quinta-feira, 30 de dezembro de 2010

Feliz 2011!

A todos os amigos que acompanham minhas colunas na www.paranautas.com, no www.bemparana.com.br, no jornal do estado; que me prestigiam na grande resenha esportiva da am 670, rádio globo (www.radioglobocuritiba.com.br) e na www.radioparanaclube.com.br, agradeço e envio os votos de um 2011 maravilhoso para todos e repleto de paz, saúde, felicidades e prosperidade.
A partir da primeira semana de janeiro este blog voltará a colocar as matérias referentes aos times da capital paranaense e sobre o esporte em geral, principalmente sobre os bastidores, não apenas no âmbito esportivo.
Grande abraço a todos, obrigado pelo carinho e atenção.

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segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

A geografia da segundona de 2011

Folga no futebol. No último final de semana ocorreu a última rodada da primeira divisão, definindo seu campeão, times que irão à libertadores e aqueles rebaixados.
Após mais uma edição, podemos dizer que felizmente está consagrada a fórmula de pontos-corridos, sendo esta meio mais justo de premiar as equipes de maior regularidade, permitindo que retornem à divisão de elite do futebol nacional.
A segundona de 2011 contará, portanto, com vinte equipes: as quatro rebaixadas da “A” em 2010 (Vitória, Guarani, Goiás e Grêmio Itinerante, hoje em Prudente); as quatro que vieram da terceirona (ABC, Criciúma, Ituiutaba e Salgueiro); e as doze que nem subiram nem caíram (Portuguesa, Sport, Paraná Clube, Bragantino, ASA, São Caetano, Duque de Caxias, Icasa, Náutico, Ponte Preta, Guaratinguetá, doravante em Americana, e o Vila Nova.
Assim sendo, a geografia da segundona de 2011 demonstra por região uma ampla supremacia do Sudeste (com nove equipes), seguida pelo Nordeste (sete equipes). O Sul e o Centro-Oeste contam com duas equipes cada.
No critério estadual, São Paulo lidera com sete equipes, seguido de Pernambuco com três e Goiás com duas. Com um representante cada, aparecem Paraná, Santa Catarina, Minas Gerais, Rio de Janeiro, Bahia, Rio Grande do Norte, Alagoas e Ceará.
Diante do apresentado podemos tirar algumas conclusões: A região norte está em queda, vez que não tem nenhum representante. A dupla Gre-Nal sacramentou o domínio no Rio Grande do Sul, visto que esse estado não tem nenhum outro representante na primeira ou na segunda divisão. São Paulo demonstra sua supremacia econômica, dominando as primeiras divisões nacionais.
Um ponto a ser pensado é o “efeito nordestão”, visto que muitas equipes dessa região passam a povoar o cenário nacional, até pela renda auferida no seu campeonato regional, algo a ser pensado para as equipes sem calendário durante o ano noutras regiões.
Mesmo sem a presença de nenhum campeão nacional (Salvo o Sport, campeão contestado), a segundona de 2011 terá equipes com tradição nessa competição, como o Paraná (também bi-campeão da segundona), além de Ponte Preta, Portuguesa, Vitória, Náutico, Criciúma, São Caetano, Guarani e Goiás, promessa de campeonato de primeira!

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quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

Tente outra vez

A letra da canção de Raúl Seixas bem que poderia ser cantada pelos dirigentes paranistas. Em todas as temporadas desde a queda em 2007 (ano em que disputou a Libertadores) o Tricolor por algumas rodadas assustou seus torcedores tendo, em algum momento flertado com o rebaixamento, sem jamais, ao término da competição, ter figurado em posição que não fosse intermediária.

Em 2008, o Tricolor finalizou o certame apenas na décima primeira posição com quarenta e nove pontos, catorze vitórias, sete empates e dezessete derrotas; quarenta e nove gols pró, cinqüenta e quatro contra e saldo de menos cinco.

Em 2009, o Paraná melhorou um pouquinho e acabou o ano em décimo lugar com cinqüenta e três pontos, as mesmas catorze vitórias, onze empates e treze derrotas. Fez mais gols que no ano anterior, cinqüenta e um, mas como sofreu cinqüenta e seis, manteve o saldo de menos cinco, com quarenta e seis e meio por cento de aproveitamento de pontos.

Na atual temporada o Tricolor apenas fingiu que melhorou. Embora tenha pulado para o sétimo lugar, somou os mesmos cinqüenta e três pontos. Venceu quinze (uma a mais), empatou oito e perdeu quinze. Teve um tímido ataque, marcando apenas quarenta e sete gols (o menos efetivo desde a queda) mas por outro lado, sofreu apenas quarenta e quatro, obtendo, enfim, saldo positivo, de três gols com aproveitamento de pontos idêntico ao de 2009.

Resta saber se o Paraná de 2011 será novamente um coadjuvante no cenário nacional, limitado pelos reflexos das péssimas gestões anteriores e das políticas de parcerias e contratações ou ainda se irá sofrer do mal da impontualidade salarial, a maior vilã do não regresso à primeirona. A esperança é de que, com salários em dias e um elenco enxuto o Tricolor possa retomar seu lugar nacionalmente, voltando á elite e ao menos, mesmo com as mencionadas limitações, ser competitivo.

