segunda-feira, 9 de abril de 2012

Calendário


Calendário vem a ser o sistema de contagem e agrupamento de dias para alguma finalidade. Dessa definição temos, por lógica, que existe a premissa de um sistema para organizar o que se pretende.
Ao transportarmos o tema para o futebol brasileiro vemos que os responsáveis (CBF e federações) não se utilizam de sistema algum, prejudicando, portanto, a contagem, o agrupamento, a organização de qualquer coisa.
Tenho para mim que o maior motivo da não utilização de um sistema criterioso para organização é o de se atender a interesses políticos.
A adoção de um padrão único de competição poderia ser um caminho para os estaduais desde que todas as unidades federadas tivessem organização parecida, o que não ocorre, até porque o número de agremiações afiliadas varia. Em Roraima, por exemplo, são oito equipes e um estádio. Como criar um sistema único para atender ao futebol brasileiro?
Os estaduais, embora sejam uma idiossincrasia nacional, não podem ser desconsiderados, por serem, para muitos, a única forma de aplacar a torcida. No entanto, para melhor adequar o futebol brasileiro ao mundial, talvez campeonatos enxutos em sua principal divisão regional, sejam mais adequados para essa pré-temporada, que se tornou a principal serventia desses torneios, ficando as demais equipes com mais datas ao decorrer do ano.
Com copas regionais enxutas, talvez nos moldes do campeonato carioca, com doze equipes e então os campeonatos nacionais, com dezesseis equipes (o que permitiria duas divisões fortes), os atletas não ficariam tão sobrecarregados (o que diminuiria a incidência de lesões) e logo, o futebol com maior qualidade física, seria melhor de ser apreciado.
Acho interessante o sistema de enfrentamentos existentes na Europa e na Argentina, para definir quem cai e quem sobe. Em alguns lugares as duas últimas equipes caem direto e as duas acima, disputam um ida-e-volta com o terceiro e quarto da divisão aspirante.
O futebol brasileiro, patrimônio nacional, não pode ficar à mercê das redes de televisão e dos horários que estas permitem, nem mesmo dos acertos políticos. A mudança a meu ver deve começar pelo torcedor, cobrando de dirigentes melhorias nas federações que, por sua vez, buscariam sanear tais situações junto à CBF. Quem sabe algum dia poderemos ser merecedores do futebol que tanto queremos.

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