória diante do Atlético, o primeiro jogo contra o Inter na Copa do Brasil?

Para muitos foi essa festa de sorriso amarelo onde o Paraná conseguiu não cair mais do que seus dirigentes permitiram, mesmo com todo o esforço que fizeram. Na comemoração, o Paraná atingiu sua melhor posição no ano, o DÉCIMO-PRIMEIRO lugar.

Tal comemoração foi antecedida de comentários em alguns veículos locais sobre como o tricolor terá uma equipe modesta no ano em que comemorará duas décadas.

Tem motivos o apaixonado tricolor para comemorar?

Pessoalmente, só comemorarei quando o tricolor for gerido por profissionais ou ao menos por quem tiver compromisso com a entidade, permitindo que o futebol seja ao menos competitivo.

A quem de direito, parabéns pelo não descenso; conseguiram não envergonhar mais ainda a torcida tricolor!


Teu destino é vitória!


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Abre-jogo: Paraná Clube x Ponte Preta

Neste sábado, feriado em comemoração à proclamação da república, às 16hs20, no Estádio Durival de Britto e Silva, a “Vila “Capanema, o tricolor receberá a Ponte Preta, time contra quem, pelo primeiro turno, Comelli estreou com derrota por 3 a 1 em Campinas.

A arbitragem terá o comando de Célio Amorim, que será auxiliado pelos também catarinenses Carlos Berkenbrock e Claudemir Mafessoni, trio que já apitou outros encontros paranistas nesta temporada.

Os resultados de sexta-feira à noite ajudaram o Paraná Clube que, em caso de vitória, poderá até confirmar sua manutenção na segundona em 2009, pouco para quem em 2007 disputou a Libertadores de América, teve o artilheiro do Brasileirão, disputou a final do estadual e que em 2006 foi o time que surpreendeu a todos no país.

A partida de logo mais, no entanto, não será fácil, visto que a Ponte Preta precisa desesperadamente da vitória para tentar alcançar a última vaga ainda em aberto, para a primeira divisão de 2009.



Conheça um pouco do próximo oponente do Paraná Clube

A Associação Atlética Ponte Preta, de Campinas, é um dos times mais antigos do país, tendo sido fundada em 11.08.1900, mesmo assim, é conhecida (e seus torcedores sofrem com tal fato) por jamais ter conseguido conquistar um título importante de primeira divisão, mesmo dentro de seu estado.

O time assim se chama por ter seu estádio nas proximidades de uma ponte de cor preta. Outro vizinho, é o arqui-rival Guarani, que luta para figurar na Série B em 2009.

O único título da "macaca", mascote da Ponte, é o de campeão da segunda divisão paulista de 1969.



O momento dos times no Brasileirão

A Ponte Preta teve altos e baixos no certame e por vezes, levou a crer que não conseguiria disputar uma das vagas para a primeira divisão. Com bom trabalho, principalmente na parte final, Vagner Benazzi conseguiu dar à equipe um certo padrão de jogo que permitiu a mesma, diante de adversários mais frágeis, conseguir pontos importantes.

Atualmente ocupa a sexta posição com 54 pontos e ainda segue na luta para estar na divisão de elite na próxima temporada.

Dos últimos quinze pontos disputados, o time de Benazzi somou sete, tendo vencido as duas últimas em casa, por outro lado, o alento aos paranistas, é que a Ponte perdeu as últimas duas fora de seus domínios pelo mesmo placar, 2 a 1, diante de Avaí e Vila Nova.

A atual campanha lhe dá 51% de aproveitamento de pontos, dando o site “chance de gol” 8,1% de chances à equipe subir à primeirona ainda em 2008.


O Paraná Clube segue na sua via crucis para fugir do perigo de rebaixamento e vem de vitória épica diante do Gama, em penalidade convertida no último lance da partida. A recente campanha paranista lhe rendeu o apelido de “pomada”, pois funcionaria apenas para “uso externo”, visto que vem se complicando nos seus domínios, mas conseguindo pontos importantes fora de casa.

Dos últimos quinze pontos que disputou o tricolor somou apenas seis, todos fora de casa. Atualmente em décimo-terceiro lugar, o tricolor não tem mais chances de subir à primeira divisão nesta temporada. O site “chance de gol” diz que, sobre o rebaixamento, os tricolores têm 1,0% de chances que isso ocorra.

Com quarenta e três pontos, o tricolor tem um aproveitamento de 40%, o quarto pior ataque (43 gols) e uma das piores defesas (51 gols).


Sobre a partida, o site “chance de gol” diz que os locais têm 41,3% de chances de vitória, ficando 22,2%, para o empate e 13,5% para sucesso dos paulistas.