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segunda-feira, 22 de novembro de 2010

Experiências em campo


A participação do tricolor na segunda divisão de 2010 já está definida. Se por um lado o Paraná Clube (que chegou a liderar o certame na parada da Copa do Mundo) não corre riscos de queda, tampouco tem mais possibilidades de regresso à primeira divisão nesta temporada, restando ao tricolor apenas melhorar sua posição na tabela ou conquistar mais pontos em relação aos anos anteriores.
Apesar das restritas perspectivas nesta temporada, Roberto Cavalo corretamente se antecipou e já vem utilizando as partidas restantes para testar táticas e jogadores. Assim, o treinador paranista (que renovou até o final de 2011) lançou o garoto Kelvin e o lateral-esquerdo Henrique, bem como promoveu o ingresso, no time, do bom meia Fernando Gabriel e do volante uruguaio Javier, isso além de organizar a equipe num 4-4-2, já prevendo a perda de alguma das importantes peças defensivas do tricolor.
Esses “testes” em partidas que a nada levam, valem para verificar a atuação dos atletas em condições de jogo. Espero realmente que não mais o tricolor se utilize do estadual para “montar um time”. Com as peças que ficarão, Roberto Cavalo poderá muito bem ter um time competitivo, sem ter que inventar nas partidas válidas pelo paranaense.
Falando em inventar, alguém precisa chegar no treinador paranista e informar ao mesmo a não mais substituir um ala por um avante, a exemplo do que aprendera com Ney Franco no Para-tiba. Esse expediente tático apenas surte efeito em condições especiais e com atletas capazes e polivalentes, o que, convenhamos, nem de perto é o caso do limitado Somália, uma inexplicável insistência dos treinadores paranistas.
Fazendo o básico, sem inventar, colocando atletas nas suas respectivas posições e tratando o estadual como competição séria, a qual o tricolor não vence desde 2006, Roberto Cavalo poderá chegar forte para a disputa da segundona de 2011.

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segunda-feira, 15 de novembro de 2010

Teremos desculpas em 2011?

Em 2007 quando o tricolor caiu mesmo tendo o artilheiro do campeonato não faltou quem viesse com a besteira de que a “culpa” foi dos seis pontos perdidos diante do América de Natal, equipe a quem se credita hoje, em 2010, a “não-subida” vez que, com esses seis pontos o Paraná estaria a apenas um ponto do G4.
Aos amigos conto algo que não deveria ser segredo: O Paraná de 2007 não caiu graças ao América e, neste ano, não deixou de subir pelo mesmo motivo. O mal que vem acometendo o tricolor é interno e recentemente chegou a transbordar a ponto de não conseguir a entidade cumprir com seus compromissos financeiros.
Não me venham dizer que os atletas jogaram todas as partidas com cem por cento de dedicação. Não se subestima a capacidade intelectual do torcedor dessa forma. O apaixonado tricolor sabe bem dizer quem honrou a camisa e os compromissos e os atletas que não responderam a contento devem ser dispensados.
Os problemas extra-campo comprometerem o regresso do tricolor à primeira divisão nesta temporada e não encarar isso de frente para cortar pela raiz os problemas é ato cego, aliás, hipócrita.
Mas como esperar que atletas não pagos resolvam em campo reflexos de questões administrativas que se perpetuam?
E ano que vem poderá o torcedor paranista ficar despreocupado com o tema? Poderão os dirigentes do futebol tricolor apenas pensar na formação do time sem ter que apagar incêndios a cada momento?
E o passado financeiro do tricolor. Irão o passivo trabalhista e os empréstimos de “notáveis” comprometer a capacidade de pagamento da entidade?
O Paraná precisa aproveitar este final de ano e limpar toda a sujeira que por anos jogaram sob seus tapetes. Somente com responsabilidade administrativa e salários em dia poderá o tricolor retornar à elite e nela se manter.

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sábado, 6 de novembro de 2010

E o amanhã?

Responda quem puder: como será o amanhã?
Não que esteja já me animando com o final do ano, mas sim preocupado com o ritmo do tricolor. Ainda com parte dos vencimentos atrasados, os jogadores parecem ter assumido a máxima de algo fazer em casa à distância, manifestar-se com pouco futebol, até porque a equipe não corre mais riscos de subir ou descer.
E o amanhã de Cavalo, como será? Conseguirá fazer com que a diretoria ceda à pressão e o mesmo fique até o final de 2012? Não sei sinceramente se seria essa a melhor opção para o tricolor.
Cavalo vai bem no Paraná. É fato. Aliás, vai infinitamente melhor do que noutros lugares por onde tem passado. Mas as recentes invenções, escalações e alterações, dão margem a questionamentos. Particularmente, preocupo-me com a insistente mania de, após o paratiba, substituir laterais por avantes, a exemplo do que Ney Franco fez nessa partida. Cavalo após esse embate, em todas as partidas procedeu de tal forma e convenhamos, não foi feliz.
Sou partidário de que substituição não é expediente obrigatório mas sim, opção do treinador para repor lesionados, amarelados em “perigo de expulsão”, proporcionar nova orientação tática e, ganhar um tempinho ao final da partida. E só.
Trocar por trocar, ainda mais, as três oportunidades, quando não se tem confiança nos suplentes, é expediente perigoso que, ao invés de contribuir, atrapalha.
Espero que no “amanhã de 2012” o América de Natal não estará na mesma divisão do Paraná, que Cavalo seguirá limitado e espero, que o tricolor honre sempre com seus compromissos junto a funcionários e atletas, para evitar “corpo mole” e “greve branca”.


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segunda-feira, 1 de novembro de 2010

Time de fases

Na atual temporada, após uma participação desastrosa no estadual (a exemplo de todos, desde 2006 - último título do tricolor), o Paraná Clube chegou a liderar a segundona e após problemas extra-campo, caiu vertiginosamente até a vinda do atual treinador Roberto Cavalo.
Com Cavalo (e alguns dos atrasados em dia) o tricolor retomou seu caminho, afastou-se da zona de rebaixamento e até venceu algumas fora de casa.
Assim, com alguma esperança em se aproximar do G-4, o Paraná receberia o Bahia em confronto de seis pontos sendo que, em caso de vitória, embalaria para enfrentar em casa outro rival direto, o América mineiro.
A derrota pelo placar mínimo contra o tricolor nordestino frustrou um dos melhores públicos do ano na Vila Capanema.
Pior que o resultado foi o que se viu depois: Juninho (o goleiro vendido por um real em sites da internet, pelas torcidas por onde passou) atacou a falta de presença do presidente junto aos atletas (como se isso fosse uma responsabilidade exclusiva do maior comandante tricolor) e concluiu dizendo que alguns atletas levaram à campo problemas de fora, trazendo novamente à tona a questão da impontualidade salarial. Pena que a agilidade ao disparar não o tivesse ajudado a evitar o gol baiano.
Na coletiva, outro vacilo, agora de parte da imprensa que, mal interpretando o depoimento de Carlão (fugindo ao propósito de informação apurada e responsabilidade que deve nortear também a imprensa esportiva), criou um mal-estar no comando do tricolor, situação já superada pela cúpula paranista.
Olhando para o calendário do Paraná, percebe-se que o ano de 2010 já passou, afinal, caso atue apenas “pró-forma”, o elenco tricolor não deverá mais correr riscos de subir ou cair.
Está, portanto, decretada a “fase 2011” do Paraná Clube e, por tudo o que a recente história tricolor conta, elementos do planejamento para a próxima temporada (incluindo o estadual de 2011) já deveriam estar sendo praticados, sem as tradicionais desculpas da “fase” ou do “momento”, sob pena de novamente, fazer-se o necessário, após somente a troca de calendário.

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sábado, 30 de outubro de 2010

Despropósito

A derrota diante do Bahia marcou a saída do tricolor da luta pelo regresso à primeira divisão em 2010. A perda de três pontos para um adversário direto pelo acesso importou na primeira derrota de Cavalo no comando do Paraná em 2010 e ainda, no final dos catorze jogos de invencibilidade do treinador paranista, somadas as campanhas deste ano e do anterior.
Só pelos fatos acima a partida já ficaria negativamente marcada, no entanto, outros fatores também macularam a partida em tela, salva apenas pelos mais de cinco mil presentes: a declaração de Juninho e o agir irresponsável de determinada emissora de rádio.
O goleiro Juninho, um dos líderes (no bom e no mal sentido) do grupo, talvez pessoalmente afetado pela falha no gol sofrido, saiu do campo atirando para todos os lados. O guarda-metas (que quando sai vitorioso comemora) aparentemente buscou transferir a responsabilidade do resultado à “falta de presença do presidente”, informando ainda que alguns jogadores (incluindo talvez a si mesmo) estariam levando problemas de fora do campo para dentro, batendo na mesma tecla dos salários.
Todos sabem da situação paranista mas, a partir do momento em que o atleta entra em campo, presume-se que o mesmo fará o melhor que puder até para enaltecer sua carreira e ter outras possibilidades. Soou no mínimo estranha e inadequada a transferência de responsabilidade, até porque o departamento de futebol tem responsáveis que fazem as vezes da presidência. A impressão é a de que o arqueiro evocou o fato para diminuir sua responsabilidade.
Pior que isso ocorreu depois. Na entrevista coletiva, Paulão deu indiretas a pessoas de fora que vêm perturbando a ordem do clube. Maus entendedores (talvez intencionalmente ou mesmo equivocadamente, na senda do depoimento de Juninho) interpretaram que havia naquele momento uma desavença entre este e a presidência. Ato contínuo, ligaram ao presidente e mal informando o teor da coletiva, criaram uma tensão entre o comando paranista.
Sou testemunha do depoimento de Juninho pois narrei a partida e o depoimento foi colhido por Heros Sandanha (nosso repórter de campo) além de mais dois repórteres.
Ouvi e transmiti a coletiva inteira, onde Paulão afirmou ao final que “alguns paranistas teriam desamparado o presidente” (em ato solidário ao maior comandante tricolor).
Após esse momento, saí indignado das sociais com o Maneco (colega da “Grande Resenha Esportiva”), com quem fui, até o estacionamento, comentando sobre o depoimento do goleiro e o teor da coletiva.
Entro no carro e, ao lado do portão de saída, vejo Paulão. Paro o carro, começamos a conversar. Junta-se à nós o Irapitan e, em determinado momento alguém passa e pede para que escutemos a entrevista de uma determinada rádio com o presidente. Ouvimos todos (incluindo Cavalo, que parou o carro ao lado) a forma como essa emissora conduziu a entrevista, direcionando ardilmente os questionamentos, deturpando o que Paulão disse na coletiva.
O presidente, naquele momento, deixou-se pouco levar mas acabou conduzindo, até pela surpresa, a situação.
Claro que salários devem ser pagos pontualmente. É o mínimo que se pretende. Fica claro o resultado das recentes más gestões financeiras que tanto politicamente buscaram enaltecer. E nesse cenário, vê-se a força e o caráter de parte do elenco, inclusive de Cavalo. E nesse momento delicado, onde o tricolor precisa de todos do lado, busca parte da imprensa tumultuar o cotidiano.
Pessoas ligadas à imprensa sabem muito sobre as mazelas dos outros times da Capital, no entanto, ninguém fala nada, ao contrário, preferem reuniões, jantares e alentar falsas personalidades. Já com o Paraná, existem publicações que abordam semanalmente, como a uma novela, as questões financeiras do Clube. Chegaram até a tratar um garoto de dezessete anos como mercadoria e agora, chegou-se ao cúmulo de distorcer o teor de uma coletiva. Sob qual intenção?
Estou do lado de Paulão e do Aquilino, por estarem do mesmo lado. Apóio Roberto Cavalo, quem corre pelas cores paranistas, quem sabe que as coisas vão melhorar. Estou do lado da imprensa sadia que aborda temas sem interesses e sem a intenção de criar notícia, estou do lado do jogador que entra em campo respeitando suas cores, daquele que entende o momento e que aproveita a oportunidade de entrar em campo por uma equipe tradicional e assim, mostrar ao país o seu futebol.
Sou contra a malícia, o despropósito, o oportunismo e a falsidade. Sou a favor do paranista, do futebol como deve ser, dentro dos princípios ensinados por meus pais.
E depois de sexta, sou a favor de Thiago com a “um” do Paraná.