As equipes para a partida

Paraná Clube
Comelli deverá manter a equipe no sistema 4-4-2 para a partida de loco mais. Com Leandro fora por ter levado o terceiro cartão amarelo, Daniel Marques deverá formar a dupla de zaga com o bom Fabrício, que, pelas suas atuações, caiu nas graças dos torcedores.

O volante Pituca, expulso na última partida, abre uma vaga na proteção à zaga, que provavelmente será ocupada por Vagner, opção que não é unânime entre os torcedores.

Pimpão, que já atuou nesta temporada como ala, segundo-volante, meia e atacante, que teve boa apresentação diante do Vila Nova, poderá ser sacado da equipe para o retorno de Éder, avante mais “de frente”, o que talvez venha o tricolor necessitar neste momento, já que Leonardo, eterna esperança da equipe, segue sem condições de jogo.


Associação Atlética Ponte Preta
Benazzi apenas está preocupado em conseguir os três pontos para sua equipe, o que lhe permitiria ainda lutar pela última vaga na primeira divisão. Na meia cancha, Ricardo Conceição e Jairo disputam a vaga deixada por Bilica que, suspenso, não terá condições de jogo, por outro lado, André está liberado e deverá municiar Neto Baiano e a seu companheiro de ataque que poderá ser Leandrinho ou mesmo Marcelo Soares, este último “correndo por fora” para começar a partida.


As prováveis escalações

O Paraná Clube de Comelli deverá formar com: Mauro; Murilo, Daniel Marques, Fabrício e Rogerinho; Agenor, Vagner, Kléber e Giuliano; Ricardinho e Éder (Rodrigo Pimpão).

A Ponte Preta de Vagner Benazzi deverá entrar com: Aranha; Eduardo Arroz, Bonfim, Marinho e Vicente; Jairo (Ricardo Conceição), Deda, Renato e André; Neto Baiano e Leandrinho (Marcelo Soares).


O “caminho das pedras para o tricolor”

A Ponte Preta é uma equipe bem armada taticamente mas que, assim como a grande maioria das equipes da segundona, peca na qualidade individual dos seus atletas. Por precisar dos três pontos, dificilmente Benazzi deverá armar um esquema defensivo, priorizando o contra-ataque, ao contrário, a partida tem tudo para ser “franca”, devendo a tônica da mesma ser a de “ataque-e-defesa”.

O tricolor deverá usar de inteligência, aproveitando-se do fato de não ter alterações significativas na equipe que vinha atuando. Deverá, exatamente por isso, explorar incursões pela meia-cancha da “macaca” que terá o retorno de um meia recém liberado e um volante novo na equipe. A falta de entrosamento nesse setor da Ponte poderá ser explorada pelos laterais que deverão, junto com os meias, evitar que os volantes ou a própria zaga tricolor, seja a primeira linha de defesa da equipe.

O melhor caminho para o tricolor é fazer uma marcação forte na transição do oponente e, quando da roubada de bola, abrir com os laterais para já encaixar um contra-ataque, a exemplo como atua fora de casa.


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domingo, 9 de novembro de 2008

Pouco a fazer

O tricolor desperdiçou o ano de 2008, é fato. Com quatro partidas para o final do campeonato, o Paraná Clube ocupa a décima-quarta posição com apenas 39% de aproveitamento de pontos, pouco para quem disputou desde 1993 a elite do futebol nacional, considerando que, em 2000, na João Havelange, após ter vencido o módulo amarelo, participou dos “play-offs” finais.

Existem ainda doze pontos em disputa e o tricolor encontra-se a quatro pontos da “zona de rebaixamento”, encabeçada pelo Criciúma, a quem superou nos dois turnos, o que demonstra o quão importante é, num campeonato de pontos corridos, não perder pontos para times “de baixo”, pena que em 2007 não aplicou o conceito diante do América. Aqueles seis pontos fizeram falta.

A campanha de 2008 demonstra que o tricolor é das equipes que mais perdeu no certame (16), somente Criciúma, Gama (18) e o lanterna CRB (21), perderam mais do que o tricolor.

Com quarenta e um gols marcados o tricolor detém um dos piores ataques da competição, o que reflete diretamente na classificação.

Após um começo desastroso com juvenis disputando as duas primeiras partidas no estadual, com várias trocas de comando e com o elenco “atual” apenas definido na “virada de turno” (no momento em que o tricolor amargou sete derrotas seguidas), o Paraná ainda tem a inglória missão de tentar seguir na segundona.

As últimas “estações” da via-crucis paranista são: Gama (dia 11, fora), Ponte Preta (dia 15, casa), CRB (dia 22, casa) e Santo André (dia 29, fora).

Para 2008 o tricolor deve fazer o mínimo, manter-se na segundona; já, para 2009, tudo tem que ser revisto, a começar pelo comando, treinador e formação do elenco, o que apenas funcionará se quem de direito não olhar para o time com a mesma empáfia e desdém.


Teu destino é vitória!


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