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segunda-feira, 25 de outubro de 2010

Perspectivas tricolores

Desde que caiu em 2007, o Paraná acabou uma rodada completa acima do décimo-primeiro lugar (melhor posição obtida por Cavalo em 2009) apenas no início da atual segundona, sob o comando de Marcelo Oliveira. Atualmente o tricolor está na parte de cima da tabela, ocupando por ora, o décimo lugar com quarenta e três pontos.
Olhando para a classificação o torcedor paranista, mais tranqüilo, já se vê longe da Zona de Rebaixamento, estando a dez pontos (e três vitórias) do Ipatinga, logo, praticamente fora de perigo.
Ao olhar para o G4 o apaixonado tricolor olha para o América mineiro a apenas nove pontos e, como tem contra este (e contra o Bahia, terceiro, três pontos acima) confronto direto na Vila Capanema, ainda se permite a sonhar com o regresso à primeira divisão ainda nesta temporada.
Com os pés no chão e sem muita fantasia, o torcedor paranista pode até realmente acreditar nessa possibilidade, afinal, ainda faltam sete rodadas e, dos vinte e um pontos em disputa, caso o tricolor vença os dois confrontos-diretos em casa, terá cinco partidas (quinze pontos) para, no máximo, tirar seis.
Após os referidos confrontos o Paraná viajará ao Rio Grande do Norte para enfrentar o América, oportunidade na qual buscará a afirmação de candidato ao G4. Após, receberá o cambaleante São Caetano na Vila Capanema e irá à Arapiraca para enfrentar o ASA.
Na penúltima rodada o tricolor se despedirá da sua torcida diante do Bragantino e partirá a Floripa para definir sua sorte diante de um provavelmente já classificado Figueirense.
Diante do exposto, caso o tricolor some seis pontos diante de América e Bahia, poderá muito bem estar em boas condições na última rodada, mantendo tal desempenho diante de equipes menos “complicadas” e, com a possibilidade ao seu lado, devolver a derrota em casa diante do Figueirense.
Claro que as outras equipes pontuarão mas, pelos confrontos que tem diante de Bahia, América(MG) e Figueirense, o Paraná pode sonhar com o regresso à primeira, no entanto, tem que pavimentar a senda desse sonho contra esses adversários e não amolecer contra os outros quatro.

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segunda-feira, 18 de outubro de 2010

Esperança enquanto há vida

Faltam nove rodadas para o término da segundona. Logo, ainda estão em disputa nada menos do que vinte e sete pontos, o suficiente para alçar à glória alguém da linha intermediária ou mesmo para tirar do rebaixamento qualquer equipe.
Dentre a possibilidade e a realidade existe um grande abismo, no entanto, existem alguns exemplos recentes e interessantes de sprints. Podemos citar dentre eles o milagre do Fluminense de Cuca em 2009, onde a equipe, nas nove rodadas finais, abandonou a ZR empurrando para lá outros oponentes. Além desse, o Flamengo em 2009 atropelou no final e herdou o título visto que seus rivais tropeçaram na chegada e assim, foi líder apenas nas últimas duas rodadas, vencendo o certame. O exemplo mais recente talvez seja o do Grêmio neste ano, sendo a melhor equipe do returno e já se aproximando da vaga para a Libertadores.
O aproveitamento de pontos desde que Cavalo retomou o tricolor é de 77,77%. Foram duas vitórias em três partidas, melhor, sem sofrer gols, fato que não vinha acontecendo desde o início da segundona.
Melhor que isso é “emendarmos” tal período com o final da passagem de Cavalo em 2009, onde teve esse dez jogos de invencibilidade, embora tenham sido sete empates e três vitórias.
O ponto é que, já distante da ZR, o tricolor, embora esteja a treze pontos do Bahia (último classificado), tem diante desse um confronto direto, o que, em caso de vitória, poderá diminuir a diferença para dez pontos.
Mesmo assim, ainda seriam dez pontos para serem tirados em oito rodadas, em vinte e quatro possíveis.
No entanto, enquanto há vida, há esperança e no mínimo, o tricolor tem que colocar seu futebol em campo. Os resultados nos próximos confrontos diante de Bahia, Náutico e Coritiba confirmarão ou não o eventual sprint tricolor e convenhamos, nada melhor do que um time comandado por Cavalo para atropelar na reta de chegada, como se diz no turfe.

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sábado, 9 de outubro de 2010

Cavalo, cavalinho ou alazão?


O treinador Roberto Cavalo é um velho conhecido da torcida paranista. Em 2009 o treinador assumiu o tricolor e fez uma campanha no mínimo digna, afastando a equipe do rebaixamento e a deixando no meio da tabela.
Talvez e apenas por isso Cavalo tenha sido reconduzido ao comando diretivo do tricolor que, sob o comando de Marcelo Oliveira não mais conseguia render.
Mas é Cavalo elemento suficiente para evitar que o Paraná se complique na tabela e consiga ao menos figurar dentre os participantes da segundona de 2011?
Acredito que sim, afinal, com salários em dia o elenco do tricolor já mostrou que rende melhor.
O que fica em análise é a capacidade de Cavalo em ser um vencedor vez que o saudosismo por esse treinador não passa de mera ilusão. Sob seu comando em 2009 o tricolor chegou a conquistar uma invencibilidade de dez partidas. Isso pode parecer muito mas ao colocarmos números, temos sete empates e três vitórias ou seja, nesse período tão comemorado o tricolor apenas esteve à frente daqueles contra quem disputava a não-queda, afinal, dezesseis pontos em trinta possíveis representam o aproveitamento de 53,33%, o que ainda não seria suficiente para o retorno à divisão de elite. Lembremos ainda que nas partidas restantes esse índice caiu face as derrotas da equipe.
Se por um lado o tricolor não corra risco de queda com esse aproveitamento a partir de agora, por outro, para maiores pretensões, Cavalo não parece ser o nome adequado e por isso talvez a responsabilidade do comando paranista devesse ter ficado à cargo de alguém que faça um projeto para 2011 e não apenas para um “bombeiro”.
Os números de Cavalo este ano em nada alentam ao torcedor tricolor, muito pelo contrário. O colunista Jack em sua pesquisa recente trouxe que neste ano, no Mixto (MT), Cavalo em seis jogos perdeu quatro e empatou dois (11,11% de aproveitamento). O treinador em seu time seguinte (Vila Nova), de seis partidas perdeu quatro, empatou e venceu uma (22,22% de aproveitamento).
Logo, fica o alerta de que, se Cavalo mantiver o aproveitamento de Mixto e Vila Nova no Paraná, a equipe paranaense certamente disputará a série C em 2011. Caso Cavalo siga a senda da empatabilidade de 2009, o tricolor, a duras penas, seguirá na atual divisão.
Apesar de todas essas considerações o torcedor pode ainda ter uma esperança: seguindo uma feliz nova linha de postura, Cavalo parece ter montado sua equipe num 4-3-3, o que demonstra talvez o “repensar” na carreira e mesmo no projeto do tricolor. Apenas treinadores ousados que buscam a vitória a cada momento conseguem ter algum êxito.
Que Cavalo tenha êxito em sua nova empreitada e que não se acovarde. Que siga buscando o caminho da vitória e assim, o de um melhor futuro para o tricolor. Que o Cavalinho de Mixto e Vila nova, assim como o Cavalo de 2009 no tricolor sejam passado e surja, para o país, um belo alazão, atropelando seus adversários e adversidades.

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sábado, 2 de outubro de 2010

Pausa para pensar

A atual fase do tricolor não é das melhores. Após ter liderado a segundona, o Paraná Clube viu-se num emaranhado de situações e, em decorrência disso encontra-se em queda-livre.
Salários e direito de imagens atrasados, venda de jogadores-chave para conseguir pagar o elenco, passivo trabalhista, debandada de alguns revolucionários, enfim, muitos temas passíveis de pauta assolam o cotidiano tricolor.
De um lado, aparentemente cansados e sozinhos, Romani e Guto, como apoio de Trombini, tentam de todas as formas agüentar firme a situação que já afastou, por problemas de saúde, Aramis Tissot do front.
Outra baixa (esta anunciada) é a do treinador Marcelo Oliveira, o único que, desde a queda em 2007, conseguiu levar o tricolor acima do décimo lugar na segundona. No entanto, os problemas acima acabaram minando o mineirinho e sua permanência no comando tricolor ficou prejudicada.
Pior ainda parece ser a falta de perspectiva para torcedores, sócios e dirigentes. Fala-se até na irresponsabilidade absurda de uma “terceirização” do departamento de futebol. Quem terceiriza, outorga para outrem a responsabilidade sobre algo e entendo que isso não deva ocorrer.
O futebol recente está cheio de exemplos de más parcerias e de descaracterização de entidades esportivas graças a terceirizações, temos até um Grêmio itinerante como exemplo. As más parcerias do passado recente tricolor devem ser tomadas como exemplo para que novas e melhores sejam assumidas, sem nunca, no entanto, ceder o comando do departamento de futebol, afinal, a responsabilidade cabe a quem fora eleito para tal.
A terceirização afasta o futebol do seu torcedor. Os empresários visam dinheiro e não títulos, isso tem que ficar latente para todos.
Não é hora de atropelos, mas de calma, serenidade. O tricolor precisa respirar, deixar obrigações laborais em dia sem vender sua alma e, do jeito que for, manter-se na segundona para, com responsabilidade e profissionalismo planejar já o Paraná Clube não apenas de 2011, mas do futuro, sem precisar outorgar a terceiros, alheios aos interesses institucionais, o comando do seu futebol.

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sábado, 25 de setembro de 2010

O que era pra ser melhor...


O Paraná que começou o campeonato brasileiro enfrentou nas cinco primeiras rodadas a Ipatinga, Ponte Preta, Santo André, Duque de Caxias e Vila Nova. Aquele time que seria o líder da segundona na parada da Copa do Mundo, tinha somado doze pontos em quinze possíveis, marcado doze e sofrido dois gols.
Após o fiasco do tricolor no retorno do certame, a promessa era a de que o Paraná retomaria seu caminho à série A no returno. Como a época sugere, parece essa ter sido promessa de campanha política.
O time da Vila Capanema no returno, diante dos mesmos rivais somou apenas oito pontos, tendo marcado e sofrido oito gols.
A diferença entre o “primeiro Paraná” e este que luta para seguir na mesma divisão, diante dos mesmos rivais, é de quatro pontos e, no saldo, de dez gols pró.
Para muitos os números não explicam fatores como a forma de jogo. Concordo, no entanto, não podemos desprezá-los visando mascarar o elemento onde o tricolor mais caiu, a postura em campo.
Aquele time do início da competição postava-se à frente, buscava o gol adversário; este, preocupa-se apenas com o não-perder, comprometendo quaisquer pretensões para figurar no G-4 ao final do torneio vez que desperdiça pontos irrecuperáveis, ao menos em tese.
Digo isso pois a partida diante do Sport é crucial para a retomada tricolor; afinal, no primeiro turno, o Paraná sucumbiu para o então time de Cerezo. Assim sendo, uma vitória na Vila Capanema deixaria a campanha do tricolor no segundo turno a apenas um ponto de diferença daquele time que encheu o torcedor de esperança.
Aparentemente a equipe encontra-se melhor postada, com os três zagueiros abertos, os volantes marcando no campo adversário, encurtando o espaço dos mesmos. Com Aquino e Lima bem, e com Wanderson entrando no jogo, pode o tricolor surpreender ainda mas precisa melhorar sua postura durante os noventa minutos, evitando principalmente os apagões do seu sistema defensivo, o que pode ocorrer com a saída do limitado Chicão para o ingresso de Fransérgio.

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segunda-feira, 20 de setembro de 2010

Parar, pensar e aprender

O futebol apresentado pelo Paraná Clube desde a queda em 2007 não convence seu apaixonado torcedor.
Com um pouco de responsabilidade histórica vemos que o tricolor, desde o pentacampeonato, teve destaque em poucas oportunidades: no bicampeonato de 2000, no estadual de 2006 e na classificação à Libertadores de 2007.
Parte da explicação do recorrente baixo rendimento paranista passa por situações que assolam não apenas o tricolor, mas algumas entidades há tempos: incertezas administrativas, falta de profissionalismo no futebol, participação de empresários junto ao comando, pouca presença da torcida entre outras; além disso, pode-se dizer que a cada ano os problemas não resolvidos, potencializam-se na temporada seguinte.
Para que o tricolor escape dessa queda livre, alguns atos poderia tomar como por exemplo o de antecipar a mudança estatutária instaurando o profissionalismo como forma de gestão. A bem da verdade, somente com o levantamento das atuais pendências visando negociá-las com responsabilidade e amparado com a participação massiva de toda sua torcida poderá o tricolor retomar seu rumo.
Com a atual forma de gestão onde administradores se perpetuam numa “cadeira de cargos” e com o passivo da entidade cada vez mais comprometido a “via crucis” paranista tende a continuar. Atualmente o tricolor encontra-se a apenas três pontos da zona de rebaixamento, isso numa temporada onde chegou a liderar a competição. Nada surpreendente, afinal o tricolor caiu em 2007 com o artilheiro do campeonato, Josiel.
A administração da “boa intenção” tem que ser banida enquanto há tempo. Por mais que sejam algumas lideranças bem intencionadas, seus inócuos resultados não podem mais adiar a retomada paranista. É hora do profissionalismo, da administração com responsabilidade, adequada aos tempos e necessidades atuais. O tricolor deve aprender com os exemplos de Santa Cruz, Remo, Paysandú e mais recentemente, Juventude.


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sábado, 11 de setembro de 2010

Paraná e Ponte Preta

Sete e meia da noite. Entro no carro, saio de casa, espero o portão fechar e me dirijo à Vila Capanema. Lá chegando, muitos guardas; torcida, mais até do que esperava. Após uma garrafa de litro de energético você fica impaciente para a partida começar. Vê as gralhetes, os amigos da imprensa, a própria equipe.
Aberta a jornada, ainda em seu início, após os comentários iniciais do Ayrton Assunção, Heros Saldanha se aproxima de Marcelo Oliveira e ele, para nossa alegria, declama que Kim e Murilo jogarão como alas de verdade.
Até duvidei disso no início mas, como não perco jamais as esperanças na redenção...
O Paraná começou maravilhosamente bem. Kim quase surpreendeu ao adiantado Eduardo Martini. O Paraná foi pra frente e, em seu terceiro ataque consecutivo e perigoso (aos 6’35’’), Murilo abriu o placar após jogada com boa participação de Kim.
Notícia essa quase tão boa quanto o segundo gol (24’00’’) que saiu em rara participação de Wanderson para Aquino.
A impressão que tivemos foi a de que o Paraná parou de jogar aos 35’00’’. Por algumas oportunidades a bola ou atravessava a área tricolor ou ficava “viva” dentro da mesma, tendo a intervenção salvadora ocorrida no último instante.
Dissemos na transmissão: “a zaga está se complicando”.
Não se precisava ser Bidú para perceber alguns pontos no que tange à forma de jogo paranista.
Qualquer time que joga pelos flancos e empurra seu adversário do seu campo, marcando a saída, compromete a qualidade de saída de bola do mesmo que passa a errar passes e abusar das faltas. Isso é básico no futebol.
Ainda antes do primeiro gol o tricolor adotou postura coletiva (não tática) de jogar pelos lados do campo, aproveitando-se pouco (após o segundo gol) do fato do lateral Gérson ter que abandonar o campo por lesão ainda no começo. Nesse momento, Moacir entrou bem, atuando pelo campo inteiro. Jorginho então orientou o pendurado Josimar para não subir muito, passando Guilherme para o lado direito, ficando Pirão protegendo Naldo e Leandro Silva.
Quando a Ponte encaixou a marcação, voltou a sair pro jogo e aí constatou-se que o Paraná Clube não apenas carece de orientação tática quando da posse da bola como, quando sem ela, alguns jogadores atuam mal-orientados.
Num sistema com três defensores e alas abertos, os volantes são fundamentais para a proteção não apenas da área como para a cobertura dos alas. O problema é que o homem-de-sobra tricolor (Diogo, que leva um cartão amarelo por jogo) ou estava num infeliz dia ou não sabe atuar dessa forma.
Após algumas “batidas de cabeça” defensivas, em jogada ensaiada (outra coisa que inexiste no Paraná) após batida de escanteio, os defensores “saem” ficando o homem-da-sobra de “mano” com o avante deles dentro da área. Giro feito, corte feito... chute inevitável.
Após o gol, o tricolor ainda algo tentou mas claramente demonstrava o golpe.
Na saída para o intervalo, Heros interpelou alguns jogadores que diziam que o time estava certo atrás e que o gol foi um deslize.
Aquino claramente sentia. Mesmo assim retornou. Mesmo com Bocão no banco(titular em algumas partidas no ano), Oliveira preferiu colocar o inacreditável Somália ao invés de assim proceder e recuar William a sua originária função. Depois na coletiva o treinador paranista “lavou as mãos” dizendo que era o que ele tinha, demonstrando preferir um atleta lesionado a colocar uma de suas opções. Pergunto: Na base paranista não existe ninguém num momento mais feliz que o Somália?
O que eram alas viraram laterais e o time do Paraná cedeu, como numa disputa por terra, seu campo ao oponente. Era flagrante a orientação do limitado Chicão de marcar individualmente, nem que para isso abandonasse sua posição. Detalhe: caberia à ele, Chicão, a cobertura por zona de Kim. Nesse momento, Jorginho demonstrou que não à toa tem um time com pretensões de subir mesmo sem estrelas e, com um atacante a mais (Kieza, bom jogador), empurrou o tricolor a ponto do volante Guilherme, improvisado, na direita, entrar por três vezes na área paranista.
Com alas que não atacavam, Wanderson perdido e sem ânimo na segunda etapa; Chicão abandonando o posto e uma sobra que ia pro combate, o gol da equipe de Campinas foi inevitável, tendo ocorrido aos 60’00’’ (15’).
A partir desse momento o colapso defensivo paranista era mais do que evidente e por uma felicidade a partida acabou empatada.
O embate entre o Paraná Clube e a Ponte Preta pode servir como uma bela lição sobre os pontos fortes e fracos do tricolor. Como ponto forte, mesmo sem um treinador de primeiro nível, seu limitado elenco pode, atuando responsavelmente, sem medo de jogar feio, atacando pelos flancos sem desguarnecer a proteção a zaga, vencer qualquer oponente da divisão que disputa. Como ponto fraco, sem empenho dos atletas, já que não conta com uma supervisão tática e nem peças adequadas, pode sucumbir a qualquer time de sua divisão.
O Discurso de Oliveira na coletiva é o do“Pilatos politicamente correto”. O treinador que não vibra e, com mãos aos bolsos, inerte, vê sua equipe tomar uma virada em casa, alega “não ter peças”, que “faz o que pode com o que lhe dão” e que “cada um tem que assumir a culpa como parte do grupo.
Ao enxugar gelo diante dos microfones, Oliveira esquece que cabe ao ofício de treinador, orientar taticamente sua equipe além do que se faz formalmente. Olvida-se Oliveira de que a saída de bola é requisito tático básico para melhorar o ataque; ao apresentar a grande maioria de saídas do ataque para a defesa em saídas diretas de seu arqueiro, a equipe fica refém da segunda-bola, que não se tem com um armador que não se movimenta taticamente e com um volante que fica na “individual”, ainda mais com dois “alas” e um na sobra.
Um time que se preza tem que ter repertório, por mais limitado que seja e não pode apostar na loteria de um rebote ou erro adversário; prova disso é que, o time, quando sai pelos flancos, complica seus também frágeis oponentes.
Não pensem que sou crítico ferrenho de Oliveira. Discordo apenas de sua visão em alguns pontos. Vendo os últimos treinadores que passaram pelo Paraná, facilmente constatamos que seus aproveitamentos importavam na ordem de vinte e cinco a trinta e cinco por cento de aproveitamento de pontos. Oliveira veio com 55%. Mais que seus antecessores, menos do que suficiente.
Esse é o Paraná de 2010. Suficiente para não cair, longe de estar apto para subir. Um time de cinquenta, cinqüenta e cinco por cento no máximo. Para subir uma equipe precisa de mais de sessenta por cento de aproveitamento de pontos.
Entendo que para o Paraná é melhor um Oliveira doutrinado, receptível a constatações do que outro aventureiro com aproveitamento da ordem de vinte por cento de aproveitamento de pontos. Entendo que a troca, nesta temporada, não seria em nada salutar.
O campeonato de pontos corridos é, na verdade, o de pontos não-perdidos. Pontos perdidos não poderão mais ser recuperados. Logo, nessa conta, pode-se dizer que o tricolor ganhou os seis que disputou contra o Ipatinga (duas vitórias), mas perdeu cinco para um adversário direto (Ponte Preta). Diante do frágil Santo André, saberemos quais as reais pretensões paranistas.
Acredito que apenas uma postura compromissada com a causa poderá permitir que o tricolor retorne à elite do futebol ainda nesta temporada. A cada rodada vejo escapar pontos irrecuperáveis, muitas vezes de forma inacreditável.
Entendo o discurso “oficial” mas não tenho como, com esse, coerentemente concordar. O tricolor tem recursos limitados. Tem sim, é fato. Mas ignorar que seu comando passa pelas mesmas limitações é oficializar o politicamente correto, coisa que o torcedor e o cronista responsável não pode jamais fazer.
O Paraná já teve outros tempos difíceis e elencos também limitados mas encontrou formas de fazer esses times jogarem. A concepção tática de 2006 era um exemplo disso e, sem armador, Barbieri (com um elenco melhor que o atual, é verdade) conseguiu montar uma equipe que saía pelos flancos, com forte proteção à zaga até por liberar seus alas. Nesse time, um dos volantes saía alternadamente e se aproximava da frente. Assim, Barbieri montou o campeão estadual e deu a base para a classificação da Libertadores.
Lembrei-me, na coletiva de Oliveira, de uma recorrente frase dum filme nacional antigo: “O mineiro só é solidário no câncer”. Torço para que a solidariedade com a causa tricolor não venha apenas em momentos irreversíveis, mas sim ainda durante a luta. Ainda restam cinqüenta e um pontos a disputar!

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segunda-feira, 6 de setembro de 2010

Segundo turno como o primeiro?

O fato do Paraná ter finalizado o primeiro turno de 2010 em melhor posição do que em 2008 ou 2009 está longe de ser um alento ao torcedor paranista. Na presente temporada, muito se comemorou o primeiro lugar do tricolor na “parada da Copa”, no entanto, o Paraná não manteve a toada, caindo vertiginosamente, afastando-se do G-4.
Nas sete primeiras partidas o líder Paraná conquistou 15 pontos em 21 disputados, obtendo 71,43% de aproveitamento de pontos, índice maior do que o atual líder, o Figueirense, com 63%.
O problema é que o rendimento do tricolor despencou e, nas doze partidas seguintes, dos trinta e seis pontos disputados, apenas conquistou nove pontos, conquistando, após a “parada da Copa” apenas 25% dos pontos, rendimento inferior ao do lanterna Ipatinga, próximo adversário paranista, a quem o tricolor superou por 3 a 0 na partida inaugural do certame.
De líder na primeira fase ao aproveitamento de lanterna, viu-se o tricolor assolado por problemas internos, culminando com a saída de titulares como João Paulo, Gílson e Marcelo Toscano.
O site www.chancedegol.com.br diz que o Tricolor tem apenas 0,02% de chances de título, 4,4% de retornar à primeira divisão e 4.8% de ser rebaixado, logo, as chances de novamente disputar a segundona em 2011 são da ordem de 90,18%.
Em 2008 e 2009 os últimos do G4 foram, respectivamente, o Barueri (63p) e o Atlético-GO (65p) e, a cair, Marília (45p) e Juventude (44p). Como ainda faltam dezenove partidas, dos cinquenta e sete pontos em disputa, o tricolor precisaria conquistar quarenta e um pontos, ou seja, vencer todas as nove partidas que fizer em casa (21p) e somar vinte pontos (em dez partidas, vencer seis e empatar duas) fora, onde tem seu pior desempenho.
Caso se mantenha a regra dos últimos anos, para subir o tricolor só pode perder três partidas devendo não empatar nenhuma e vencer as demais, precisando fazer um segundo turno muito melhor que o primeiro, o que não ocorrerá com os invencionismos de Marcelo Oliveira e muito menos, com novo treinador que poderá tardar obter resultados. Por isso, voto pela responsável intervenção do departamento de futebol do tricolor no trabalho do treinador.


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segunda-feira, 30 de agosto de 2010

Intérprete de uma só canção

Qualquer um consegue lembrar de artistas que tiveram apenas um sucesso na carreira. Tal fato não ocorre normalmente pela falta de repertório mas sim pelo fato do mesmo não agradar a todos. Pior que isso ocorre com o intérprete que insiste em tocas músicas que não embalam, empolgam ninguém.

Ao final da última partida do Paraná a equipe inteira da Rádio Paraná Clube entrevistou o Guto (César Augusto Machado de Mello - diretor de futebol do tricolor) e o interpelou sobre o porquê do Juninho invariavelmente repor a bola, seja sob qual circunstância, com ligação direta entre a meta defensiva e os avantes.

Demonstrando conhecimento de causa, Guto informou que é essa uma jogada ensaiada onde Juninho, que teria uma reposição diferenciada, busca encontrar os avantes paranistas na corrida ao gol adversário e que o time busca atuar com foco nesse treinamento.

O pouco que aprendi de futebol com meu pai, avô, como torcedor, cronista e como treinador atuante com equipes de base me leva a questionar a falta de repertório do tricolor. Por mais que tenha Juninho essa capacidade, a citada eficácia não se verifica nos jogos.

Independentemente de ser em tiro de meta ou após defesa, o arqueiro paranista rifa a bola, não permitindo que exista uma transição decente, com bola trabalhada, entre a defensiva e o ataque tricolor o que compromete o desempenho principalmente de alas, meias e atacantes, sobrecarregando os volantes e estes que, além das atribuições normais, têm que ficar sempre atentos às “segundas-bolas”.

Se o tricolor seguir insistindo em não cantar seus melhores temas e manter o solo na ligação de quem deveria apenas defender, corre o risco de desafinar feio. Sem o uníssono dos atletas em campo, o “coro do torcedor” fora, fica comprometido.

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